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23 fevereiro 2018

erros de interpreta-direção


Desde criança gosto de direções.
A Rosa dos ventos é fascinante pra mim desde que consegui mexer numa régua direito.
Mapas, bússolas, continuo sendo a pessoa loka que cata todo guia turístico vagabundo printado em rodoviária.

Antes de escrever algo substancial faço rascunho de mapas, plantas baixas, lugares que existem, lugares que não existem (ou não), direções.

10 março 2016

algumas mudanças

E eu sempre cito aquela música emblemática do Fleetwood Mac, porque quanto mais velhaca vou ficando, mais sentido faz.

"And I've been afraid of changing, cause I've built my life around you

Time makes you bolder, but children are getting older
I'm getting older too."
Quando me desliguei de algumas instâncias da minha vida para dar mais atenção a outras que eram altamente relevantes para a manutenção eficaz da minha sanidade já ameaçada pelas negociatas que tive desde nova com um certo deus ancião que reside nas profundezas do mar sem fim (tudo em caixa baixa, porque não quero acordar o coitado submerso), atentei por alguns padrões estranhos da vida.

Talvez aquela teoria do espiral esteja realmente operando em definitivo.
Somos constantes subindo ou descendo na espiral (que é a constância imexível da vida), com pontos de encontro parecidos com aqueles do anel acima/abaixo e com possíveis resoluções diferentes. Cês sabem o que falam né? Loucura é tentar a mesma solução trocentas mil vezes esperando que o resultado seja diferente. Ou será ao contrário? Sei lá...

Anyways, algumas mudanças estão se encaminhando de forma sutil - como sempre - para algo maior. O que me era cabível de colocar num potinho de "Nope, nope, nope, no moar" está sendo aberto aos poucos com uma tampinha hermética (no pun intented). Então o verbo "religare" voltou ao quadro geral das coisas e conjugar esse troço está sendo mais suave do que antes.

Primeiro que dar atenção a minha parte espiritual tem sido um sufoco com tanta trava que coloquei e que me ajudaram a colocar sem razão aparente - acho que era só pra me encher a paciência, só pode - e a situação emocional não se encontra nada favorável para levar os estudos à sério. Mas quando se ingressa na adultice tem aqueles esquemas de troca equivalente: você abre a mão de algo em si mesmo para oferecer algo superior ou melhor para fora.

Ou não. Tem gente especializado em levar essa filosofia no modo mais ferrado possível.
Para elas, #LokiTahVenuEssaZoera, apenas.

Mas então, o "religare" me aparece quando menos tou cogitando ver a desinência desse tréco, e sempre naqueles eventos aleatórios em que Nimb rola o dado e dá um 1d??, sabe? O que me dizem que é "acaso", "coincidência", eu tento deixar nessa esfera de randomice do Universo.
(Se acredito piamente na teoria de multiverso da Física, óbvio que "coincidências" não são tão aleatórias assim, neaw? Sou burralda, mas não estúpida...)

Uma pessoinha em particular vem me mostrado que "nada é por acaso", mas continuo relutante em achar que isso possa mesmo estar acontecendo. Ignorância é uma benção, pensem bem nisso... Dá uma angústia do baraleo, mas é mais fácil de lidar.

O "acaso" da semana foi de perceber que certas coisas ou objetos não podem ficar parado dentro de armários, estantes, etc. Eu como futura bibliotecária algum dia ruleadora do mundo e tudo mais não posso deixar que a sensação de "posse" seja mais forte que a sensação de "compartilhamento". Porque essa última me dá mais furor e vontade de viver do que a primeira. No mesmo momento em que percebo que algo está ali estático apenas esperando o movimento de ação ativa (Não passiva, pelamooooor chega de passivona), trato de fazer algo com aquilo. Ficar com livros pegando poeira na estante não vai me fazer alguém mais sábia, feliz e sorridente, na verdade vai me dar uma vontade de doar tudo para manter a constância universal. A gente não tá em movimento de rotação beirando 1.700 km/h à toa. Pra que raios eu, ser diminuto, habitante desse rochoso planeta iria contra a natureza?!

