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02 dezembro 2019
porque pessoas tem desejos: tenho vários
18 fevereiro 2018
waddahell is embuste?
11 março 2017
[interlúdio] pune e ação
02 agosto 2016
[eu não sei fazer poesia] sem título 2
O gosto no paladar não mais acrescente
Enquanto uma alma está pronta pra se entregar
A outra queira dizer que não há mais nada
Que o mundo lá fora é sua morada
E que não há nada aqui dentro que a prenda no corpo
E quando esse dia chegar
Espero dessa vez ser apenas espectadorx
Não mais notar que o brilho nos olhos abrandou
Na verdade, gelou
Para um pálido cinza nevoento que não quer espera nada
Porque é isso que talvez esse dia seja
Quando se está totalmente preparadx para dizer o que mais importa
Para as palavras serem trancadas pra sempre antes
De subir pela garganta, encontrar os lábios
Sussurrar com a certeza de que fez o certo
E esse dia, espero que seja, eu esteja
Apenas na plateia, vendo o desenrolar
De um conto de fadas que poderia ser perfeito
Quando uma alma quer se doar com o que tem
E a outra que prefere ignorar
Talvez o dia chegue e as palavras jamais saiam
Se engasguem entre os pulmões e ali fiquem
Sem cano de escape, cirurgia ou exorcismo
Para que na próxima vez (Se tiver) seja breve
Não vá além do que deveria ser
Não se atrever a ir longe demais quando não se sabe o caminho direito
Talvez vá chegar esse dia, em que outra alma irá fazer companhia
Na figura curvada de 97 anos, cadeira de balanço e dentadura na gengiva
Ou na pequeneza em quatro patas, focinho gelado e longos cochilos
Talvez chegue, talvez não. Talvez nem tenha existido, ou tenha sido em vão
E esse dia, espero que seja, eu esteja
Apenas de soslaio de olho, cara enfiada em um miolo
De um livro bem grosso e interessante
Pra eu dar a devida atenção ao que é mais relevante
E parar de pensar por um instante que contos de fadas existem
10 março 2015
E no intervalo do estágio
27 novembro 2014
tipico dia de se arrepender de ter acordado
Bombeando sangue demais com oxigênio extra pro meus miolos e me confundindo toda.
23 outubro 2014
Indagações sobre assuntos delicados
A vida é uma caixinha surpresa, já nos provou Joseph Klimber sendo o peso de papel nos Correios em algum sketch de comédia.
De certa forma a estação está sendo propensa para mudanças radicais em todos os âmbitos.
Estranho é ver o mundo com outros olhos - e aí venho me perguntar no meio de uma palestra se esse não é o meu olhar verdadeiro, aquele que não foi domesticado pela cobrança social, familiar, acadêmica, talvez o olhar que precisava ver a luz.
Mais estranho ainda é saber que provavelmente alguém que eu considero muito mesmo conhecendo pouco esteja em um estado parecido ao meu.
Recebi a notícia de terceiros, fone mais ou menos fidedigna por ter mais contato com o meio em que a pessoa vive e a saída repentina dela desse meio, meio que me deixou com a interrogação de: "E eu não faria o mesmo?"
A pessoa em questão se privou de 2 coisas que ao meu ver eram muito importantes na vida dela, alguém excelente no que fazia e incrível no que produzia. Sinceramente eu entro de vez em quando em certa página comprobatória da superioridade intelectual da pessoa e fico babando pelos títulos, pela contribuição científica, por ser awesome naquilo que ama.
Queria enviar e-mail pra essa pessoa, dizer alguma coisa que pudesse lembrar a ela que parte de quem sou agora - pseudo bibliotecária de escola por decisão - foi por causa dela.
Que aquela entrevista cheia de tremores nas pernas e ideia alguma do que eu poderia fazer ali me deu ânimo para o que escolhi seguir de coração e convicção.
Não sei como seria se ao enviar um e-mail poderia ajudar muito, mas também não tenho certeza do que exatamente pode estar acontecendo com a pessoa awesome pra enviar mesmo.
De qualquer forma, há coisas nessa vida que não pode deixar pra outra hora, demorar demais pode significar perder tudo é ao questionar a interrogação novamente "E não seria o mesmo que eu faria?" - penso: gostaria de receber palavras totalmente random quando estivesse no fundo do poço abraçando a Samara.
Não custa nada.
Pode valer alguma coisa.
