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15 março 2013

Mademoiselle K - Célula Showcase



A Aliança Francesa (Que pelo jeito deve farmar em Goldshire e fazer raid em cima do Hogger...) está realizando um evento ótimo para quem quer conhecer música diferente na lingua mais sedutora do mundo. Uma maratona de shows com a banda indie Mademoiselle K deu as caras aqui em Florianópolis e fui dar uma olhada no som deles. Não sabia de nada, ouvi apenas um preview de uma das músicas do álbum novo no site e só.

É indie, é rock, tem pegada punk, mas dude, é francês. Tem o quê francês. Aquela coisa que não sabemos o que é, mas está lá, mesmo se a vocalista - ótima presença de palco da mlle. Katerine Gierak - está gritando fuck yaaaaaaah!!

Eles já passaram por aqui pelo Brasil diversas vezes - incluindo Belo Horizonte - e na platéia havia pessoas cantarolando animadas as músicas (E gritando por algumas músicas também). A experiência de estar em pocketshow (Eles tocaram mais ou menos 50 minutos) em uma língua que não entendo nada, é engraçado. Primeiro porque você acaba se ligando mais na melodia do que na letra - não ia entender nada mesmo - e depois que a banda era um quarteto muito curioso. As influências (pelo que pesquisei) são de bandas mais old school do rock, mas senti umas vibes de Muse, e britpop ali. I dunno, vocês sabem como são os franceses com os ingleses (Vide Monty Python)...



O baterista vermelhinho, todo empolgado e descendo o muque nos bumbos. Sem dó. Fazia tempos que não via alguém querer tocar com tanta vontade. O guitarrista era o típico guitarrista de banda indie, alternando em instrumentos (Guitarra, teclado, percussão) e nos backvocals. A Katerine arrasando na guitarra em um estilo mais blues da vida, bem energética e cheia de expressões, mas como sempre a minha grande curiosidade científica são baixistas, fiquei de olho nele então..

O cara era meio deslocado ao meu parecer. Olhar perdido na multidão, às vezes checando o que ia tocar no chão - tava longe do palco, não vi se havia setlist pregado ali - e tocando baixo, né? A pegada punk vinha totalmente dele, porque era palhetada direto e segurando a melodia com o baterista maluco lá atrás. Foi isso que me chamou atenção nas músicas, o non-stop do ritmo para manter os outros pulando. O bom é que o repertório foi mais de músicas animadas do que baladas, e uma simpatia só.

A platéia foi um outro momento de risada geral, porque havia mais pessoas de idade que o normal em show de indie rock. E extremamente animadinhas. Além da presença de professores em peso da escola de idiomas, havia muita gente grisalha chacoalhando e cantando as músicas. Mas depois de ver duas velhinhas comprando ingresso para elas e família no show do Rammstein em Sampa, nada mais me surpreende... Uma tia em particular, baixinha e de óculos escorregando no nariz estava deveras animada ao meu lado e por muitas vezes pedia desculpas por estar tão dançante e esbarrar nos outros. Fui saber depois que a senhorinha é carioca (Assim como eu) e tem a fama de ser "uma figura!". Nice, old lady. Eu não me importei, fechei os olhos e prestei atenção no que podia ali.

O lugar é pequeno, bem ventilado, deu para se agitar um bocado, o problema é que eu estava de ônibus e ir pros Ingleses de onde eu estava era cerca de 1h de ônibus. Logo saí na antepenúltima música (Pelo que me informaram posteriormente) e fui feliz para casa com a melodia retumbante e a voz Nina Hagen da Mademoiselle K.

Mais info:
Site Official >>
Entrevista no Diário Catarinense >>
Info da Aliança Francesa >>
Canal Oficial no YouTube >>
Fanpage da banda no Facebook >>

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