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06 agosto 2016

pequena reflexão acerca de Tim Burton

Ontem tive o prazer de visitar a Confraria Literária do Colégio de Aplicação na UFSC pela primeira vez. Apesar de compartilhar a divulgação dos eventos, me atrevi a faltar quando a oportunidade vinha, tanto por conta das aulas da sexta-feira, quanto por não conseguir deslocar esse corpo até lá.

O tema de hoje foi as obras de Tim Burton e como é sua marca registrada no cinema estadunidense. Óbvio que quando citaram Eva Green como Miss Peregrine, meu coração de fangirl falou mais alto e devo ter soltado um gritinho com pompons acompanhando.

É bom demais para ser verdade.

O questionamento sobre o tabu do Corpo e o paradigma do Outro também vieram a minha cabeça ao fazer as filosofações sobre o renomado diretor. A maioria dos filmes dele tratam de algo mórbido ou tremendamente fora da tradição Hollywoodiana de se acrescentar comédia na tragédia (BTW: isso os gregos faziam com maestria, ok?), de tratar a morte como parte da vida e também saber levar essa ótica para as crianças entenderem o recado.

O tio Burton consegue tratar disso muito bem nas suas obras, tirando pela animação "A Noiva Cadáver" que literalmente é mostrar de um jeito lúdico e caricato que a Morte que tanto idealizamos no mundo dos Vivos pode ser mais divertida que o cinzento e trivial círculo de aparências.

Esse documentário do National Geographic Channel mostra 3 situações em que a Morte está na rotina de certos profissionais, mas que não deixa de ser algo que faz parte da nossa. Uma perita criminal, um maquiador funerário e um coveiro dão suas impressões sobre como é conviver com a Ceifeira à espreita todos os dias, sinceramente acho que isso magnífico - tanto pela abordagem de Vida que essas pessoas no documentário tem e como elas enxergam esse tabu.


A Nayra, a projeto de biblioteconomista mais descolada do curso, escreveu sobre a experiência, achei super awesome pela reação dela hehehehehehehe

16 julho 2016

o trem da união dentro da classe

Amiguinhxs,

Quando forem se posicionar sobre a desunião da categoria bibliotecária em algum futuro distante pensem e lembrem de 3 coisas :
1) quem foram seus professores e como eles incentivaram o diálogo e união entre os estudantes e entre eles, docentes
2) quem foram seus exemplos de profissional da Informação atuante na área e qual contribuição a pessoa deu sobre o caso
3) se você repetiu o erro de 1, questionou o exemplo de 2, lutou pelo que você acreditava na época

Aí sim num futuro próximo você entenderá porque esse povo da Biblioteconomia fabrica uma guerra civil sem necessitar de muita coisa, só precisa fazer nada, cruzar os braços e quando acontece uma mobilização de importância na área, diz que já tá cansadx de lutar, que Conselho só serve pra cobrar, associações e coletivos só servem pra dar curso, que os mais novos que devem agora reivindicar nossos direitos (hello, não quero sustentar vosmicê não, queridx!) e o melhor que resume esse ranting aqui: "Ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de fecho-ecler"

Por favor né profissa?
Toma vergonha na cara, vai passar óleo de perobinha e se posiciona como BIBLIOTECÁRIX pelamoooooor?

Sim, reclamo e resmungo pra baraleo quando é comodismo besta se manifestando no curso e não terem um pingo de respeito para arcar com responsabilidade de quem será diretamente atingido pela omissão.


09 março 2016

Biblioródias: Na oitocentos com Dewey Potter

Não curto bossa-nova, pouco MPB, mas às vezes a criatividade vai além do gênero musical preferido e enquanto estou a caminho de pegar um lanchinho para o almoço de universitário falido, me vem à cachola uma paródia muito boa para se brincar com o Dewey Potter (Porque agora ele é meu personagem recorrente nos esquemas).

Como é sagrado e devo oferecer a tr0llice primeiro para o deus em que me apoio, aí vai: Prometo sempre causar bonito, fazer traquinagem e induzir as pessoas a questionarem a Realidade ou não:

Ouvi um Amém?!

Não é que eu não tenha nada pra fazer - eu tenho e muito! - mas a inspiração faz download de pacotes de atualização da tr0llagem e acaba saindo isso aqui:


Na oitocentos...

(Essa vai para todxs bibliotecárixs boêmixs de plantão...)
Usuário mandão, hora de pico, semestre acabando, oh ilusão
Vou me aquietar, tentar acessar, 
banco de dados
Sistema cai, coração no chão
Deu tudo errado

E o que o bom bibliotecário faz na oitocentos...?
É lá que eu choro, eu não me aguento (Na oitocentos)
É onde me perco no desalento (Na oitocentos)
É na oitocentos...
Na oitocentos...

Minha vida num clique do botão
São 8 horas por dia de conexão
Quando decido fazer pesquisa à exaustão
Tudo cai, tudo cai na minha mão

Eu digo que dá, que consigo mais um pouquinho
São mais de 200 email na caixa de entrada
Telefone, fax, oh aí do balcão espera um pouquinho
(E no que que dá?)

E o que o bom bibliotecário faz na oitocentos...?
É lá que eu choro, eu não me aguento (Na oitocentos)
É onde me perco no desalento (Na oitocentos)
É na oitocentos...
Na oitocentos...

Eu sei que não devia pagar de bom moço não
Tratar usuário em banho maria, levar pela mão
Mas agora não tem jeito, não é mole não
Onde é que me escondo? (Na oitocentos)
Não consigo dizer não

E o que o bom bibliotecário faz na oitocentos...?
É lá que eu choro, eu não me aguento (Na oitocentos)
É onde me perco no desalento (Na oitocentos)
É na oitocentos...
Na oitocentos...