Se incomodar na estante, doa.
Se estiver acumulando dentro do armário, dê tratamento adequado e doa.
Se estiver escondido, porque está com medo de mexer em certas coisas, repassa para quem vai usar com sabedoria e gratidão.
E se quebrar, tem reciclagem pra quê?!

É nessa roda que mazomeno eu giro pra poder me encontrar.

Vou ali me recolher ao filosofamento do "acaso", porque daqui a pouco começo a grunhir com essa constatação. Eeeeeeeeeeeeee Loki abençoa esse post e o meu dia, porque tá difícil manter pokerface pra essas coisas.


10 outubro 2013

promessas ao fogo são abóboras incendiadas


Assim como elas foram feitas - com seu testemunhos de labaredas beijando meus dedos que não são nada aptos com esse elemento tão volátil - elas se irão como vieram. Em uma combustão rápida, segura e sem danos maiores.

Era isso que eu esperava.

Queimei a primeira abóbora hoje, não porque fazia parte dos esquemas do Halloween, era porque eu precisava ver algo se queimando para me libertar literalmente dessa bad vibe que ando sentindo - não, não sou piromaníaca, tenho pavor de fogo e riscar fósforos ou acender isqueiros não faz parte da minha lista de coisas que gosto de fazer - tão forte e tão ferrada que me fez ficar desligada essa semana inteira, apenas me preocupando com meu próprio umbigo no mimimi eterno.

O elemento fogo não condiz com o meu querido elemento correspondente (terra), assim fiquei no embaraçamento de atear fogo a abóbora sem ter habilidade alguma para tal coisa, resultado: muitos fósforos riscados, muito papel de rascunho utilizado, muito incenso de turíbulo e bora botar tudo que está trancado aqui já faz 1 ano pra fora. Eles vão embora e eu fico, não inteira, mas permaneço, como sempre pude me manter.

Que assim seja.

Os ciclos vêm e vão, como já havia citado em algum lugar: a vida é como uma espiral de situações parecidas e com saídas diferentes, tudo que temos que fazer é preencher essas lacunas da jornada com as nossas singelas e audazes experimentações de vida. Esse ciclo agora possivelmente irá abrir meus caminhos para aquilo que tenho que consertar - começando a limpar as explosões de humor que estão piorando que é uma beleza - e o que preciso pra ser melhor para mim mesma.

Às vezes fico matutando se conhecer essa outra parte do mundo invisível foi uma boa, afinal. Trouxe tantas autodescobertas e planos realizados e sonhos concretizados, mas deixou um belo buraco escavado no meu coração todo cobertinho de dor, mágoa e vontade de morder algumas jugulares com o intuito de assassínio premeditado. Estou confusa, não sei o que sentir exatamente e por isso a Razão dominou nas últimas semanas, a boa e pura Razão dos antigos gregos. Aquele infalível, que poderia explicar tudo e todos se não fosse o mero detalhe de eu saber muito bem que apenas ela não me salva, não é ela que é verdadeira na minha vida, não é ela que vai me ajudar a sair desse ciclo destrutivo de pensamentos nada felizes.

A boa e pura Razão Greco-romana me impulsiona a cometer alguns atos baseados na hýbris dos heróis, aquela falhazinha crítica de zombar do Destino, de mandar banana para os deuses (Deuses, que deuses?!), de ser desmedidamente cega para enxergar o mundo ao meu redor. O estado piora com todo esse turbilhão de lembranças e emoções não sentidas e que parecem querer ser sentidas AGORA quase 1 ano depois F.U. heart, I ain't givin a fly fuck...

Enquanto o ciclo não se fecha para partir para o outro, mantenho a Razão como minha companheira de guerra, levanto o escudo e continuo segurando a lança: não é só de emoções cuspindo fogo que devo me preparar para enfrentar. Promessas feitas com o fogo como testemunha são fáceis de se apagarem, ainda mais no calor da emoção. A essa altura da intolerância emocional, me sinto stuck (novamente), voltando ao mesmo ponto do ciclo em que me encontrava mais tempo, quando o fogo não me machucava, quando não precisava ficar riscando fósforo. Tudo que preciso é pensar, seguir a razão, sentir novamente a areia debaixo de meus pés.

O Mar me acalma, Janaína me deu um pouco do seu Amor, agora vou buscar novamente no elemento que mais tenho medo meios de caminhar novamente.