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10 outubro 2013

promessas ao fogo são abóboras incendiadas


Assim como elas foram feitas - com seu testemunhos de labaredas beijando meus dedos que não são nada aptos com esse elemento tão volátil - elas se irão como vieram. Em uma combustão rápida, segura e sem danos maiores.

Era isso que eu esperava.

Queimei a primeira abóbora hoje, não porque fazia parte dos esquemas do Halloween, era porque eu precisava ver algo se queimando para me libertar literalmente dessa bad vibe que ando sentindo - não, não sou piromaníaca, tenho pavor de fogo e riscar fósforos ou acender isqueiros não faz parte da minha lista de coisas que gosto de fazer - tão forte e tão ferrada que me fez ficar desligada essa semana inteira, apenas me preocupando com meu próprio umbigo no mimimi eterno.

O elemento fogo não condiz com o meu querido elemento correspondente (terra), assim fiquei no embaraçamento de atear fogo a abóbora sem ter habilidade alguma para tal coisa, resultado: muitos fósforos riscados, muito papel de rascunho utilizado, muito incenso de turíbulo e bora botar tudo que está trancado aqui já faz 1 ano pra fora. Eles vão embora e eu fico, não inteira, mas permaneço, como sempre pude me manter.

Que assim seja.

Os ciclos vêm e vão, como já havia citado em algum lugar: a vida é como uma espiral de situações parecidas e com saídas diferentes, tudo que temos que fazer é preencher essas lacunas da jornada com as nossas singelas e audazes experimentações de vida. Esse ciclo agora possivelmente irá abrir meus caminhos para aquilo que tenho que consertar - começando a limpar as explosões de humor que estão piorando que é uma beleza - e o que preciso pra ser melhor para mim mesma.

Às vezes fico matutando se conhecer essa outra parte do mundo invisível foi uma boa, afinal. Trouxe tantas autodescobertas e planos realizados e sonhos concretizados, mas deixou um belo buraco escavado no meu coração todo cobertinho de dor, mágoa e vontade de morder algumas jugulares com o intuito de assassínio premeditado. Estou confusa, não sei o que sentir exatamente e por isso a Razão dominou nas últimas semanas, a boa e pura Razão dos antigos gregos. Aquele infalível, que poderia explicar tudo e todos se não fosse o mero detalhe de eu saber muito bem que apenas ela não me salva, não é ela que é verdadeira na minha vida, não é ela que vai me ajudar a sair desse ciclo destrutivo de pensamentos nada felizes.

A boa e pura Razão Greco-romana me impulsiona a cometer alguns atos baseados na hýbris dos heróis, aquela falhazinha crítica de zombar do Destino, de mandar banana para os deuses (Deuses, que deuses?!), de ser desmedidamente cega para enxergar o mundo ao meu redor. O estado piora com todo esse turbilhão de lembranças e emoções não sentidas e que parecem querer ser sentidas AGORA quase 1 ano depois F.U. heart, I ain't givin a fly fuck...

Enquanto o ciclo não se fecha para partir para o outro, mantenho a Razão como minha companheira de guerra, levanto o escudo e continuo segurando a lança: não é só de emoções cuspindo fogo que devo me preparar para enfrentar. Promessas feitas com o fogo como testemunha são fáceis de se apagarem, ainda mais no calor da emoção. A essa altura da intolerância emocional, me sinto stuck (novamente), voltando ao mesmo ponto do ciclo em que me encontrava mais tempo, quando o fogo não me machucava, quando não precisava ficar riscando fósforo. Tudo que preciso é pensar, seguir a razão, sentir novamente a areia debaixo de meus pés.

O Mar me acalma, Janaína me deu um pouco do seu Amor, agora vou buscar novamente no elemento que mais tenho medo meios de caminhar novamente.

08 outubro 2013

interlúdio entre manter promessa e manter a sanidade


Verdade seja dita, não consigo manter promessas.
A mesma força impulsionadora para que eu as faça é a mesma proporcional para o desinteresse da causa prometida. E se o desinteresse for altamente questionável, aí sim pode apostar que a promessa antes feita com todo carinho e amor será deixada de lado no limbo cósmico para talvez ser resgatada algum dia depois para averiguação.

É amargo ter consciência disso e não poder fazer muita coisa.
Mecanismos de auto-defesa é uma coisa, já auto-preservação é outra.