21 dezembro 2015

GUERRA CIVIL DOS LIVROS DIDÁTICOS!!

[EDITANDO: Não deu pra manter a ideia, mas deixando aqui para posteridade, ainda vou voltar nessa guerra civil!!]
Vídeo auto-explicativo, porque a ideia é muito boa!
(Sem modéstia alguma, pois nóis é humilde, mas sabemo dos esquema, morô?)


O post abaixo foi feito e encarecidamente ofertado pelo Lucas Mendes, graduado em Biblioteconomia na UDESC sobre Livros Didáticos.

Let the War begins!!
[Texto produzido por Lucas Mendes, graduando de Biblioteconomia – Gestão da Informação na UDESC]

GUERRA CIVIL: PRÓ-LD’s VS. ANTI-LD’s
(titulo provisório zoeristico)

Depois de 6 meses nessa indústria vital da iniciação científica em Biblioteconomia, com uma pesquisa mais especificamente em livro didáticos (Titulo da pesquisa: Bibliotecas Escolares e Acervos: Possibilidades de Fontes, História e Memórias), eis que me deparo, mais especificamente no Painel de Biblioteconomia de 2015 já comentado aqui no blog pela Morgado, com uma discussão bem calorosa com a mesma. 

No segundo dia do evento eu e a Bruna discutimos por quase uma hora sobre prós e contras dos livros didáticos. Depois de refletir um pouco sobre isso tudo, tive a ideia de escrever esse singelo texto com minha opinião sobre o assunto, então coloquem os cintos que irei expor outro lado dos livros didáticos além do espaço que ele ocupa nas prateleiras das bibliotecas escolares.

Particularmente vejo o LD (livro didático) como um instrumento social do que realmente só um peso de papel no acervo. Acredito que os LDs igualam os estudantes de escola pública com os de escola privada (como reforçado pela minha chefinha com a qual me guiou por esse mundão do mercado editorial e social do LD), logo eles representam um ponto de igualdade, que claro não acredito ser o suficiente, pois muita gente tem o LD, mas não tem biblioteca ou professores suficientes em suas escolas. E em muitos casos o livro didático tem quase o papel de uma biblioteca móvel, já que o formato atual de LD trás poemas, contos, imagens, textos de referência, indicações de leituras. 

Com o crescimento do Ebook didático (não sei se esse termo realmente existe, mas uso ele para falar do LD digital) essas ferramentas se desenvolveram e até irão desenvolver outros formatos, possibilitando até a Social Reading (na qual acredito amplificar o ensino de toda nossa criançada).

Vale destacar que o Brasil compra através do PNLD (Plano Nacional dos Livros Didáticos) muito livro didático para as escolas públicas, e isso representa 35% de unidades vendidas no mercado editorial brasileiro (Fonte: Snel jul. 2012), e no caso dos Ebooks didáticos, ainda é um mercado em crescimento, já existem algumas escolas particulares usando (Essa matéria aqui fala um pouco disso) e a FNDE (Funda nacional de desenvolvimento da educação) por exemplo, já “obriga” as editoras a publicarem os LD em formato digital. O governo já iniciou a distribuição dos ebooks em algumas escolas nesse ano (ver aqui)

Os Ebooks digitais resolveriam o famigerado problema de espaço das bibliotecas escolares, mas acredito eu que eles são importantes obras de referências e que merecem um lugarzinho na estante, não em quantidade exagerada como acontece na realidade.

A biblioteca escolar, querendo ou não ganhou mais uma atribuição, que é a de guardar e distribuir os LD, e acho que não seja realmente um problema, desde que seja uma atividade apoiada pela secretaria da escola, já que pode ser uma dor de cabeça. Tem uma galerinha do barulho lá de Minas gerais que desenvolveu um software de gestão de livros didáticos, o i10 (chequem o projeto dessa empresa, e os outros também que são um amorzim), e que já fizeram vários testes e parece estar funcionando muito bem, eles conseguem fazer a distribuição dos em livros em um curto espaço do tempo, e recuperar grande parte dos livros ao final do ano (porque eles tem vida útil de 3 a 4 anos, são renovados por causa de atualização e afins).

Não quero me alongar, porque talvez um dia eu e a Morgado possamos discutir estilo filósofos gregos, só que sem precisar de cartas quando temos Twitter e Facebook. Fecho com o meu pensamento muito mais sentimental do que prático. Vale cuidar desses pestinhas espaçosos, porque eles têm mais importância social e econômica do que realmente prática (no sentido do espaço, já que a educação fica muito mais prática com a ajuda dos LD, mas isso abriria uma outra discussão no cunho da educação). 

Posso morder minha língua, pois ainda não estagiei em biblioteca escolar, mas defendo sim o LD e sua grande importância de fonte de pesquisa escolar e acadêmica.



18 dezembro 2015

dando tchau, tchau, tchau pro estágio

Assim como a musiquinha grudenta da Vovó Mafalda, estou dando tchau para essa biblioteca linda onde me firmei como pessoa biblioteconômica (???). Não, não irei viajar porque isso é coisa de bibliotecárix ryyyyyyycxxxxh e famozxxxxx, então resolvi gravar um vídeo sobre a despedida.

Para aqueles que estão tentando entender o que quero dizer, é porque faz cerca de 2 dias que não durmo direito, logo o discurso tá meio fuén-fuén balão furado: 


Ano que vem estarei em outra escola da Rede Municipal, por mais 6 meses e a notícia não me deixou muito bem durante esses dias. Sim, eu sei, a oportunidade é ótima, novos ares, coisas novas, mas mesmo assim eu e mudanças? Não nos adaptamos bem de cara.

