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14 março 2013

Roleplaying Game - uma introdução rápida

[Texto originalmente produzido e publicado para o blog Nerdivinas no dia 28 de fevereiro de 2013. Reprodução total do conteúdo com permissão da autora]



Um assunto não muito explorado em blogs nerds é sobre RPG (roleplaying game), não a linguagem de programação, nem a lança-granadas-foguete ou a Reeducação de Postura Global (que também é interessante em ser discutido aqui entre nós nerds com problemas de ergonomia) - ou como alguns gostam de categorizar: RPG de mesa. Como é um assunto muuuuuito extenso e com tantos detalhes, tentarei dar uma resumida no objetivo geral do RPG.

Não se sabe ao certo quando realmente surgiu ou por quem foi inventado, mas o Roleplaying Game faz parte de nossa vivência desde os primórdios da humanidade como o xamã que contava histórias para a tribo, e permanece até hoje em nossa cultura oral. Quando passávamos horas nas brincadeiras de infância como "Polícia e Ladrão", ou brincando de casinha, tudo era baseado na imaginação e criatividade infantil de nossa cabecinhas inocentes. Às vezes criávamos falas para as bonecas, complementávamos o que nossos amiguinhos traziam para a histórias criadas do nada e refazíamos cenas algumas vezes para mantermos a história viva e interativa. Na escola professoras de primário narravam histórias de contos de fadas e por muitas vezes entrávamos tanto nesse mundo fantástico que mal percebíamos que estávamos interagindo diretamente com a história.

rpgdice


A mecânica do RPG é bem parecida, mas com alguns ajustes para que as histórias sejam construídas simultaneamente de forma mais roteirizada e de acordo com o cenário que os jogadores escolheram. O RPG proporciona horas de entretenimento com apenas alguns dados de faces, livros especializados sobre os temas que são abordados para a sessão do jogo e muita, mas muita interpretação e improvisação. Os jogadores interpretam personagens de sua escolha - e minuciosa escolha antes da partida - e são auxiliados na construção da história pelo Mestre (Ou GM - Game Master) para seguirem o enredo.

Em miúdos, é como um teatro improvisado feito por pessoas comuns, e que pode ser encenado em qualquer lugar tranquilo e confortável para os jogadores. O RPG pode ser jogado em grupos pequenos ou grandes, variando conforme a necessidade e a empolgação. Não há necessidade alguma de ter experiência, o importante é a diversão do grupo em construir uma história em conjunto e personificar personagens que gostem.

A figura do Mestre é a de mediador da partida, sendo ele o construtor do enredo do jogo - ganchos de história, ambientação, cenários, figurantes (Ou NPC's - non-character players), clima e até trilha sonora - narrando a história e deixando que os jogadores interpretem seus personagens e decidam quais são os caminhos que irão seguir. Os jogadores, por sua vez, são os atores encarregados de trazer vida a história que o GM apresenta. O interessante é que o hobby estimula muito mais além que a pura interpretação de personagens, mas a pesquisa intensa sobre o cenário, a tomada de decisões rápidas e a dinâmica e interação entre os jogadores. Um prato cheio para muita diversão!


Aqui no Brasil, o hobby ficou mais conhecido quando a Editora Abril resolveu englobar no seu catálogo de revistinhas em quadrinhos e livros infanto-juvenis, o jogo já tão conhecido lá fora como Dungeon & Dragons. Ambientado em uma Era Medieval de seres fantásticos, monstros terríveis, magia e simplicidade, o D&D foi logo adotado como um dos jogos de RPG de maior sucesso no Brasil na década de 90 (coincidindo com o desenho Caverna do Dragão que é literalmente a história de um grupo de RPG todinho), com muitos livros de referências, acessórios para partidas - dados, CD's de trilha sonora, cards ilustrativos, etc. Cenários medievais, sobrenaturais, realistas, modernos, sombrios e tantos outros são usados pelos RPGistas para basearem suas histórias.



Apesar da mídia televisiva ser um tanto redundante quanto a opinião sobre o hobby - infelizmente a imagem associada não é lá muito boa devido a falta de informação dos meios de comunicação - o RPG vem crescendo no Brasil gradativamente, com escritores geniais e idealistas e jogadores fiéis aos cenários consagrados.

Como disse anteriormente, o tema é bem denso, então nos próximos posts irei trazer aos poucos alguns cenários que ficaram conhecidos aqui no Brasil e algumas curiosidades. Quer dar uma sugestão para o próximo post sobre RPG? Deixe seu comentário e curta nossa postagem!

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