Contar os cortes nos dedos
Os dedos nos cortes
Micro-pequenos-remendos
Feitos em A4, vingança da Sorte
Virou rotina
Trancafiar porta 2 vezes pra ir a esquina
Contar quantos passos de uma banda pra outra
Virou rotina, essa minha Moira
Dia de sol enluarado levar sombrinha
Mas não é que virou trivial?
Correr entre as estantes do Caos
Torcer pra nenhum inseto no comichão
Das frestas que deixei abertas no coração
Virou rotina, só pode ser
Usar outro perfume pra saber esquecer
Outro cardápio pra lembrar de comer
The nomnom the mimimis the ulala utererê
Virou rotina,isso te digo
Pensar mil vezes antes de agir como mendigo
Catando emoção pelos cantos
Vasculhando lixeiras aos prantos
Tô aqui pra isso não sô!
Tô não
Virou rotina
Fazer verso sem rima
Achar que rimar é poesia
E resmungo é heresia
Virou rotina essa minha sina
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