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28 abril 2015

perda de tônus muscular, eu tenho

Eu vejo e rio, aí lembro de mim mesma. Oh crabs!
Cataplexia, estado estranho em que seu  corpo para de obedecer sua mente e simplesmente se deixa amolecer após emoção muito forte.

Cerca de 70% das pessoas qu sofrem de narcolepsia (Ou tem desconfianças sobre isso) tem esse sintoma logo de cara. Uma pena, porque o suco de morango que eu tava tomando era gostoso, já o chão deve ter gostado do que caiu.

Derrubar a caneca foi o estopim para algumas formulações sobre o que possivelmente me acomete às vezes. Se é narcolepsia, então é melhor consolidar isso como volta de uma prioridade chata a se cuidar.

Venho observando essa semana que os episódios de perda de tônus andam se repetindo de forma inesperada, sendo carregando coisas, sendo após tirar o peso da mochila das costas, ou saindo do banho. Das vezes em que aconteceu foram brandas, algo como o falhar do braço, cabecear de sono, os joelhos dobrarem (Ooooooooh tá explicado eu não conseguir ficar de pé quando estou excitada!) e poucas vezes a perda total e cair ao chão.

Isso de cair totalmente era quando eu era adolescente e tava uma pilha ferrada de nervos e tinha que fingir que estava tudo bem pra não preocupar ninguém.

O ruim disso - além da vergonha chata de deixar cair a caneca com suco bão - é a leseira que acomete um tempo depois. Como se já não estivesse cansada o dia inteiro (WTF is that? Nem estressada eu tou!), ainda passo por esse aperto nos momentos mais aleatórios.

Foi-se o tempo em que acreditei que era falta de fluxo energético (Não,não é, a minha mente tá tão ativa nessas horas que quando há a falha de músculos, fico mais overdrive ainda) e ando me cuidando pra não adormecer o tempo todo em lugares públicos. Acabei dormindo na aula, né? E recebi um olhar nada lindo da professora. Olha a espiral virando pro meu lado, geeeeeente!

Em breve, mais capitulos sobre episódios chatonildos de desconfiança hipocondríaca que sou narcoléptica.

02 abril 2015

sonolência vortou é?

Morpheus and Iris
Morpheus and Iris (Photo credit: Wikipedia)
Então eu tenho esse pequeno probleminha com o sono...

O deus do Sono grego, Morfeu, parece ser meu patrão vitalício na dupla jornada que enfrento todos os dias. Porque estagiar de dia e ter que fazer isso à noite também me deixa num estado meio perturbado de consciência vigilante.

E quando digo estagiar, quer dizer: eu caio no sono sem querer cair no sono.

Quando são situações que puxam outras situações que já me aconteceram, costumo ficar ansiosa. Ficar ansiosa me leva a agitação, a agitação a euforia contida por alguns minutos para então culminar nessa exaustão temporal de querer amolecer todos os músculos funcionais de sustentação de meu corpo e dormirtar onde estiver.

Graças a Eru Ilúvatar não tenho catalepsia, seria algo extremamente embaraçoso, não sei como reagiria sobre isso e sinceramente, minha autoestima já fragilizada tende a piorar quando tenho episódios de dormência como o de hoje.

Essa semana já passei por uma alarmante com a Entesposa após uma tarde conversando sobre a vida, o Universo e tudo mais, uma situação chata e estressante no final, para então eu sem perceber pender para frente na mesa do restaurante e quase bater minha cabeça na superfície por ser pega pelo sono. De surpresa. Imediatamente.

Vim remoendo esse fato, até esses dias decidir enfrentar os fantasmas que fossem do jeito que eu podia fazer de melhor: encarar uma situação parecida.

Fui a um estúdio de tatuagem.

26 dezembro 2014

[conto] parceiros de crime

Título: Parceiros de crime (por BRMorgan)
Cenário: Original.
Classificação: PG.
Tamanho: 734 palavras.
Status: Completa.
Resumo: Em uma noite improvável, dois estranhos encontram algo em comum.
Personagens: A menina e um senhor de meia idade.

===xxx===

Começa com um pequeno piscar de olhos, o foco obscurecido pela sala cheia de gente, luzes hipnóticas em todos os tons, o retumbar das caixas de som reverberando junto as batidas cardíacas, a ansiedade toma conta de suas mãos, o andar é apressado entre a massa de pessoas desconhecidas, logo não há escapatória, se isolar em um canto menos povoado é a única chance de se manter bem na saída à noite.

Muitas vezes tentar visualizar o público que a rodeava, como uma completa estranha no ninho, prestar atenção no ritmo das pessoas virara seu passatempo. Ninguém exatamente sabia o porquê de estar tão espremida a parede, bebida na mão, olhos fixos no chão. Às vezes não dá para aceitar as condições em que se vive.

