Edit: Apagando novamente o 7º rascunho para poder ser mais objetiva.
Emilie Autumn, ou Emilie Autumn Liddell, ou até
Emilie Fritzges como muitos gostariam de saber, é considerada uma vanguardista em sua própria cronologia. Violinista clássica, amante da cultura Vitoriana, poetisa carregada de influências shakeasperianas, cantora lírica de timbre forte, assumidamente
bipolar, artista em todas as maneiras possíveis de se entreter uma pessoa por horas e horas. Essa estadunidense de 32 anos aos poucos chamou minha atenção não pelo seu visual gothic lolita ou pela música ligada ao EBM, mas sim pela criatividade insana que permeia sua obra.
A minha saga começa com Opheliac de 2006 - que nem eu sonhava que existia Dark Cabaret e EBM - e um Universo Paralelo rascunhado em um possível livro autobiográfico intitulado
The Asylum for Wayward Victorian Girls. A primeira parte da obra relatava a decadente história da rotina de um Hospital Psiquiátrico atual e sua contra parte na Era Vitoriana. Emilie aqui em nossa época, Emily lá no século 18. O que se assemelhava a própria condição em que a cantora teve que passar durante uma internação em uma Clínica Psiquiátrica após tentativa de suícidio - e aborto envolvido nessa equação - em meados de 2005.
Garotas indefesas, hospitais psiquiátricos, gênios musicais, era vitoriana e show burlesco? Algo me diz que irei me me enveredar nesse mundinho obscuro e insano que Emilie Autumn criou para escapar de seus demônios internos...
Primeiramente falar sabre a obra dela é também dar uma bicada na vida pessoal de Emilie, já que está tudo tão atrelado com as passagens do livro e as músicas. Difícil vai ser manter uma coerência na hora de explicar tudo - yep, a não-linearidade da obra é contagiosa. Quem já viu
a Emilie dando entrevista sobre qualquer coisa vai entender o quanto o discurso pode ser longo, confuso, cheio de referências e muitas entrelinhas para desvendar. Para não ter momento
mindfuck no post, irei me atrelar aos álbuns Opheliac (2006) e o mais novo Fight Like a Girl (2012).