Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador diablo 2. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador diablo 2. Mostrar todas as postagens

01 julho 2019

[contos] diablo III - quando o toque do anjo não é uma benção

Mais outro trem que escrevo e não sei se vou finalizar?
Siiiiiiiiiiim!! Da minha franquia favorita de games <3


Chapters: 1/? (Vai ter muitos, já escrevi vários)
Rating: Mature
Warnings: Graphic Depictions Of Violence
Characters: Necromancer (Diablo III), Necromancer (Diablo II), Female Witch Doctor (Diablo III), Male Necromancer (Diablo III), The Nephalem (Diablo series), Amazon (Diablo II), Rogue (Diablo II), Myriam Jahzia (Diablo III), Lyndon the Scoundrel
Additional Tags: Non-binary character, Gender Non-Conforming Character, reaper of souls expansion, westmarch, Idiots in Love, Love/Hate
Notas: contém as tropes Love/Hate - Idiots in Love - descrição detalhada de cenas violentas - pode conter cenas inapropriadas (NSFW).
Summary: Um grupo de mercenárias faz missões errantes para proteger a população das ameaças pós-conflito dos nefalens contra Diablo e os Malignos Supremos. Ganhando dinheiro que os lordes podem bancar e descobrindo segredos deixados desde os tempos de confronto contra as forças do Mal, o grupo "Rastejantes" mantém uma certa paz na cidade sitiada e destruída, capital do Reino de Hespéria (Ato V).

Sien é a líder dos "Rastejantes", estrategista e amazona exímia vinda das Ilhas Skovos. A imortal feiticeira Irina dos Vizjerei é o apoio mágico do grupo. A bruxa-doutora Zunimyi saiu de sua tribo para descobrir o mundo após a queda da estrela cadente. A jovem Kyla Haile, que presenciou sua cidade sendo devastada pelos ceifadores de Malthael. Daehir, necromante sacerdote de Rathma, a pessoa que guia o grupo nas missões. E Míriam, a mística acompanhando o grupo nas empreitadas.
Baseado na franquia Diablo da Blizzard Entertainment, Inc, focando na expansão de Diablo III - Reaper of Souls.

---xxx---

 Quer trilha sonora? Tem trilha sonora!


29 junho 2019

sobre traduções amadoras, jogos e a Era Orkut.


Aqueles textos sobre games...
É que eu amo muito a franquia Diablo e quanto mais pesquiso sobre o enredo do jogo, mais fico feliz de ter reservado metade do meu cérebro pensante em detalhes do Mundo Santuário.

Então em um CD velhaco aqui nas montoeiras de coisas que ainda guardo tem um txt imenso com a tradução fuleira de Diablo II que uma comunidade do Orkut disponibilizou na época do lançamento no Brasil, ali entre 2001/2002.
(Obrigada forévis pro meu incrível primo Oto Melo por me apresentar o jogo)

O arquivo das falas estava escondido em um diretório do programa quando você terminava de instalar e tinha umas pessoas lindas que descobriam como dar um jeito de extrair, fazer traduções livremente, mudar algumas funções, fazerem o que chamam de "mod" em jogos (É uma modificação customizada que pode ser divertida até).

E nessa comunidade rolava muita troca de traduções e termos e coisas afins sobre o jogo, porque entendam era 2001, não existia Wikipedia, o site da Blizzard era todo em inglês, os manuais que vinham nos CDs do jogo não tinham tantas informações assim e muito era definido no "tato", o de jogar, jogar, jogar, voltar e interpretar a história e ver como a narrativa se encaixava.

E estamos falando de um jogo entre 36 a 46 horas para começo e fim. Era diálogo pra caramba! 
O que a gente fazia?
Pegava dicionário fuleiro, conhecimento avançado em inglês, alguns privilegiados que sabiam mais do idioma anglo-saxão e metíamos as caras em uma tradução que sim, sabíamos que não era uma maravilha, mas que ampliava a jogatina para outras pessoas que sabíamos que não se aproximavam de jogos assim devido a barreira linguística.
(Quantas vezes em locadora, com dicionário de bolso faltando páginas, junto com a molecada pra tentar entender enredo de começo dos games que amávamos?)

E aquele pequeno esforço foi dando meio que certo, pois a cada ida e vinda de correções e tópicos sobre termos e volta e meia uma referência cruzada com outros jogos da Blizzard (THERE IS NO COW LEVEL!) me fez perceber o quanto eu me afeiçoei a uma franquia não pela sua qualidade ou jogabilidade ou essas coisas técnicas que gamers gostam de exaltar, foi pela comunidade de nerds bestas que com o mesmo problema ("não sabemos inglês, bora traduzir essa powha? bora!") consegui ter paixão por esse jogo em particular.

Tinha bastante mina na comunidade, aliás era um dos poucos lugares onde eu me identificava como pessoa do gênero feminino sem ter receio de assédio, babaquice e tudo que vem com isso. Acho que nosso foco era tão obsessivo em traduzir logo a powha do texto pra poder jogar direito (E mostrar pros amigos que davam pra jogar também) que não tinha tempo pra desqualificar ninguém por ser isso ou aquilo.

Okay rolava uns preconceitos contra necromantes (Minha classe, aliás), mas é porque depois da expansão rolou um ajustes de classes e a gente literalmente ficou overpower, acima da média das outras classes (Tá, okay! Necro era classe roubada, okay? Admito! Aff) - além disso? Não lembro de haver desrespeito durante as discussões nos tópicos.

Ninguém reclamava da robalheira das Assassinas!

O Orkut se foi, a comunidade também, o jogo tá aqui bonitinho em 3 CDs encostado bem perto na escrivaninha e esse arquivo bobo me faz ter boas lembranças de como a gente usava a Internet de uma forma tão comunitária que esquecíamos que poderia rolar uns processinhos da Blizzard se soubesse o que estávamos fazendo.
(Mas meu lema sempre foi acessível para toldos. E eu digo TODOS! Mesmo pra quem não quer)

Quando vi em 2012 que a Blizzard ia traduzir E DUBLAR o jogo todo, meu coraçãozinho foi lá nas alturas
E respeito total por todos os envolvidos no projeto aqui no Brasil em dar mais acesso para quem gosta da franquia e queria conhecer mais do Mundo Santuário.
(Estou falando de acessibilidade também, extremamente importante)

Mas também não vou esquecer daquele grupinho de pessoas com tempo de sobra em suas vidas, com modem péssimo após a meia noite da sexta pro sábado, ou em lan houses que utilizavam o pouco que sabiam de um idioma pra dar acesso pra quem não podia ou não sabia ainda.
(Aliás, o que deve ter saído de pessoas com inglês afiado daquela comunidade deve ter sido ótimo, a gente discutia muito sobre termos e eu nem sabia o que era vocabulário controlado e essas parada de linguagens documentárias da Biblio!)

E era isso, mais alguém com uma experiência gamer total fora do padrão aí pra gente assuntar? Não? Sim?