Agradecendo à escola que me acolheu tão lindamente desde o começo, por entenderem que dar voz aos alunos é bem mais importante que seguir o status quo, que tudo se resolve no diálogo, que as peculiaridades são preciosidades e que colocar um violão com cordas na hora do recreio faz milagres com alunos bagunceiros. 

No resumão? Sei lá o que tou sentindo, mas aqui vai ser o meu marco inicial de toda a bagagem que vou levar pro resto da minha vida nessa carreira.

Há o problema do workaholismo também. Fiquei parada por muito tempo no começo do ano por conta da perna, meu ritmo de trabalhar foi quebrado justamente quando tava começando a produzir bem e aí houve o trem da dedetização que parou por quase 2 semanas e bem... Eis o motivo de não conseguir dormir direito!

Final do ano sei que estarei uma pilha básica de produção e vou ter que direcionar pra algum lugar - e não vai ser para o acadêmico pelo jeito.

30 novembro 2015

como fazer uma estagiária noobie entrar em pânico


Então ocorreu esse peleja de dimensões astronômicas no lugar onde estagio e se tenho uma vaga idéia do que seja um pandemônio armado, este seria o perfeito exemplo. 

Às vezes esqueço que sou estagiária. Muitas vezes esqueço que minha função se limita a poucas responsabilidades já  pré-estabelecidas, o problema é que não há alguém para fazer as decisões da biblioteca novamente e sinto aquele aperto ao deixar como está porque assim foi ordenado. 

Tenho uma preocupação imensa pelo que a garotada vai precisar durante esse tempo de recesso/talvez mudança de prédio. Eles estão na reta final do bimestre e não é legal ser jogado em qualquer lugar sem o mínimo de amparo pedagógico. Pelo jeito parece tudo bem, mas como é que faço como pseudo-bibliotecária? 

O prédio da escola foi dedetizado dezenas de vezes desde a quinta passada impossibilitando as aulas e qualquer outra atividade escolar/administrativa. Para a coleção de enfartos pedagógicos, veio o pessoal da dedetização com borrifadores, eu no encalço pedindo pelamoooooor não aponta pras estantes. NÃO APONTA PRAS MÓDAFÓCA ESTANTES!!

A mistura de veneno + poeira + livros não é legal, ainda mais quando você tem um público que costuma ser muito tátil (e senão às vezes palatal) com o acervo. Uma questão urgente de saúde pública, mas que realmente não deu tempo de fazer absolutamente nada devido o tempo que me foi dado para tomar alguma decisão. Não deu tempo de guardar os livros em sacolas, não deu para cobrir as estantes, apenas observei em terror como uma simples decisão sem o discernimento preciso da gravidade do ato poderia causar tempos depois.

A.k.a. eu tava apavorada. 
Pode entrar em pânico, produção?

Créditos para: Shokly Digital Art
Não tou sendo drástica, cês não me viram sendo drástica.

Mas como sou babaca - e quando digo isso é pelo senso comum, já que ser "babaca" é fazer aquilo que não precisa se fazer porque a responsabilidade não é minha, logo, eu deveria ficar calada, quieta, sentada de braços cruzados e jogando angry birds no meu celular enquanto vejo o circo pegar fogo - tentei pensar no que faria caso a escola fosse para outro lugar, o que levaria de emergência para tapear um pouco a falta que o lugar físico do acervo faria diferença na vida dos alunos.

FYI: secretamente gosto de ver o circo pegando fogo, mas é porque meu cérebro já tá maquinando para apagar o fogo, seja lá onde ele tenha surgido.

Aí barramos com a problemática desse post: a responsabilidade NÃO É minha.

O que mais escutei esses dias é que eu não posso fazer nada. Não devo fazer nada. Não tem como fazer nada. E não dá pra virar pro camarada e dizer: I DO WHAT I WANT CAUSE I AM A PIRATE!!! Ou Bibliotecária, ou algo aproximado a isso. Sim, eu posso fazer. Eu preciso fazer, não é justo não fazer e deixar outros que não fazem a MÍNIMA IDÉIA fazerem e não entenderem o quanto isso é importante para a comunidade escolar.

E também porque entrei em estado de choque na sexta passada.

Fui ver a situação e meu estômago deve ter feito contorcionismo de tanto nervoso. A coisa tá feia. Nem vou dizer que a minha cabeça explodiu, minhas pernas falharam e deu vontade de sentar ali mesmo, no meio da biblioteca e chorar.
(Mas não, preferi ser mais idiota ainda e bater boca com a administração da escola sobre o que levar ou não para o novo espaço)

Acho que os bibliotecários de Alexandria devem estar patting minha cabeça e falando: "Oh dó, oh coitada...". Se essa foi a minha reação ao ver uma dedetização sem cuidados prévios, não quero nem ver alguma biblioteca pegando fogo.

Talvez esse tenha sido o Wake Up Call de me desapegar do local. De saber que daqui alguns dias não estarei mais com eles e que o processo de chamar por mais 6 meses vá demorar. Talvez seja uma daquelas pegadinhas do Universo em sua sábia ironia me dizendo: "Hey, cê fez o que tinha pra fazer, bora ganhar mais XP pra próxima fase..." - ou talvez seja o resultado de um acidental giro na ignição do Gerador Improbabilidade Infinita.
(Que nenhuma pulga tenha dito "Ai de novo não..." e me volte como um jarro de tupilas)

Enquanto a situação não se resolve, vou perdendo meu sono com ideias malucas de como resolver a situação, ou de já me prontificar a entrar no ambiente inóspito e limpar o acervo, um a um, livro por livro, até ter a consciência limpa de que a responsabilidade não é minha, mas pelo menos fiz alguma coisa. Ou posso ficar aqui em casa, desejando ávidamente a minha rotina de volta e ser distraída por dois gatos do barulho que aprontam muitas confusões.