Puro medo de viver? Ou medo de algo mais comum?

Um breve gole na bebida gelada talvez subisse mais rápido que a sensação conhecida de sempre. Já haviam recomendado algumas dicas para se manter em vigília, mas o relógio no celular que sempre vibrava marcava onze e dezessete. Não, não, não... o show nem tinha começado. Seus amigos de palco nem haviam chegado, não faria isso de novo, faria?

Fez um plano dentro de sua mente, esperaria até meia noite. Meia noite era a deadline. Meia noite poderia dar alguma desculpinha esfarrapada e escapulir para um táxi e ir embora o mais rápido possível. Meia noite era a hora. Checando seu celular a cada 5 minutos, o tempo não parecia passar, na verdade achava que tudo havia parado às onze e quarenta e dois. Exausta, sentindo os primeiros sintomas da fadiga, procurou um lugar para se sentar, mas não poderia fazer isso, pois obviamente cairia nas graças de algum deus menor. Praguejou internamente, virou a bebida já não mias gelada de uma vez só. Quase cuspiu parte por ver que o resultado de subir pelas suas veias e ir para a cabeça foi mais acertada desta vez.

Praguejou mais um pouco, certa de que nem deveria estar ali. A banda que prometera dez horas em ponto começar o show estava atrasada cerca de duas horas por motivos de: "Quanto mais tarde, mais enche a casa.", "Não dá tempo pra beber", "O povo precisa tá ligado quando começar, dançar e tal." e outras a mais. Ela apenas estava a lutar contra seu demônio favorito particular. Todo, santo, dia.

Ao seu lado, sentado em uma poltroninha fajuta estava um senhor, vestido para a ocasião, com uma mesma bebida como a sua na mão esquerda, o celular na outra, o olhar apreensivo para frente, o pestanejar inconfundível. O demônio favorito também gostava de aplacar outros poucos infelizes. Onze e cinquenta e três.

 - Esses caras não vão tocar não? - ele resmungou colocando um alarme para soar vibrante em seu bolso. Como uma lâmpada acendendo acima de sua cabeça (E subitamente caindo quase no mesmo segundo), ela entendeu.
 - Cê tá com sono também? - a pergunta dela não foi estranhada pelo desconhecido, mas uma confirmação triste acertou tudo.
 - Isso aqui faz acordar? - ele disse apontando para a bebida.
 - Não, não, já tomei dois desses e nada.
 - E esses caras marcaram dez, né?
 - É... - ela concordou tentando focalizar o palco, uma de suas pestanas estava cedendo pelo sono excessivo.
 - Hey, senta aqui. - ele disse apontando um lugar para ela ao lado.
 - Se eu sentar, você sabe.
 - É, eu sei... - ele retrucou afundando mais na poltrona. Ambos suspiraram ao mesmo tempo. A banda finalmente foi par ao palco, a amiga deveria estar ali na frente do palco, prestigiando os músicos, mas a troca de olhares foi única. Ela finalmente sentou-se pesadamente ao lado do senhor de meia-idade e barbudo.
 - Se um dos dois dormir... - ela sugeriu, ele completou:
 - Cutuca o outro?
 - Arram, isso aí. - os dois apertaram as mãos.

A primeira música estava já no fim, a plateia entoava o coro de músicas já bem conhecidas, o vozerio de conversas altas, a potência dos instrumentos, as luzes. Sentados, um ao lado do outro, um casal de completo estranhos, em sono alto, sem defesa ou tempo de se cutucarem para salvarem a noite.

O demônio favorito ganhara novamente.

Mas antes de seguir para o profundo sonho, a moça deliberou entre muitas imagens entre seus olhos e pálpebras fechadas: parceiros de crime

Sim, encontrara um parceiro de crime.


22 outubro 2014

[Video] What Narcolepsy Really Looks Like- Studying por Sarah Elizabeth



Sarah Elizabeth é uma jovem que estuda japonês em algum canto dos EUA e sofre de Narcolepsia. É o máximo que consegui pesquisar sobre ela, pois a garota não deixa muito claro em seu profile de onde vem, quantos anos e tudo mais, mas ela explica detalhadamente como é sua vida de estudante mesmo com a vida no estágio vitalício com Morfeu.
(Não, não é mais brincadeira.)


Esbarrei com esse primeiro vídeo na timeline do Twitter do the Daily Dot e fiquei chocada, surpreendida - OMFTaters yep, é isso mesmo que acontece! - ao ver Sarah tendo um um ataque narcoléptico no meio da gravação de um video tutorial sobre dança japonesa. O caso dela é mais grave, com aparecimento de catalepsia no menu principal, enquanto outros sintomas mais brandos - microssono, confusão, sensação de não estar mais no corpo, perda de foco e concentração por várias vezes - me são familiares sim.

