Não sou adepta de guerra de egos. Tenho uma reputação a zelar - a de cara-de-pau que não toma partido algum em cima do muro? - e esta acaba pendendo na balança quando assuntos sérios são colocados em pauta.
Para introduzir esse assunto delicado em nossas rotinas trabalhísticas, românticas, conjugais, familiares e outras instâncias de pública e particular adversidade, apresento a minha paranoia constante de arquivos errados feitos em conjunto. Tenho pesadelos com cópias erradas de trabalhos acadêmicos e fanfiction. Sério. É um pavor insano que me acomete desde a graduação na PUC, nos tempos áureos de disquete 3/4, diversos emails na caixa de entrada com títulos do tipo:
arquivoversao1corrigido.doc
arquivoversao22corrigidofessorapodecolaranexo.doc
arquivoversao666corrigidoversaofinalcorrigidafessorapodeclicarqueehessemesmo.doc
Junto a estes emails, frases de puro pânico como:
COPIA PARA A PASTA NO PC!!
COPIA PRO EMAIL DE ________ (nome de alguém do grupo ou amigx de sala)
COPIA PRO DISQUETE
IMPRIME E REIMPRIME E IMPRIME DE NOVO!
Era uma verdadeira maratona de paranoia que só terminava quando imprimia finalmente a versão aceitável, colocava o encadernamento e deixava bunitinho na mesa dos professores. Sempre deu certo, nunca me falhou dessa forma. Quando trabalhava em conjunto é que me perdia nas versões de arquivo, até que o Google Drive veio para salvar minha pobre alma designada ao limbo da edição de arquivos em conjunto com diversas versões.
Tenho tino de quanto é importante fazer anotações durante reuniões, como é bom manter um registro documentado em mãos para poder argumentar antes, durante e depois, é essencial para se cobrar ou justificar algumas situações. Mas o que fazer quando esse poder não é delegado a sua própria pessoa e sim outrém?
E o mais importante: e quando toda uma estrutura é negada quando esse registro é desvalidado pelo "erro" cometido no meio de uma guerra de egos?