Venimim Enfarto-pedagógico!!


Se você entendeu as referências para Guia do Mochileiro das Galáxias, vai saber o quão desesperador a situação está sendo para minha pessoa.

26 novembro 2015

combo duplo do 5º semestre

Estou na 5ª fase, mas não estou.
Retorno de graduado é meio que nem consórcio de carro.
Pego o número, espero minha vez depois de um tanto de gente, levanto a mão quando quero dar o lance, para aquele carro bacaninha que estava planejando ter, vai pra outrém, levanto de novo para pegar sei lá, um carrinho menos possante, mas hey! Também tem suas vantagens... Nope, não dessa vez. Aí exausta de levantar a mão pra conseguir um lance, vem aqueles modelos de carros que quase ninguém quis ou geral quis e desistiu no último minuto.
(Apenas um aviso, quiançada: tem uma parte do Tártaro exclusivo para vocês que pegam as disciplinas obrigatórias e desistem na 1ª semana)

E por aí eu vou.

Empurrando as gestões gestionadoras para beeeeeem lá na frente, aproveito as má-deixas de disciplinas que aparecem no curso. Todo semestre eu tenho que calcular a quantidade de enrascada que vou me meter por pular fases e praticamente ler o plano de ensino de cada professor para poder me nortear. Já me arrependi algumas vezes de não ler e ver que a matéria era pesada demais para mim (Vide semestre passado!), então ser razoável com a quantidade de informação filtrada na minha cachola é saudável para minha linda e desesperada sanidade.
(Abençoa Cthulhu...)

Aí às vezes eu acerto no levantar da mão e ganho um combo duplo de Fontes de Informação e Serviços de Informação com duas professoras super dedicadas ao que ensinam.

E é um milagre, porque as duas disciplinas se entrelaçam bem par a parte prática de qualquer estagiárix/projeto de bibliotecárix que não faz a MÍNIMA idéia de como manter o barco navegando mesmo quando o capitão está seilá... servindo ao Davy Jones.
(Referências, nenê. Referências.)

O barco que eu tou navegando tá indo bem - apesar da infestação de insetóide maledeto que ocorreu durante a semana passada - e me sinto à vontade para dizer o quanto tenho orgulho de participar dessa comunidade escolar. A escola me toruxe grandes experiências, me fez ter perspectivas melhores para minha profissão e minha carreira e também me deixou uma lição boa de humildade com aqueles que fazem a Roda girar. Estar entre a galerinha de estudantes, ali na linha de frente no balcão, auxiliando como dá, ajudando como é possível chega a ser a melhor forma de fazer algum papel de cidadã que já tive oportunidade. 

Estar na biblioteca escolar me ensinou que a teoria do curso tem que estar mais do que em sintonia com a prática lá fora, tem que acompanhar os setores com mais carência de bibliotecários e profissionais da informação. A gente (acadêmico, corintiano, sofredor...) PRECISA saber como é lá fora enquanto estamos DENTRO da Universidade, nem que seja por 1 mês. Não precisa ir muito longe, não necessita estar no meio dos engravatados ou os cheios de firulinhas, dá uma olhadinha ali na vizinhança e verifica como é a biblioteca escolar da unidade mais próxima.

O combo do 5º semestre me ajudou a rever meus conceitos mais práticos, como perder o medo de improvisar quando é necessário fazê-lo. O de encarar a demanda como parte essencial do meu trabalho, as mudanças repentinas como rotina e a maluquice geral como o usual. E olha, o que a gente escuta em balcão de biblioteca não tá no gibi...

16 novembro 2015

paródia let's dewey it




O que fazer dentro do busão quando há engarrafamento na 403 saída Ingleses? Acabo escrevendo paródia...

LET'S DEWEY IT
Ou a paródia pro pessoal do processamento técnico. (Pois nós sabemos o valor precioso que vocês têm em nossas vidas!)
Música incidental? Claro que tinha que ser Professor Elemental.

--------------------------------
Eu passo parte da minha vida sempre atrás das estantes
O que pode ser bom, mas pra você parece irrelevante
Vamos começar desde o início
Antes que você ache que eu deva me jogar de um precipício

Let's Dewey it
Sou eu, aquele não aparece!
Não dá as caras no balcão, mas minha decisão prevalece
Eu catalogo e classifico,
Não é nenhum robô, sou eu mesmo que indexico
Se os livros estão em ordem nas prateleiras
Você devia agradecer minhas detalhadas maneiras
Eu uso os melhores gerenciadores de acervo
Mas é a minha cachola que recorro no aperto

Let's Dewey it
Nada tema, não precisa memorizar
Temos um manual enorme pra só bibliotecário decorar
Nossa ordem é diferente, nosso código parece incoerente
Mas pra você achar um livro é mais rápido e eficiente

Let's Dewey it
Antes que eu perca um parafuso
Meus manuais estão sempre aqui, são eles que eu uso
Let's Dewey it
Ostentando é pouco, tenho a CDU sim
Gastei todo o orçamento de 12 anos e mesmo assim
Let's Dewey it
E quando não tem ficha catalografica no bendito livro
Me encolho no lugar, pra eles eu suplico:
"Por favor Ranganathan-Dewey-Otlet me ajude,
Será que esse vai na Economia ou pra area de Saúde?"

