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01 junho 2023

stims e balanços


🔂 "Temptation - New Order (1982)

Tem uns treco que só depois de receber o diagnóstico de autismo que o terceiro olho inexistente abre e de repente muita coisa faz sentido.
Tipo stims (estereotipia). 

Eu sempre tive, sempre os senti, o problema era o mascaramento ferrando com meu funcionamento. O balançar pra frente pra trás eu disfarçava em momentos solos de companhia sozinha, nada muito na cara, afinal a gente se sacaneia desde cedo querendo caber numa caixa que não é nossa.

Até descobrir o abraço * delas *

O abraço de minha mãezinha Driel me fazia entrar nesse balanço, ela quando me abraçava era para me cobrir de carinho e segurança, então era natural ela me balançar pra frente e para trás, devagar, em silêncio, porque era esse momento que a gente expressava como se amava sem nenhuma palavra.

Words are violence, break the silence, come crash in into my little world
Enjoy the Silence - Depeche Mode (1990)

Lembro desse momento no show da Dido que vimos juntas em 2019 em que ela me abraçou enquanto tocava "Sand in my Shoes", porque aquela era uma de nossas músicas, desde que começamos a dividir a playlist de mp3 piratas baixadas no Shareaza, Limewire, Emule, Kazaa e similares. Dido era nossa ponte para muitas lembranças e essa música ainda me traz muita energia daquele tempo em 2004 em que do nada eu comentei em um blog desconhecido com template perfeeeeeeito da Cate Blanchett como Galadriel e ela respondeu na mesma tarde!

Foram 17 anos de convívio, longe e perto e altos e baixos e abraços. Eu sempre me senti segure nos braços dela. Mil vezes mais do que em abraços dados em pessoas que entreguei meu coração de mão beijada, trocentos milhões de vezes além do que a família de sangue pode me proporcionar (quando o abraço se torna obrigação e o "eu te amo" não significa mais nada depois de anos de negligência e traumas), ela me abraçava e eu voltava a me sentir como uma pessoinha normal.

Eu me sentia eu.

E não precisava falar nada para isso se concretizar.

Depois que ela se foi, pensei que não teria mais essa sensação única de abraçar alguém e me sentir um pouco em casa comigue mesme. É difícil eu me sentir como um ser humano funcional e normal por muito tempo, minha gente. Esse blog entrou em um hiatus absurdo por conta disso: descobrir que muita coisa que fazia não era eu, era um autômato no automático que não tinha muita informação do que poderia fazer pra se sentir menos violado pelas leis regentes (Só Cthulhu salva, minha gente! Só Cthulhu salva!).

Felicidade era um conceito muito estúpido para se pensar que existiria em um mundo em que eu não poderia ver/sentir a presença de minha mãezinha élfica. Eu já era infeliz pra baraleo por não conseguir me expressar como uma pessoa autista (caixas-caixas-tantas-caixas pra me encaixar aaaaaaaaah!!!) e o balanço no abraço foi perdido.

Até eu conhecer * ela*

Sei que ela entrou na minha vida por um motivo (ahem~ahem aquela que não deve ser nomeada, vlwflw) e que talvez eu tenha sido agraciade novamente por ter uma mulher tão incrível na minha vida que me abraça como se fosse um Lar verdadeiro para eu volttar ao meu eixo.

O abraço da mea Bollinhos é algo que eu considero demais, desde a forma como nos encaixamos, o nosso jeitinho de manter o abraço por mais segundos e inevitavelmente o meu balançar que às vezes se transforma em uma dancinha lenta improvisada que nos agrada.

Sem julgamentos, sem palavra alguma, apenas o abraço.


Essa minha estereotipia voltou com tudo essas semanas atrás, quando senti que não tenho mais o que esconder ou segurar aqui dentro, posso ser quem eu sou sem ter medo de gente me tratando mal. O balanço pra frente e para trás é uma forma de conseguir regular meus pensamentos acelerados (e desorganizados) demais para o momento, além de me fincar no momento atual sem eu ter aquela impressão que estou atrasade demais (isso se chama ansiedade, minha gente, a percepção de horários minha é tipo o maldito coelho da Alice se eu não me cuidar direito) e preciso correr para alcançar tudo.

O balanço também me lembra do Mar, ou como sinto as ondas batendo em mim quando estive pela última vez na praia (com a Bollinhos, aliás), são sensações que vão se misturando.

Depois de tanto tempo sem escrever aqui, acho que consegui o fôlego e o compasso para seguir esse balanço. Sem julgamentos, apenas o Lar que eu achava que tinha perdido.

