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14 março 2013

Guia da Mochileira Narcoléptica - introdução

Essa será uma nova sessão aqui para o Blog, com alguns relatos sobre minha experiência sobre essa talvez incômoda jornada onírica que ex-patrão Morfeu anda me mantendo (E olha que terminei o estágio uns meses atrás e ele continua me perseguindo...).

O Guia da Mochileira Narcoléptica (Sim, referência nérdica, viu?) foi inspirado em anos de sobrevivência nesse mundo Real. Yep, no kidding, é difícil viver aqui quando às vezes teu corpo te manda desligar tudo e cair no sono sem previsão alguma. Não é de sacanagem, isso acontece comigo desde há muito tempo - ao que me lembro depois dos 12 anos, assim que entrei na puberdade - e tem aparecido de tempos em tempos para me atazanar.

Espero que com essa sessão eu consiga montar algo favorável para a jornada de exames e idas ao Instituto de Sono que pretendo fazer para descobrir duma vez por todas por que raios eu tenho mais sono que a maioria dos mortais que conheço.



[Assim como a Wikipédia, aqui não é uma Farmácia ou Consultório Médico. Estou relatando minhas experiências com o que ainda não tenho conclusão científica e estou procurando ajuda médica para tratar disso. Nada que digo aqui deve ser repetido como tratamento por quem se identifica com os sintomas e situações. Meu melhor conselho é: Procura um bendito de um médico e veja o que raios tá acontecendo]

Algumas possibilidades levantadas sobre o comportamento são:
  • Apnéia do sono;
  • Narcolepsia;
  • Hipersonolência;
  • Hipotireoidismo;
  • Hipocondria de Virginiano.
Quando teve início: dos 12 pros 13 anos. Essa é a minha certeza, não lembro de ninguém reclamando de meus sonos súbitos e pesados antes dessa idade.
Quando percebi que algo estava errado: Após a minha Graduação na PUC - 21 anos.
Começo de tratamento com Endocrinologista: suspeita de Hipotireóidismo - 25 anos.
  • Exames de sangue acusaram que o TSH tavam baixos, vitaminas e outras coisinhas importantes.
  • Não tenho histórico na família de Hipo ou Hipertireóidismo (Importantíssimo).
  • Sem anemia.
  • Indicação de medicamento para suprir o TSH baixo. Melhorou as vitaminas e o TSH. Não ofereceu eficácia alguma quanto ao sono.
O que me atrapalha: Vida profissional, principalmente. Patrões que reclamam de falta de atenção, péssima memória e cochilos sem querer enquanto estou em tarefas de rotina entediante (Ficar na frente do PC por muito tempo, ou esperando.).
Vida pessoal, mais ou menos, dá para explicar para as pessoas mais chegadas sem ter tanto constrangimento. Algumas acham graça, outras se preocupam, na maioria elas entendem, mas também não me indicaram nenhum procedimento para dar um jeito de escapar do sono constante (Pessoas gentis que deixam eu dormir...)
Vida internética razoável, ficar até muito tarde online é impossível (Durmo no teclado), passar muito tempo ociosa também, já fiz besteira escrevendo coisas nada a ver em janelas de chat ou enviando mensagens. Não aconselhável quando o sono está batendo na porta.
Vida social nula. Não me atrevo a sair para baladas sozinha e muito menos à noite. Me mantenho nos fones de ouvido sempre que posso ou em lugares movimentados e com barulho. Ficar no silêncio e no tédio é mortal para mim.

Episódios mais absurdos: Aos 15 pra 16 anos no elevador do prédio do meu primo no Rio de Janeiro. Em um trajeto de poucos andares, dormi em pé, dentro do elevador, no meio de uma conversa. Tudo bem que eram 5 horas da manhã, mas nada justifica o dormir em pé.
23 anos - Graduação, aulas de sábado às 8h da manhã, dormi na aula de Literatura Clássica, professor questionou algo para a turma, eu respondi durante o sono e voltei a dormir. Quem testemunhou me disse que eu estava claramente dormindo na carteira na hora de resposta. A resposta foi certa, bem argumentada e saiu do nada, para depois eu voltar a dormir.
Alucinações hipnagógicas e paralisia do sono depois dos 25 anos. Teve um mês que foi quase todos os dias da semana, apenas melhorava quando eu tinha um dia agitado e ia dormir direto.


Métodos para me manter acordada:

  • comer ou beber algo quase o tempo todo para manter o corpo em movimento constante. Tomar bebidas geladas de preferência, bebidas quentes dá a moleza chata;
  • levantar da cadeira quando começo a pestanejar;
  • estar mau humorada no dia ajuda e como!
  • estar extremamente concentrada em alguma coisa que requer pesquisa constante;
  • me manter em lugares com ruídos e barulhos. Estímulo visual e auditivo mantém o sistema nervoso atento;
  • mudar a dieta alimentar e cortar algumas coisinhas que possam facilitar a sonolência (Isso merece uma postagem à parte);

Quando comecei a escrever Fanfiction, sempre incluía um personagem narcoléptico. Eu brincava que era narcoléptica há um tempo atrás, era engraçado no começo, mas quando o tormento atrapalha teu dia a dia aí temos que rever alguns conceitos. A possibilidade de entrar em uma maratona de exames (de certa forma intrusivos já que vão mexer no meu sono) e usar tarja preta para sempre me é assustadora. Mais ainda se isso for virar contra minha pessoa e eu não ser mais capaz de dormir direito novamente.

Bora manter o relato, vai que assim me mantenho acordada!

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