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29 outubro 2017

interlúdio pra hipocrisia

Vou falar mal da minha própria postagem, porque tou no direito.

Estava a deliberar - devido um puxão de orelha lindo ao corrigir um texto muito legal de uma colega sobre branquitude, rasura do sujeito e políticas discriminatórias que nosso país anda (re)vivendo - algumas opiniões que carrego comigo há um tempo sobre a questão de privilégios sociais.

Isso bate perfeitamente em como enxergamos as pessoas em nosso convívio, tanto para o bom quanto para o ruim. Me vem a mente também um discurso awesome que a fessora Mestre Jedi mais awesome (redundância É aceita nesse caso) que tenho fez na turma de formatura em que eu deveria estar formando esse ano, pois a questão de privilégios causa embaraço, envergonhamento, intimidação. Ela partilhou desse texto um tempinho antes de finalizar e perguntou até em que medida estava cabível para não alarmar as sirenes piscantes ululantes de certos círculos.

Aí lá vou eu escrever uma postagem sobre enrustid@s, um lugar/estado em que me senti pertencente por muito tempo devido ao não privilégio de algumas sensações carnais proibidas pela sociedade vigente, mas ao mesmo tempo me dando um privilégio - ao não sentí-las - de entender melhor quem são os Outros. Sim, esses do Sartre, aqueles que são o Inferno.

Ao reler o texto anterior desse blog - e não pensem que não faço isso com frequência, é uma ferramenta para eu tecer novas amarras e tecituras, achar onde estavam meus nós e desatar algumas ideias presas, as ideias enrustidas, here we go again, são o meu maior pesadelo acadêmico - senti que fui um tanto incisiv@ em tocar no assunto sem antes haver um ruminamento de como isso poderia de alguma forma ofender alguém.

E ofendeu.
Então, assim - vou me autocensurar e botar debaixo do link pra carapuça só servir pra quem apertar. Faz menos estrago e a minha própria carapuça se autoajusta.

Hipocrisia, a gente vê por aqui nesse blog também.
(Ninguém escapa!)

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