23 maio 2021

gestão de sanidade é o que há

Fazer gestão de manter a sanidade é um porre, mas o que é mais tenso de fazer é gestão de preciso continuar existindo, porque tá se tornando inviável. I mean, os motivos tão minguando, as vontades acabando, os olhares estreitando. Eu pensei que tinha ido pro fundo do poço em maio do ano passado, mas tou de parabéns por aguentar a cara corajosa (fachada) por tanto tempo.

Tá foda.
Eu só quero parar de sentir dor.

E eu sei qual é a maneira mais rápida, mas não quer dizer que seja a mais acertada. Afinal de contas, agente do Caos sempre estarei/serei - e ideia errada costuma ser sufocada por ideias grandiosas de feitos aleatórios.
Desistir de tudo não é uma opção viável.
Não seria isso que você gostaria de ver seu filhote fazendo pra botar ordem em coisa alguma.
Eu quero continuar, juro!

Mas tem dias...
Tem dias que só quero ter paz.
Estar dopade ao ponto de não sentir nada.
Ser um balão vazio pra não ser preenchido com coisa alguma.
Não precisar cumprir as minhas obrigações como pessoa física normal.

E aí milagrosamente esta música começa a tocar em meus ouvidos e eu sinto que é um recadinho especial seu pra eu não me sentir tão imprestável assim... 



18 maio 2021

Namárië melin Ammë

Tem um tempinho que não escrevo aqui.
A vida ficou difícil, muitas coisas ao mesmo tempo.
E o meu coração morreu ontem de madrugada.
A principal pessoa que me apoiava em tudo, que estava ao meu lado para o que der e vier, que tinha o coração mais precioso desse mundo e em Arda se foi e eu estou sabendo como lidar com isso.

Não, você não leu errado, eu estou lidando com isso, pois a perspectiva de Morte chegou muito perto da gente alguns anos atrás, em julho do ano passado (eu) e nos pegou de surpresa, mas não despreparades.

I mean, a parte racional dentro de mim tá focando no entendimento, na compreensão, nas longas conversas que tínhamos sobre o que faríamos quando a Dona Muerte chegasse perto demais - afinal, experiência com a Ceñorita estavam acumulando nas nossas fichas - nosso temor era o de falar tudo que queríamos para quem a gente amasse, então todos os dias a gente trocava as baboseiras mais melosas entre Ammë e yendë, duas criaturinhas que a Internet abençoou em cruzar nossos caminhos e daí construir uma história juntes.

Foram 18 anos, Driel.
Mais da metade da minha vida.
Eu sinto como se tivesse sido uma Era inteira em Arda.
E cada segundo no mesmo plano em que você habitava valeu a pena, foi necessário, essencial, fora dos padrões de Amor que esse povo aí gosta de taxar.
A gente era mãe e filhote, nessa Vida e na próxima com certeza.

Eu vou sentir saudades suas, como todos os dias eu sentia por não estar morando na mesma cidade, com tudo que está ocorrendo, mas acho que o que vai doer mais é saber que nunca mais - pelo menos nessa estadia temporária aqui - vou poder ouvir a sua voz. E a sua voz me guiava dos buracos mais profundos e das tocas de aranha lendária que nem o frasco que a sua contraparte élfica ofertou para Samwise Gamgi.

Ah! Mais uma coisa: tá de buenas puxar meu pé à noite, caso faça alguma visita extracurricuclar (Não sei como funciona aí do outro lado, burocracia much?) - até onde nós conversamos sobre Morte e a Vida após Ela, nós sabíamos que haveria conforto e menos dor do que aqui. Sinceramente, que você esteja dando uns rolês no Submundo e batendo papo com Senhora Perséfone e dando uns afagos em Cérberus ao lado da Pippin e da Giselda, se Patrono Bowie aparecer, diz que o Drácula buzinou 3 vezes e vai nos buscar no ônibus dos mortos-vivos...

Te amo.
No Passado, Presente e Futuro.

Inyë tye méla, melin Ammë Driel.
Você era o meu coração.
Continuo a jornada, porque o orgulho nessa família noldorin não dos deixa desistir tão facilmente de dominar o mundo ou arrumar confusão por conta de brilhinhus. Mandos precisa saber que tem alguém causando fudido aqui em nosso nome.

Namárië.



03 novembro 2009

all good things

... come to an end.

Entooooon, eu sonhei bastante hoje.
Não sonhei com coisas wowísticas (Era o mais provável para sonhar bem agora!), nem com aleatóriedades, mas um costumeiro sonho que tenho de estar indo pro colégio e não saber o caminho todo.

28 setembro 2009

C-D-G-D.

Código para passaporte de minha morte definitiva em qualquer capital da Horda.

Findi semana na casa de Momz Driel, lolz total com direito a desespero total com invasão em Undercity.