A maioria das coisas que acontecem ali, menos a catalepsia que não me atinge totalmente, estão na minha lista de sintomas. Nesse segundo vídeo ali em cima foi o retrato fiel de eu estudando cerca de 10 anos atrás. Quando eu ainda usava papel e caneta para escrever dissertações de mais de 4 páginas, fazia rascunhos de fanfiction em blocos de papel, o episódio sempre ocorria.

O bom, ninguém via.
O ruim, ninguém soube, só eu.

Quando isso começou na faculdade - e muitos colegas de turma viram com era, mas deixavam eu dormir até babar - percebi que a característica de escrever coisas sem sentido no caderno, ou garranchos sem sentido algum nas matérias estava presente quase todo dia. Com o advento da tecnologia e minha cisma em largar o lápis/caneta para adotar literalmente o teclado como suporte para escrita ortográfica, amenizou, mas volta e meia há testemunhas de chats confusos em que estou no início do dormir profundamente para continuar digitando palavras sem muito nexo.

Nem vou falar o quanto isso me aborrece.
O que as pessoas poderiam (e algumas até se expressaram abertamente) falar que era "preguiça minha" agora pode ser um tipo de pesadelo pessoal acontecendo em tempo real.

Tá foda aceitar isso, muito mesmo.
Meu último fio de cabelo tá acreditando piamente que é só anemia ou algo parecido, que vai ser curadinho com receita mágica, mas depois desses vídeos e umas leituras aprofundadas na Narcolepsy Network a brincadeira com o estágio vitalício com Morfeu tá se tornando sem graça, MUITO sem graça.

A condição não tem cura, é tarja preta controlada rigorosamente na dieta e fazer revoluçao pessoal em todos os hábitos. Pra quem já tá penando pra subir do poço (Com a Samara agarrada nas pernas), fim de namoro e previsões nada bonitas para financeiro, é chutar o cachorro velho já caído.

Queri poder estar um pouco mais forte e com convicções mais acertadas agora, mas não...
*suspirovisky*

02 outubro 2014

sono excessivo, i haz

É mais ou menos assim: há o problema, você tenta resolver o problema e acaba sendo a parte crucial do problema.

Eu durmo. Durmo espontâneamente, do nada, assim num estalar de dedos, enquanto estou mais concentrada possível, durmo e não creio que todo mundo entenda isso. Me é vergonhoso, humilhante, irritante, triste, agoniante quando essas caídas de energia acontece e sempre, coincidentemente, em locais em que não devo e com pessoas que jamais gostaria que soubessem que há esse problema.

Costuma ser um trigger do emocional, algo muito repentino e que envolveu algum sentimento forte? Desabo. Foi algo que tivesse milhares de emoções juntas sem poder raciocinar direito? Sono profundo. É algo realmente bom e leve e compartilhado e que tenha acarretado uma ótima dispersão de energia? Sono. Se eu gosto disso? Não. É péssimo.

Conviver com isso é magnífico, como ter algum duende imaginário com uma chave de fenda elétrica, pronto para cutucar a tomada do meu cérebro e perder os sentidos em um sono tão profundo que não sei se estou ainda acordada ou sonhando.

Reality check a cada 20 min só para ter certeza, se entupir de coisas que acha que vão fazer a sonolência cessar, se exercitar, fazer simpatia, deixar-se levar e cair da cadeira, derrubar o copo de café no colo, dormir na frente da chefe hostil, cochilar no meio de uma explicação interessante. Tudo isso, tudo fuckin isso me faz querer cavar um buraco e me alojar lá dentro até o patrão Morfeu aparecer com o cartão de ponto e falar naquela voz dele:

 - Yes módafóca, porque TÁ DIFÍCIL conviver nesse estado!!

Srsly man! É Narcolepsia ou o quê?! Só dá uma pista, please? O que te custa?
(Uma estagiária vitalícia, deve ser isso...)

Medidas cabíveis para o momento:
  • Verificar se há sonhos (Como, quando e por quê não necessários, apenas ver se há);
  • Analisar as situações para o trigger;
  • Mudar a alimentação para ver se há uma melhora no físico;
  • Me convencer que isso vai dar certo (Oieeeee velha conhecida? Dá o fora da minha bile!!);
  • Consultar médicos. Muitos deles pelo jeito.

Médico marcado pra dia 14, bora ver o que é isso, mas cruzando os dedos para não ser Narcolepsia, não consigo imaginar a minha vida sendo controlada por remédios tarjinha preta pro resto da vida por causa disso ¬¬''

Seria humilhante e terrivelmente irônico: tenho duas personagens que vivem disso no mundo ficcional.