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27 agosto 2017

metodologia nada acertada

Esse blog funfa com tecnologia antiga de mecanismo
de relógio e muita, mas muita motivação diária.
Escrevo nas interwebs desde 2004 - foi quando Internet de banda larga chegou no vilarejo-brejeiro em que eu morava, coincidiu com o acesso fácil a universidade dos stormtroopers, já que me enfurnava nos laboratórios de informática do que ter vida social... Oh well, continuo NÃO TENDO vida social alguma... - e aprendi um bocado durante esses 13 anos de escrivinhações, desde como desenvolver um vocabulário próprio (Sim, entendo que às vezes escrevo pra mim mesme, mas é o objetivo de ter esse blog, uai), até estratégias de como falar de pessoas sem elas saberem disso...

Praticar tudo que aprendi na Letras de argumentação e construção de narrativas foi crucial pra eu continuar aqui no ambiente virtual, falando besteira, opinando controvérsias, tentando ser espertinhe em um mundo de muita opinião e poucos comentários.

Tá funfando até então.

Mas tem metodologia, sabe? Virginiane aqui, óbvio que vai ter planejamento, nem que seja no improviso de 3 nanosegundos.

Não é que eu gosto de escrever (Tá eu amo, única coisa que presto nessa vida de escriba), mas é que tenho tempo pra realizar isso. É, tempo, parece mentira em tempos como esse. Desde 2004 passo parte do meu dia dentro de ônibus, em trajetos que me obrigam a ficar sentade por cerca de 2h ou 4h por dia. Enquanto muitos se aventuram em ler dentro do busão, ou quando o sono vence, passo o tempo teclando sem parar até aparecer um rascunho de texto bem rude, precisando de mais detalhes depois. Esse processo de escrever em busão em 2004 era feito com aquele modelo de celular indestrutível, em forma de tópicos, para então fazer um rascunho mais elaborado em papel mesmo.

Na mochila sempre tinha caderno extra com anotações de coisas. Apesar de achar um absurdo escrever em livros, acabei cometendo uma heresia com meu Silmarillion durante o último ano de Letras. O pobre livro recebeu anotações nos cantos das páginas, porque bem... Não tinha lugar na hora pra escrever!! Eu escrevia também durante as aulas, quando dava, parte de um projeto que abandonei foi feito durante a monitoria de sociologia/filosofia que eu dava e esse cenário de Felicidade Adormecida começou em uma aula de Literatura Africana, dentro do auditório escuro, com Billie Holliday tocando de fundo. Era algo que eu conseguia fazer naquele tempo: prestar atenção nas aulas enquanto escrevia outra coisa.

Os tempos mudaram e a tecnologia ajudou um bocado, hoje smartphones me facilitam com a escrita em flow, autocorretores e plataforma de escrita offline/online que me ajudam a não perder o fio da meada. Google Drive me ajuda a armazenar coisas, mas não para escrever, então Evernote está sendo a minha pedida. O famoso bloco de notas do celular é que quebrava meu galho, mas não fazia compartilhamento com o Blogger, logo tive que dar uma pesquisada para isso. 

Mas como funfa o processo criativo aqui?

Bem simples: a ideia vem, tenho que escrever. Quando não dá, eu remoo o trem até conseguir escrever, mas sempre deixando pistas em tópicos ou links com outras coisas.
(Peço desculpas para quem acha que pego o celular do nada, é pra anotar ideias. Meu cérebro não é expansível)

Com o rascunho rude feito, quando tou dentro do busão dá para ir desenvolvendo parágrafos. E ali é um ambiente perfeito porque tem muito barulho e eu só me concentro bem com o caos ao meu redor. (Por isso odeio fazer provas, ou peço pra usar os fones de ouvido ou acabo me dando mal por perder a concentração.)

Para os Contos é mais fácil, matuto muitas possibilidades de estórias durante o dia inteiro, logo colocar anotado fica mais fácil - mas eles me dão trabalho em desenvolver o final, tenho essa tendência besta de começar a narrativa e não terminar ¬¬''. O tempo de escrever um conto completo é de poucas horas, mais do 4 horas pra mim é pedir arrego. Ter trilha sonora de fundo sempre ajuda também, pois como o cérebro aqui é movido a música, o andamento do enredo vai conforme o que tou ouvindo.