Let's Dewey it
Na graduação você já pode me reconhecer
Sou justamente aquele que tira nota máxima em LD
Vou até fazer um rap com termos de um tesauro
(Com o que posso rimar? Posso usar um dinossauro?)

Let's Dewey it
O que posso dizer? Sou bibliotecário catalogador
Meu paraíso é a Library of Congress, mas também uso buscador
Porque quando não tem jeito, sem registro no acervo
A gente reza pra Santo Ranganathá e espera um acerto

Let's Dewey it
Pensa que é tão fácil assim?
É só olhar no manual e o número faz plimplin?
Vamos lá, pessoal, me dêem um pouco de crédito
Minha vida sem o processamento técnico seria um puro tédio

Let's Dewey it
Apenas peço aos meus caros miguxos da Biblioteconomia
Catalogar não é luxo, é necessidade de todo dia
Ajudem uma pobre alma, aquele usuário perdido
Não precisa decorar os números, esse é meu serviço
Fiquem à vontade, o acervo é pra usar
Eu catalogo, classifico, indexico pra facilitar

23 setembro 2015

let the cray-cray do semestre begins


Primeira prova do semestre e única coisa na cabeça é: "como irei recuperar aquela habilidade linda e ninja de sumir da face da terra por alguns dias por estar extremamente ansiosa, cansada e cheia de coisas pra fazer?" 

Tá tão tenso que ontem meu estômago se rebelou no modo "Yo modafóca, vou fazer você se arrepender por ficar tão chill out por muito tempo!" 

Quero a minha cama! 
(Ah! Boas vindas ao equinócio. A roda vai voltar a girar nessa época, pqp, tava muito a fim não...) 


Postado via Blogaway

27 agosto 2015

Vida acadêmica - a parte que me acomete

Sabe aqueles dias em que nada faz muito sentido, poucas coisinhas vão te fazer sorrir e a única vontade é ir pra casa, se jogar debaixo das cobertas, agarrar o gato felino e se curvar em posição fetal? Yep.
Obrigada por me lembrar Universo: "Nobody is an island..."



Postado via Blogaway

23 agosto 2015

paródias da graduação - o caso da Indexação

Paródia sobre um caso específico ocorrido na Indexação.
Música incidental: Fixação do Kid Abelha.



Seu slide eu sei ler...
Parece um milagre
Que no semestre que vem
Vou ter que saber isso em mínimos detalhes

Eu vejo um zero
na prova final
Trabalhos incompletos
E sem IAA de verdade
(ooooh)

Indexação
Meus olhos no slide
Indexação
Minha assombração
Indexação
Fantasmas no meu quarto
Indexação!
I want to be alone...

13 agosto 2015

vida acadêmica com amnésia progressiva

Cursar uma 2ª faculdade é como andar no mesmo barco furado depois do remendo (O meu parece aqueles botes infláveis alaranjados), você sabe que em alguma parte vai afundar, mas até lá vai pegando baldinho pra jogar a água que tá entrando pra fora e muita silver tape pra aguentar os furos.
 
Nem tou falando de fandom aqui, mas o feeling é o mesmo na Biblioteconomia ¬¬''

Apenas me fui dar conta que já estou na metade do curso no começo da semana. Muitos me perguntam qual fase/semestre estou e costumo responder no "Deus sabe onde", cause... ya know... Só Eru na causa pra saber o que já fiz e o que não fiz. Arrumar a matrícula mais de 2 vezes me deu uma agonia tremenda, pois tive que abrir mão de 2 matérias que adoraria já fazer - uma a bailarina está se despedindo da Classificação, outra era algo extremamente importante para aplicar aqui na biblioteca - mas por motivos óbvios (turminha do barulho über competitiva que preciso dar um apelido irônico para definir esse grupo distinto) preferi deixar para o próximo.


Não me livrei da Sociologia, mas creio que com a primeira aula ter citado diversos filósofos e gente da História que com certeza vai me lembrar de Gaiola das Cabeçudas (Qual a diferença entre o Bibliotecário e o Estudante? Um tem salário fixo o outro é comdiante!), terei meu consolo tr0ll durante. Não que eu vá gostar, fiz 2 semestres de Sociologia na PUC-MG, fui monitora nos 2, pergunte-me se apreciei cada momento?
(Sim, aliás só soube escrever texto acadêmico devido a esse fator)

Há professores que admiro e estão nos corredores sempre apoiando quando possível. A minha possível futura orientadora continua com um otimismo lindo quando a encontro. Há muitos que desistem (Já percebi que parte da turma em que entrei na 1ª fase se foi e nunca mais voltou), outros que vão pra outros cursos, mas creio que meu pé esquerdo continua travado na Biblioteconomia (O direito tá meio bambeando e dolorido, cês sabem...)

O que mais me incomoda nesse percurso é que há alguns tropeções chatos de potência. Eu me sinto amedrontada quando não faço ideia do que estou fazendo e muitas aulas me pareceram ser feitas para me deixar desse jeito. Aí vem a vozinha na cabeça murmurando: "Não vai aguentar o trancooooo, pega leve mulé que tem tempo..." e foi isso que decidi fazer. Desisti de 1 disciplina pelo simples fato do professor ter usado o termo "cliente" ao invés de "usuário" - não consigo respeitar alguém que use tal expressão, me desculpa, mas NOPE, JUST DON'T! Isso e porque ao ler a ementa do curso e a bibliografia, foi um verdadeiro WTF estampado na minha testa.