Talvez (vamos torcer e cruzar os dedos) mude alguma coisa.
Sim, sou otimista quando tou no meu pior.
21 outubro 2014
Conclusões da semana numa terça
(Porque, olha, não é possível...)
14 agosto 2014
[video] Precious - Depeche Mode
Angels with silver wingsShouldn't know sufferingI wish I could take the pain for youIf God has a master planThat only He understandsI hope it's your eyes He's seeing through
01 maio 2014
só para constar: transferência na psicanálise
O que podemos concluir?
Que a palavra "transferência" referida pela pessoa apenas está ocorrendo, pois possivelmente faz parte do territorialismo natural dela. Não de minha ousadia.
Pessoas: cada vez mais subestimando a minha capacidade de ter inteligência emocional suficiente para conceitos freudianos!
24 abril 2014
Possível insight
E se toda vez que te procuro nos outros for mais uma prova que na verdade você está mais perto que imagino?
Dá uma mão aew Destino! Coloca mais uma peça nesse quebra-cabeça!
25 março 2014
carta ao babaca chamado coração
Sei que tens dificuldades para entender a lógica ideal para o mundo aqui fora funcionar direitinho e não ter tantos tropeços ocasionais, mas você já está passando dos limites.
Não me importo de ficar horas e horas fantasiando sobre pessoas impossíveis que possam cruzar a minha trilha e me arrebatarem em uma paixão tão violenta que provavelmente cairei de imediato. Realmente não tenho problema algum com isso (Até porque as probabilidades disso acontecer diminuíram desde o ano passado), mas me vir com aquela de repetir o mesmo erro novamente?!
Estás maluco?
Entediado?
Endemoniado?
Sem nada o que fazer?
Trata de colocar essas bombinhas hormonais aí em seu lugar e tratar de bombear sangue direito pro resto desse corpo mal nutrido de guloseimas para ativar a seratonina que te falta. Faça logo antes que eu dê um aviso terminal, antes que eu te desconecte da rede e te deixe congelado aí nessa gaiola que parece não te conter.
Entenda: você tem uma única missão - bater regularmente - e apenas. Não precisa me colocar nas suas berlindas com o malandro estômago e o sonhador, romântico e melancólico baço, eu não preciso desse tipo de companhia, não necessito estar "antenado" com o resto das reações que vocês produzem, eu não sinto dor e não vai ser agora que você vai reabrir aquela pasta no mainframe pra me fazer funcionar além da capacidade, ter um colapso nervoso e me desligar de vez.
Não adianta que não vai conseguir.
Atenciosamente e te mandando pros quintos dos Ínferos por obedecer piamente Afrodite, seu órgão vendido, puxa-saco de terceira linha,
xx Cérebro xx
23 março 2014
a procura
E era você mesmo.
26 fevereiro 2014
[eu não sei fazer poesia] Aviso a uma criança sorrateira.
[N/A: Não, não sei rimar.]
Cuidado criança, cuidado
Pular fora da água pode ser perigoso
Fique na superfície, fique no raso
Onde nada te puxa para o fundo
Nada puxa para fora
O Nada faz o teu berço mais confortável
Cuidado criança, cuidado
Passear no escuro sem guia não é fácil não
Ficar parado na escuridão pode ser pior ainda
Onde nada te puxa para o fundo
Nada puxa para fora
O Nada faz teu berço mais confortável
Cuidado, criança, de quem você não lembra mais o rosto
De quem você se educou a não ter mais gosto
O pensador é a pior de nossas faculdades
Nascido pra fazer maravilhas, mas único que não sente dor
Esquece daquilo que não te pertence
Fica só com o que você conquistou
25 fevereiro 2014
momento fangirl: tom hiddles-hips-don't-lie-tom
Então tá certo: Luv 4 Hiddles!!
Que Freya me abençoe, algum dia quero ser como ele no requisito de rebolagem.