Para ouvir algumas playlists que já fiz para alguns cenários que escrevo, aqui nos links abaixo:

Procuro assistir diversas coisas que me ajudem a montar um enredo, logo se um filme/seriado é ruim de doer (Liga Extraordinário sic) é porque não consegui de jeito algum tirar qualquer coisa ali daquela narrativa para a minha. Deus já disse que todo artista é canibal e todo poeta é ladrão, logo...
(FFS fui obrigade a resgatar algo la´do fundo do baú, meu perfil no NYAH!Fanficion)

Para os pensamentos soltos que é a maioria desse blog são essas ideias que preciso anotar na hora senão perco. Já me deram a ideia de gravar em voz, mas aprendi desde 2007 que tenho aversão a ouvir minha voz, pois acho que é alienígena (Yep yep, issues, lots of issues...). Não demora muito tempo escrevendo não, só de editar no PC.

Já para o Bibliotequices é que tem sido o desafio mais delicioso de se cumprir quase semanalmente. Porque SEMPRE tem algo para discutir nessa profissão onde fui me enfiar, tem muito absurdo e muito acerto e muita nonsense e cês sabem que vivo por esses momentos de pura falta de noção do serumaninho. A preparação pro Bibliotequices me exige mais tempo e mais pesquisa também. O rascunho bruto é dentro do busão mesmo, às vezes acabei de sair da aula/estágio e já começo a rascunhar algo no Evernote. O assunto tem que estar bem fresco na cuca, senão esqueço, e cês sabem o que a nossa mente faz quando esquecemos nacos de experimentações da realidade né?
(Oh mesmo? Parte de qualquer coisa que escrevemos é ficção?! Como é que cê tem certeza que está respirando oxigênio nesse mesmo instante, bateria para as máquinas?!)

O que mais me incomoda no Bibliotequices é a parte em que preciso estar em casa, no PC, com diversas abas abertas e catando fontes que corroborem o que tou escrevendo, mesmo que seja a bobagem-mor e opinião própria sobre determinado assunto. Na minha área é conhecida a ação dum bando de advogado de regras que adora apontar os nossos deslizes como pecados mortais e como não me sinto inclinade a tr0llar com esse povo sendo, bem... tr0ll de internet, prefiro usar da tática de Pernalonga e a luvinha.


Para cada postagem no Bibliotequices demora cerca de 1 dia e meio ou mais conforme a pesquisa a ser feita. Como sei que nunca vão me pagar para escrever esse tipo de conteúdo em sites consagrados, perco meu tempo mesmo com gosto e certo prazer sádico em fritar meus neurônios com isso. Para escrivinhar com mais segurança, aprendi a usar eufemismo, além do mais, usar figuras de linguagem sempre é divertido para sentidos ambíguos, faz as pessoas pensarem, questionarem, não apenas lendo passivamente (O que é impossível, tio Saussure!).

Mas produzo assim fora daqui?
Não.

Porque não gosto de escrita técnica, mesmo sendo obrigade a produzir nesse estilo.
Fiquei meio desleixade com esse tipo de produção por estar sempre em contato, há poucos blogs que vejo (Maioria Tumblrs) que tem uma escrita menos preocupada com cliques, likes, comentários. E como não vejo gente da área produzindo coisas do tipo que escapem da mesmice acadêmica, resolvo escrever esses textões.

E é isso.
Pra esse post aqui demorei cerca de 1h e 43 minutos com as pausas para apaziguar briga de gatos, prestar atenção na máquina de lavar e uma crise nostalgia de 2009 ao achar meu perfil do Nyah!Fanfiction ainda intacto xD

Ah! E uso o artifício de programar os posts para 03:00 da manhã por 2 razões principais: o IFTTT (app de compartilhamento que uso para redes sociais) dá uns piripacos e tem um delay de 2h a 3h, logo no Facebook é possível aparecer postagem entre às 5h e 6h da manhã, mas vai ser a primeira coisa a aparecer. E também por ter sido escandalizade por uma professora de Literatura que afirmava que a maioria das pessoas em hospital morria após às 3h da manhã. Talvez seja ali, simbolicamente, a morte do meu eu-lírico. Tem a opção que talvez eu queira que ninguém leia o que tou escrevendo aqui, logo essa hora absurda. Mas aí é algo que deixo baixo...

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