Tive essa experiência em 2 disciplinas anteriores e o gosto amargo subindo pela garganta pra lingua não foi legal, não aprendi nada das disciplinas, não aproveitei nada em meu campo de trabalho e infelizmente tive que me pseudo-pendurar nos colegas de grupo para poder entender alguma coisa e apresentar trabalhos. Não é nada legal, gente, apenas não. Eu prezo por meu conhecimento e minha vontade de pesquisar é maior que meu ego, saber que não vou ser capaz de fazer isso devido um buraco enoooooorme no processo de ensino-aprendizagem que estou condionada me deixa horrível.

Desculpinha esfarrapada, vocês dizem, mas ahem não estou ficando mais nova, darlings... Já cheguei ao meu limite de apreensão de conhecimento para um filtro tão fino que mal consigo dar lugar a outras coisas que eu não consiga entender o básico.

E não é algo como "Oh você deixa de ser mandriona e pega o básico e vai estudar!" são disciplinas que tem pelo menos 2 ou 3 passos de teoria/prática e vivência para passar. Eu sei quando não tou pronta para uma coisa, ainda mais quando essa coisa vai resultar em outras coisas. Efeito dominó é algo recorrente na minha vidinha de escriba.

Resumo da ópera sem muitos secundários: estou na 5ª fase, mas parece que é menos.
Tudo bem, tenho mais 4 anos e meio antes de jubilar lol

03 agosto 2015

Gaiola das Bibliotequeiras!

Sim, eu sei, é segunda, não domingo! Não troquei as bolas, mas é que não consegui postar tudo que queria ontem e lá vai mais um dia de 20 coisas para se escrever quando estiver em um bloqueio de escrita!

O assunto hoje é...?

Write totally new lyrics to one of your favourite songs...
Escreva uma letra nova no lugar das letras da sua canção favorita...

Pensei um bocado em qual música serviria para modificar a letra, fiquei entre The Killers (Mr. Brightside) ou alguma do U2, mas aí bem, como muitos sabem, não levo muito a sério o que escuto, logo há sempre espaço pro Lolz invadir minha playlist e a zoeira (entidade onipotente na minha vida) estará sempre presente.

Faço paródias pra Biblioteconomia e seus objetos de estudos, gosto de desafiar o status quo acadêmico e também faço pra despistar o crescente faniquito que o curso anda causando tanto em mim, quanto nos colegas graduandos. Vou reuniar as paródias aqui, elas estão postadas no Facebook, mas merecem o momento de Bibliotequices, pois é óbvio que tenho gosto de fazer parte dessa babaquice toda.

E antes de eu colocar a letra, queria apenas lembrar de um gif que prometi que iria sempre vir antes de qualquer zoeira que eu fizesse:

I aim to misbehave e todo o resto! <3

A música de base é essa aí embaixo, esse clássico singular da música brasileira feita por Marcelo Adnet:



Originalmente postada no Facebook no dia 29 de julho às 13:59.

A de AACR¹
D de Dewey
E nas estantes, aqui tá tudo arrumado
F de Fontes
G é de gestão de alguma coisa
H é U quando tem algo errado²
I Indexação, tá ligado?
J já é, vou estudar no feriado
K aquele riso mais que desesperado
L era o Layout que o engenheiro jogou de lado
M daquela coisa horrenda chamada multa
N de "não sei", quando a prova final é de consulta
O do Otlet, foi muito camarada
Paul simplificou os esquema, classificou as parada
Q vai ser uma questão nada complicada
R oh meux quiridux, quais são as leis de Ranganathan?
S é de Sanborn[4], sem ela Cutter era fracassado
T é aquele troço³ que todo mundo foge apressado
U Unidades de Informação, onde eu trabalho
V e F na prova é de quebrar o raio da bicicreta ou
X na única opção que não parece certa
Zen fiquei, depois que mais um semestre terminei [5]
O resto das letras, não sei mais o que rimar aqui
Faltei um tanto na sexta-feira, mas não ganhei um F.I. [6]
(Bota a nota, bota a nota, bo-bo-bota a nota no CAGR [7] aí!)


Ia ter mais o segundo verso, mas tou formulando ainda. A letra é enoooooooorme!!
===xxx===
¹ - AACR ou Código de Catalogação Anglo-Americano é um dos manuais base para a catalogação feita aqui no Brasil. A gente usa a AACR2 (2ª edição com adições no nosso idioma e uns trem legal), mas como os EUA é quem manda nessa powha, logo algum dia, talvez, daqui a pouco, tipo agora vai mudar pro RDA - porque a Biblioteca do Congresso Americano é uma chatinha e gosta de ficar mudando de código o tempo todo... - Particularmente esse manual me fez querer queimar propositalmente um tomo de quase 600 páginas com todos os requintes de prazer e piromania.

² - H.U. Hospital Universitário. Preciso dizer mais?

³ - O troço é o tal do TCC. pode se contorcer e tremer de medo agora.

[4] Kate E. Sanborn ajudou Charles Ammi Cutter a fazer uma tabela que designasse a localização do livro na estante (Aquele conjunto de números e letras na lombada dos livros, sabe? Aquilo ali é feito com uma tabela muito bizarra). Só que os historiadores ESQUECEM DESSE DETALHE e continuamente é dificil achar um site de fonte confiável que cite o nome da Sanborn como co-autora da tabela. Os créditos como sempre vão pro marmanjo...

[5] Esse verso foi contribuição de livre e espontânea vontade da colega de Biblio Márcia Cardoso, salvou o verso com essa rima!

[6] - F. I. Falta Injustificada, isso não te reprova no curso (Mas sim na disciplina), mas ferra com teu histórico acadêmico e não deixa você pegar mais estágio algum na vida.

[7] CAGR - plataforma interna que graduandos, servidores, docentes e demais pessoas vinculadas à UFSC usam diariamente para administrarem as coisas.

