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31 outubro 2016

reações químicas parte 1


Não, não é sobre como é descobrir que crush perfeita de C. Lattes impecável e do signo se Touro (*insira um gritinho beeeeeeem histérico aqui*), mas o de experimentar um processo químico desencadeado desde março do ano passado.

Meu cérebro não funciona mais como antes. O acidente me mudou em diversas maneiras de comportamento, expectativas e funcionamento corporal. Se o psicológico foi abalado por um fator de coisas, o meu corpo também seguiu a mesma linha.

Como por exemplo, tolerância a efeitos de analgésicos.

Créditos: A Brief Guide to Common Painkillers (Clica que aumenta!)

Então se eu sinto cólica, não adianta  Buscopan ou Atroveran, vai continuar doendo. Se for dor muscular, NOPE, Torsilax ou Dorflex vai só aliviar um pouco por um tempo mínimo. Dor no coração?

Quem disse que tenho um?

Anyway, a culpa principal disso, sinalizada na bula do bendito remédio que me acompanhou por quase 3 semanas foi a codeína. Sim, a linda e brilhante medicação receitada que além de me fazer beber água como camelo, aumentar minha libido em 333%, também me causou problemas de despersonalização (aka sentir que saí do corpo, hello?), e tchanananan! A tolerância a qualquer remédio contra dor que não seja mais forte que a própria.

O que isso implica, chuchuzites?

É que arranjei uma puta dor nas costas, que está indo para a perna esquerda e tomar Torsilax a cada 4h não está adiantando. Tomar codeína de manhã e fazer o restante com Torsilax não está adiantando, logo há de se pressupor que um dos pesadelos listados na minha lista de pesadelos voltou à tona. O medo da dor. Ou melhor o medo de não sentir mais dor, porque meu cérebro decidiu shut down as conexões nervosas pra autopreservação.

Uma coisa interessante que a Psicologia explica sobre o motivo do homo sapiens ter medo de altura, escuro e fogo vai da noção de autopreservação. Se eu perder algo disso tou lascade. Sério, parte da manutenção da minha Sanidade se deve a se fator.

Já que não posso ficar sem trabalhar e estudar, tou enchendo os cornos de remédios e pedindo a quem me protege uma ajudinha em me lembrar o que devo fazer pra não abusar demais do privilégio de não sentir tanta dor quanto antes.

Pelo menos uma coisa boa dessa experiência: meu cérebro não tem tempo de computar as bad vibes do ambiente, logo não afeta nadinha na depressão, na verdade até me ajuda a ficar mais ative (ui) durante a maior parte do tempo.



Intolerância a dor, anotando nova skill na ficha.

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