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10 abril 2013

[crônica] A saga do pombo rude

Era alto o Sol do meio dia, areia fervilhando de emoções perdidas, um parquinho infantil jogado aos detritos, poucos vultos se atrevem a passar pelo portal enferrujado, nenhuma criança visita o local de mau agouro e nenhum mendigo reivindica o espaço coberto do poleiro com o escorregador.

Ali reside o mais vil e perigoso animal de toda a fauna da Praça de nome de algum presidente perdido. O pombo rude reina sobre todos os outros Colombos, sem medo de ser destronado ou oportunado, afinal de contas, ele é um pombo e é rude.

A saga começa com um simples almoço bem feito, barriga cheia, consciência esvaziada, coração nulo e o calor bendito de um dia de outono na capital catarinense. Sento-me ao banquinho encardido sem me importar se está úmido ou não, creio que devo me contentar com o Sol a pino, já que o assento que recebe meu traseirinho está seco e conservado. Apesar do calor, há o que admirar na Praça velha e largada, toda a decadência de um parquinho infantil, com seus brinquedos descascados, mecanismos falhos, e cordas bambas me remetem a uma lembrança bem doentia de minha infância em algum bairro do continente: pombos.

08 dezembro 2012

Um futuro próximo com zumbis em Floripa

Este post foi escrito sob a influência delirante de um calor horrendo de sensação térmica acima dos 40°, qualquer opinião expressada aqui está condicionada ao simples fato de que a autora estava morrendo de medo do Dia Z chegar e estar com metade do cérebro derretido

Todos nós sabemos que algum dia vai chegar o Dia Z, certo? Não adianta reclamar, dizer que o Apocalipse chega antes, quatro cavaleiros montados e blablablá, arrebatamento e sei lá, a Skynet invadindo o mundo inteiro com uma Revolução das Máquinas. Zumbis. Anota aí: É isso que vai acontecer.
E depois o resto possivelmente. De preferência tudo ao mesmo tempo ou seguindo uma ordem aleatória.

Okaaaaaaaay, sobrevivi a uma situação bem tensa ontem - 07 de dezembro de 2012, marcarei essa data como início de treinamento de sobrevivência - com os combinados: SEM LUZ e CALOR DE MAIS DE 35°. Estamos bem na premissa, beleza, por que o terror começa agora.

Desde de manhã no dia 07, os picos de luz estavam a me incomodar, até receber a notícia que algumas quadras mais a frente - onde minha irmã mora com sobrinhos e o marido - a luz havia acabado. Tudo bem até então, explicaria o porquê da luz ir e voltar por aqui. Aí caímos numa discussão linda sobre como a CELESC - Companhia Elétrica de Santa Catarina - é uma das empresas mais eficazes em atender chamados de emergência quando a luz cai. Mas para atender, meus amigos, não para solucionar o problema.

Como haveria de sair para o Norte da Ilha - apenas para lembrar, moro na Palhoça, cidade metropolitana da Grande Florianópolis, isso me renderia cerca de 2h30 de ônibus num dia ferrado de calor - saí de casa mesmo sem energia elétrica, não me faria falta mesmo, e me muni da garrafinha d'água gelada. Estava certa que aguentaria o calor de 32° que já assolava por aqui.