11 maio 2015

TCC da depressão (o seu, não o meu)

Convivo com três pessoinhas próximas que estão nos frangalhos - okay duas estão entrando em parafusos, a outra está sapateando na cara do perigo - por conta do querido TCC.

Trabalho de Conclusão de Curso.

Eu fui privilegiada na Letras por só precisar do Relatório de Estágio - o que não me isentou de milhares de edições, muita dor de cabeça, choro e ranger de dentes, além de encarar duas salas de ensino fundamental e ensino médio para montar o bendito.

O que na Biblioteconomia é exatamente o inverso, pois além do estágio - pelo que vi parece projeto de pesquisa e eu nope, just nope nope noooooooo módafóca! - tem esse lindo objeto científico de puro desprezo e rancor.

Engraçado é digitar no Google TCC e aparecer Terapia Cognitiva-Comportamental e eu não achar que a coincidência não foi tão coincidência assim. Já vi pessoas surtarem de vez com isso, já ouvi histórias macabras também e também convivi de perto com uma irmã que passou quase 1 ano escrevendo o dela de saco cheio com o tema porque orientador sem noção empurrou por goela abaixo.

Eu quero fazer diferente.

Já sou macaca véia, não vou deixar ninguém entrar no meu quadrado assim do nada. A orientadora já está pré-escolhida (Coitada da fessora), já tenho tema definido, já estou montando alguns objetivos a explorar no Projeto de Pesquisa, já sei que vai ser de longo prazo, sim, eu já sei que vai demorar mais 2 anos pra chegar nesse desespero, mas tá tudo aqui. Não tem como negar.

Não quero entrar em parafusos durante 6 meses tentando escrever algo que não vou curtir, então já começo a testar a profundidade das águas agora pra me preparar pra me afogar depois (Porque sei que irei, logo, vairy soon).

Quando entrei na Biblioteconomia, fiquei intrigada com um discurso repetitivo nos corredores do curso sobre alguns tópicos, bibliotecário em escola pública por exemplo: parece que somos uns desgarrados da matilha e provavelmente insanos. Quando comento que é isso que quero fazer da vida, ganho o mesmo olhar quando alguém diz que quer ser professor do ensino fundamental (Pena, estranheza, surpresa, indignação?). E isso me é estranho testemunhar.

Bibliotecário deveria ser valorizado por n motivos, mas pelo menos achei que a prepotência e arrogância chegaria a outro patamar aqui nesse salto - a auto-estima deveria ser mais alta, sabe? - vejo o contrário. Vejo profissionais múmias se arrastando em rotinas com um discurso bem delineado de cansaço. Até os mais novos são contagiados por isso!!

(Eu tou sendo contagiada por esse tipo de feeling de whatever, não vou fazer diferença)

O "cansei!" é tão forte que afeta toda uma estrutura interna e externa deles - de TODOS os bibliotecários que já conversei na minha vida de graduanda TODOS tinham problemas na coluna, nos joelhos, algo dentro deslocado, herniado, furado, destrambelhado - e gente... Hiena Hardy já tá lotando os esquema na Educação. Queria dar uma investigada nisso, saber o que mais posso descobrir nesse perfil de profissional da Biblioteconomia, tem tanta coisa legal pra se fazer, minha gente!

Então, sim. Oficialmente pensando no teórico do meu TCC.




07 maio 2015

Aula de ética

Deu pane. 
Tilt
Parou com a moto na BR.


Assunto da noite era sobre sistema de multas em bibliotecas e não consigo imaginar como isso pode ser feito sem causar danos colaterais. Mas acabou se desdobrando em outros devido a proibição de tal prática onde estagio (Não há nem razão para ter isso).

Aí fomos para dano de patrimônio.

Sempre aviso aos estudantes quais são as consequências de atrasar ou perder um livro, mesmo quando eles não estão em débito. Tento repassar a noção de que se um livro some do acervo, não tem como recuperar tão cedo (ou talvez nunca devido a falta ou pouca verba que vem pra aquisição), outros estudantes também querem ler o livro, responsabilidade social e tudo mais. Sharing is caring, mas às vezes botar os miolos na bancada do bom senso ajuda a criatura refletir.

Um livro ficou sumido por quase 3 semanas - devido a esperteza sem noção de um estudante fominha que escondeu o livro na estante em lugar acessível apenas ao subir em uma cadeira e vasculhar - e um frequente usuário que queria o bendito livro há muito tempo questionou o porquê as pessoas fazerem isso.

Uma outra mocinha pegou um livro todo rabiscado nas últimas páginas, e caneta e sem dó alguma, também me questionou o porquê disso.

Tenho duas respostas:
Como Bruna e como bibliotecária em produção.

Bruna: pessoas são babacas com aquilo que não pertencem a elas. Lição para a vida toda? Vai ser assim em qualquer instância da sua vida pro resto de seus dias, sem brincadeira. Ps: posso ou não desejar uma dor de barriga para a pessoa que faz isso por sacanagem.


A bibliotecária em produção? 
Às vezes há usuários que fazem isso, o máximo que posso fazer é reter o livro para reparos e perguntar se o camarada tá de bem com a vida, porque riscar a última página de um livro até rasgar o papel me sinaliza que você está com problemas (de saber conservar propriedade comum à todos ou de gerenciamento de raiva).


Não vou espernear, nem implicar, usuário é usuário, assim gente como a gente, reeducar marmanjo pra não danificar os livros que ficam na posse dele é minha tarefa.

Sinceramente?
Questões éticas na Biblioteconomia são o ar que eu respiro.

23 abril 2015

vida social e laboratórios de informática

Agora me recordo do porquê não ter vida social na PUC-MG: laboratórios de informática.

