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02 abril 2015

sonolência vortou é?

Morpheus and Iris
Morpheus and Iris (Photo credit: Wikipedia)
Então eu tenho esse pequeno probleminha com o sono...

O deus do Sono grego, Morfeu, parece ser meu patrão vitalício na dupla jornada que enfrento todos os dias. Porque estagiar de dia e ter que fazer isso à noite também me deixa num estado meio perturbado de consciência vigilante.

E quando digo estagiar, quer dizer: eu caio no sono sem querer cair no sono.

Quando são situações que puxam outras situações que já me aconteceram, costumo ficar ansiosa. Ficar ansiosa me leva a agitação, a agitação a euforia contida por alguns minutos para então culminar nessa exaustão temporal de querer amolecer todos os músculos funcionais de sustentação de meu corpo e dormirtar onde estiver.

Graças a Eru Ilúvatar não tenho catalepsia, seria algo extremamente embaraçoso, não sei como reagiria sobre isso e sinceramente, minha autoestima já fragilizada tende a piorar quando tenho episódios de dormência como o de hoje.

Essa semana já passei por uma alarmante com a Entesposa após uma tarde conversando sobre a vida, o Universo e tudo mais, uma situação chata e estressante no final, para então eu sem perceber pender para frente na mesa do restaurante e quase bater minha cabeça na superfície por ser pega pelo sono. De surpresa. Imediatamente.

Vim remoendo esse fato, até esses dias decidir enfrentar os fantasmas que fossem do jeito que eu podia fazer de melhor: encarar uma situação parecida.

Fui a um estúdio de tatuagem.


As nuances da situação estressante eram: medo de agulhas, agonia em ouvir a máquina, relembrar da última vez que vi alguém fazendo uma tatuagem (Passei mal, pressão baixou e nem era em mim!) e rememorar o fato de que o ambiente em si do estúdio me faz querer cavar um buraco no chão, enterrar minha cabeça e tapar com terra até encher meus ouvidos. A vida é filhadaputinha, é óbvio que ela vai querer rodar ciclicamente na espiral do inevitável e fazer certas situações voltarem para me dar um beliscão no traseiro.

Fui, não me senti desconfortável por estar ali - era acompanhante da pessoa que iria tatuar - e delimitei as linhas: nada de entrar no local para ver como a tatuagem era feita (Uma curiosidade mórbida minha que já sanei uma vez, mas quase caí desmaiada segundos depois), nada de fazer perguntas, usar fones de ouvido com a música mais barulhenta que tinha, evitar de pensar no "E se..." e no "Eu gostaria de...".

Munida com isso deu para passar mais ou menos bem a ida... Retirar-me do estúdio e ficar ali perto na rua foi bom para os pulmões e ouvidos, não ouvi absolutamente nada, mas me senti um pouco mané e covarde de não estar com a pessoa que seria tatuada, caso ela precisasse de alguma coisa? Ainda bem que tínhamos mais outra acompanhante e essa sim estava mais empolgada do que a pessoa a ser tatuada hehehehehehehe.

Isso me distraiu um tempinho, e uma conversa com a acompanhante nº1 (Eu fui de bico, sou café-com-leite), trouxe algumas novas ideias para se deliberar. Um pouquinho mais de paciência e aprender a ignorar o ruído constante da maquininha de tatuagem me deram uma perspectiva nova e refrescante de encarar essa coisa tão estranha que os humanos fazem para marcar seus corpos.

(Repito o que sempre digo: se for para pagar alguém para me fazer sentir dor, já sei onde ir. E é com outro tipo de profissional.)

Resultado da empreitada? Caí num sono ferrado após pegar busão para casa, quem me acordou foi a tatuada, me cutucando no braço e sorrindo (Graças que ela entende o que acontece sem ficar chateada). A intensidade de emoções daquela tarde me fez dormir sem querer.

Até para terminar de escrever esse post já micro-cochilei duas vezes aqui no teclado...
Então nopes, vamos dar um descanso para tratamento de choque emocional forçado, k?

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