09 fevereiro 2014
[interlúdio] recado a alguém em particular
04 janeiro 2014
[interlúdio] there's nothing I regret, except
Sometimes I wish I could trust anyone else like a I trusted you
29 novembro 2013
[conto] conversações com alguém em particular
Quem apanhou os biscoitinhos delicadamente foi sua eterna musa, donzela tão afável e fagueira que o acompanhara desde criança quando ainda era uma pequena criança inocente no velho Eire. As mãozinhas delicadas da ninfa recolheram os fragmentos dos biscoitos finos e os colocaram de volta ao prato de onde haviam caído. Após um breve momento de silêncio constrangedor, o gesto convidativo da ninfa para o pratinho decorado foi aceito com um rápido gesto, mãos desajeitadas que trituravam o alimento, levando todos os biscoitos diretamente a boca. De boca cheia e mãos descoordenadas por muito tempo atadas às costas, mãos que não serviam mais para fazer absolutamente nada que prestasse quando era vivo, apenas o agarrar grotesco e trêmulo em cima do alimento que o serviam para aliviar sua doença.
A ninfa, graciosa em seu jeito de ser, perfumada naturalmente com uma fragrância de morangos e vinho branco, sentou-se a frente dele, serviu uma xícara de chá para si e em um pote de madeira entalhada serviu o de seu convidado inesperado. O suspiro satisfeito dado pela linda filha da Grande Floresta chamou atenção do mais alto - desconfiado do jeito que sempre fora - agora tentava se lembrar como era o comportamento de um gentleman que fora antes. Seu rosto quadrado e muito desfigurado dos séculos de castigos corporais, sol, tempestades de areia e destroços tombou para um lado, decifrando aquele suspiro vindo dela, a pessoa que mais confiava dentro de seu coração.
- Não seja tímido... Vamos, beba... - ela anunciou indicando o chá servido no pote. Ele titubeou na resposta corporal, poderia estar delirando novamente como muitas vezes delirara em sua prisão. Poderia ser uma armadilha e aquele pote fosse o seu passaporte para o tormento temporário de muitas dores infligidas e que seu corpo cansado jamais se acostumava. - Ou poderia ser só chá de morango, Annami... Vamos... Beba…
- O nome é Willian... - ele resmungou pegando o pote como conseguia e surpreso ao ver a mágica feérica tomar conta daquele objeto emadeirado se encaixar exatamente nas curvas nodosas de suas mãos atrofiadas. O segurar na mão esquerda estava firme pela primeira vez em 125 anos, um sorriso surgiu debaixo da barba espessa e irregular, lábios ressequidos alcançaram a borda do pote e beberam todo o conteúdo sem derramar uma gota fora, um risinho amigável vindo da ninfa encheu seu coração de novas energias.
- Você pode mudar de nome, de rosto, até de corpo, mas para mim sempre será Annami... - ela bebericou o seu chá com uma fineza impecável, ele recuperando um pouco das forças, forçou os ombros para trás para ficar ereto na postura, mas os ossos doloridos de estar sempre nessa posição no cativeiro, o fizeram mudar de ideia. Curvado ficou, mas entendeu que deveria se portar como um moço de família, como um cavalheiro, estava na presença de uma melíade, não poderia se envergonhar com suas maneiras primitivas. - Você pensa demais... - ela disse pegando um morango açucarado e retirando um pedacinho da pontinha. Com a destreza de uma elemental da terra (E mais por ser uma criatura travessa), apontou o fruto no nariz do homem turrão a sua frente e o acertou em cheio.
27 outubro 2013
[video] Tio Dave Patrono Bowie - The prettiest star
Que assim seja, aserehe ra de re, Námariê, utererê, muito pó de pemba, axé e luz azul.
Ah! PUDIM!
I hope you're doing great, and happie b-day!
31 agosto 2013
cartas, lots of cartas
Por um bom tempo eu as evitei para não me lembrar demais - essa benção de memória boa para detalhes jamais foi encaminhada pela minha pessoa, às vezes desejo ter uma amnésia total e só lembrar do meu nome - mas as palavras escritas estão lá, grafadas para sempre nessas cartas já amareladas, tão cheias de recordações - e não tenho coragem de me ver longe delas.
Quando você passa muito tempo se correspondendo com uma pessoa, acaba criando uma rotina de co-dependência de assuntos, algumas dessas cartas continham mais de 5 páginas, narrando literalmente um diário semanal de duas pessoas separadas por mais de 420 km e 21 horas de viagem. Estranho foi ver como consegui abrir a pasta com as cartas e dar um fim nelas como elas deveriam ter, a memória que tenho desses anos de trocas de correspondências são como flashes de lembranças, nada muito sofisticado, felizmente naquela época (Quase 14 anos atrás) não havia tomado para mim a irritante habilidade de relevar as palavras escritas acima das faladas - agora, brutalmente, faço o contrário.