Quando o ano de 2004 se estabeleceu, a banda larga não havia chegado ainda no vilarejo brejeiro onde eu morava há 3 anos atrás. Betinópolis tinha lan houses, mas era no laboratório da PUC-MG que eu praticava minha escrita fabulosa em blogs de layout sem CSS e postava obsessivamente em fóruns de fanfiction.

Eram bons tempos.

Logo não me restava tempo lá fora.
Com pessoas de verdade.
Com conversas filosóficas movidas pelo Vazio da Existência Universitária.
Ou movidas pelo teor etílico na corrente sanguínea.

O laboratório era meu ponto inicial e final.

Triste.
Mas foi a vida.

E agora estou aqui plantada em um da UFSC porque o celular não consegue postar devidamente as coisas que quero.

Lição aprendida na Biblioteconomia? Com a palavra Chelsea Handler e sua eterna sabedoria:

"A coisa mais importante é estar bêbada" - amém!

Não que eu vá praticar sacerdócio pra Dionísio (Até porque não dá, meu contrato com Morfeu é vitalício), mas realmente a experiência de segunda graduação está mudando meus hábitos de socialização interpessoal de uma maneira meio estranha.

14 abril 2015

barraquinho na Biblio

Tudo começa com um grupo de boas querendo movimentar a representação dos estudantes aqui na Biblio, tudo bem, isso parece legal. As propostas são mais concretas que a edição anterior, trazer o CAB - Centro Acadêmico de Biblioteconomia - de volta à ativa, auxiliar os estudantes de baixa renda, entender o porque das estripulias do Departamento e minimizar os estragos provocados pela evasão que temos a cada novo semestre.

Não vi ninguém levantando bandeira partidária.
Não enxerguei intenção besta de botar banca pra um grupinho.
Vi uma oportunidade de praticar cidadania.
Me gusta.

Irá ter uma Assembleia amanhã para acertar alguns pontos para todo mundo SABER que temos representividade e aí vem um conhecido chatonildo advogado de regras pontuar que há um "probleminha" em fazer Assembleia quando não se passa pelo Comitê Eleitoral (???) - que supostamente existe - e tchum, barraquinho foi armado.



O babaca nº 2 da lista de hoje se esqueceu de pesquisar a etimologia da palavra, apenas enchendo com palavras pomposas sobre a "não-legitimidade" de se fazer uma Assembleia. Fio, shut the fuck up e deixa o povo se reunir pra discutir o que fazer, mmmmkay? Não custa nada e vai fazer bem pros graduandos.

Enquanto eu ruminava algo para escrever sobre o "aviso" que o cabra deu, veio outro barraqueiro de carteirinha VIP do curso e disse em letras garrafais tudo que eu queria falar e um pouco mais (Sem censuras, cortes ou deliberações, mandou na lata e pisou no calo alheio). Minha reação?


Aí o retruco veio na leveza/sutileza de sempre, ameaças no Judiciário e mais lagartinhos e cobras e demonstrações gratuitas de testosterona. Desperdício de tempo, sério. O mais absurdo ainda, os dois estão na última fase do curso e deveriam PELO MENOS assegurar que as coisas que vão ser discutidas na Assembleia condizem com a realidade passada do CAB e do próprio curso. Compartilhar experiências que é bom?! Nope.

Enquanto o pessoal aqui espera que eles parem com a palhaçada via Fórum de universidade e tratem de lavar louças ou get a fucking room (Oh não, estou sendo sexista demais, oh nouz!), o desenrolar continua na novelinha mexicana dos veteranos da Biblio.


01 abril 2015

os glimpses professorísticos da Biblio

As pequenas coisas que a Biblioteconomia me proporciona trazem um esclarecimento de muitas dúvidas que me comem viva a durante o dia.

Já disseram que a curiosidade mata conforme a sede ao pote da sabedoria se torna raso. Na maior parte do tempo tenho essa impressão que não é suficiente para me manter em cheque (comigo mesma), mas faz algum sentido quando há o elemento surpresa no meio. Eu sabia que o curso iria exigir parte de mim que talvez eu não pudesse reaver (a Letras comeu minha escrita criativa e empacotou numa forma vazia), mas ao sentir nos corredores que há alguma luzinha de esperanças para novas aventuras, abraço cuidadosamente para não me escapar.

Então quando vejo um calouro dizendo com toda veemência que escolheu o curso porque queria - não por descuido, segunda opção, falta do que fazer, etc - isso reafirma a minha própria existência no curso.

Essa powha tem jeito. Querendo ou não, resmungando ou não, mudando de gestão, ideologia ou sistema, tem jeito. Conversar com pessoas que compartilham um modo de avistar o mundo com relativismo positivista também ajuda bastante a não me sentir deslocada. Por mais fatalista que possa ser, sei que há alguém com idéias mais maravilhosas e prontas para colocá-las em prática por Amor a sua contribuição ao Universo. Isso eu respeito tanto quanto qualquer religião, credo, moral ou valores mostrados nessa vida.

Quando você se torna acético ao mundo ao seu redor, ter um glimpse dessa parte do milagre da racionalidade me deixa genuinamente feliz. A gente faz a mudança antes por dentro, certo? Hoje estou feliz, são com as pequenas coisinhas da Biblio que me encontro como pessoa de verdade.

TL;DR; porque faz tempo que essa postagem tava para sair e fatos mais interessantes aconteceram...


28 novembro 2014

#eunaBiblio Trabalho em grupo

Não importa muito o que esteja realmente acontecendo, sempre vai ser um problema pra me manter uma relação saudável com trabalho em grupo. 
Buscar a perfeição parece uma piada bem contada por algum  palhaço provinciano.

Louco bufão...