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14 janeiro 2016

sonhos estranhos com detalhes - Sandman de recorde

Então.
Sou estagiária vitalícia do Senhor do Sono. Cês já devem saber disso faz tempo - se não, hey! Sim, tenho um contrato permanente com a entidade e dormir facilmente é algo que faz parte da minha vida de escriba - então qual há eventos especiais lá na Morada dele, há sonhos estranhos com detalhes.

Creio que os 6 dias de sonhos envolvendo pessoas que não gostaria de ver deve ser uma demonstração básica do poder chatinho dele de dizer que preciso voltar a lavar a louça ou limpar o lustre antes das raves que ele dá por lá no Sonho. Não que eu seja uma funcionária preguiçosa, até sou dedicada, o problema é que se pudesse eu dormiria o mínimo pedido no curriculo - tipo de 4 ou 5 créditos, sabe? - e ocuparia o resto do meu dia com algo produtivo (Como escrever por exemplo!). Aí ele coloca uma cereja no topo dos sonhos esquisitos com o enredo horroroso relatado abaixo de sua contraparte revisitada nos quadrinhos.

Uma coisa que percebi também: se o sonho é felizinho e cutch-cutch só vou lembrar pedaços, se o sonho é uber-creepy e cheio de bizarrice vou lembrar fielmente cada detalhe. #PowhaMorfeu!

Tudo começa com uma notícia sobre certa emissora de televisão que costuma fazer adaptações épicas de livros bíblicos para novelas com mais de 200 capítulos. Com esse background fantástico da certa emissora de televisão que também é governada por um cara muito esquisito que diz que tem a arca da Aliança de Salomão lá dentro do templo de mais de 680 milhões de reaux, a notícia era que os direitos de adaptação para TV de Sandman eram da certa emissora que não falaremos o nome..

Okay.

Sim, era o Sandman do Gaiman.



Eu, no sonho, fiquei estática, porque ler a notícia pelo celular pode ser um hoax lindo de seguidores de Loki - mas tenho imunidade para spells desse tipo, sorry bros! - então deixei para lá. Deveria ser um simples fato que aconteceu dentro de sonho que eu nem ia prestar atenção depois, SÓ QUE NÃO!

A sequência do sonho foi de como a bendita novela - agora intitulada "Oneiros" - estava sendo televisionada pela certa emissora e como era ruim pra cacete!

Nem eu sei porque estava vendo TV na hora - não era aqui em casa, com certeza - mas só sei que fiz questão de manter meu traseiro grudado na poltrona vendo o diálogo mais tosco possível se desenrolar na telinha. Eu tinha companhia, eram os gatos de um lado me ouvindo ter pseudos-ataques de "WTF ROTEIRISTA?! WTF?!" ou gritando algo aleatório quando via algo realmente absurdo nada a ver com a mitologia grega OU o universo de Sandman. Já a turminha do barulho que estava comigo na poltrona também estava revoltada com a adaptação mal feita. As usual, gente que não lembro ou não vi o rosto, mas revoltados.



O senhor "Oneiros" era o Marcos Palmeira (urrum urrum) com uma maquiagem branca na cara, muito delineador, sombra e talz, os cabelos bagunçados à la Robert Smith, roupa gótica clássica e uma voz de pobre coitado. Era aquela cena inicial clássica do 1º arco em que a maninha Morte vai lá conversar com ele, enquanto estão jogando pãozinho pros pombos e vendo a mulecada jogando bola perto da avenida. A Morte eu não sei quem era, mas estava bem no cosplay (Pena não ser a versão que formei da Muerte no meu subconsciente). O roteiro estava péssimo e não seguia muito bem o que era canon, isso já foi me deu o hint que a zoeira seria épica.

Certo, os pombos, a conversa nada a ver entre os irmãos, o mimimi básico do protagonista (Isso o Palmeiras conseguiu pegar bem) e entãããão a cena do guri indo conversar com a Morte? E depois? Então... "Oneiros" salva o guri... Urrum, o roteirista sem noção dessa adaptação fictícia fez o senhor do Sono virar HERÓI e salvar TODO MUNDO que estava em perigo. Tipo herói em redenção? Com toda a firula de "preciso fazer o bem e ajudar as pessoas" com "Oh como estou sofrendo com essa jornada de herói, porque tenho o peso do mundo nas costas!" - daí pra frente eu já tava grudada em um gato e pedindo pelamooooooooooooooooor pra bendita novela terminar.



Sei que o sonho foi intercalando com os possíveis episódios, muita coisa que não tinha nada a ver com o universo de Sandman tava no meio, muita coisa ficou PG-13 e cenas importantes foram estendidas mais que o necessário. Uma coisa que me deixou particularmente puta foi que cortaram o Coríntio (Pelo jeito, muito hardcore, neaw?) e fizeram o Matthew virar um Diego da vida como o corvo da Malévola. O bicho fazia piadas muito toscas como alívio cômico e os efeitos especiais...? Pois então, virar corvo para homem e vice-versa é uma coisa linda com o baixo orçamento.

Lembro de ter a Biblioteca dos Sonhos - até aí tudo bem, fiquei satisfeita em como haviam retratado essa parte TÃO IMPORTANTE do reino - mas a jornada chata de herói continuava. E véi, de Bowie, sei que terminou um dos capítulos e eu estava com a cara enterrada nas mãos, back and forth, exclamando: "Nooooooooouz nouz nope nope nope!"



E foi assim que o sonho estranho com detalhes continuou, porque patrão não é nada piedoso e me fez rever todos os conceitos que tenho dos quadrinhos do Gaiman após me fazer revisitar a história dessa forma. Assim, não, sabe? Apenas não. Tem um limite pra tudo e adaptar esse trem pra novela brasileira não dá certo, tá? Esquece esse memorando de sonho bem, mas bem escondido lá na biblioteca dos Sonhos.

E que jamais saia de lá!

13 abril 2015

Sobre Sandman

Terminei Sandman hoje. 

Veredito: 

Senti-me empolgada nas histórias em que o famigerado Oneiros NÃO está participando. O cara é um resmungão, creio de mimimi, completo dramallama dos caçamba que não move a bundinha esquálida para fazer algo sobre - e quando faz é pra ferrar MAIS ainda o que já está ferrado. Complexo de herói trágico, vai sempre escolhe ro caminho mais f****o pra se conseguir rendenção.

E pediu pra sair, meu nego? Don't dude, just don't.
Não me sinto tentada a voltar a leitura ou procurar pelos spin-offs existentes, mas gostaria muito de revisitar todas as boas estórias que serviram de referência pro enredo (Inclusive hot dog MilkShakespeare e talz).


Os personagens:

  • Matthew tornou-se meu personagem favorito.
  • Merv Pumpkinhead é visceralmente cômico. 
  • Coríntio ganhou minha simpatia.
  • Perpétuos não me impressionaram (creio que me lembraram o panteão grego demais, nada bom), o menos doído seria o Destino.
  • O fechamento da tragédia de Lyta Hall me lembrou a Oresteia e tenho uma simpatia pela amazona. 
  • Fúrias, gente! As Benevolentes em seu estado mais puro de cumprimento das Leis Antigas!



Finalização:

E yep, perdeu uma graça danada por ler o spin-off do Daniel antes de tudo, moleque esperto.


Glamour o'meter - 8.5. 

Inspirou algumas reflexões sobre storytelling. Enrolou minha mente em alguns capítulos.


Destaque: 

O luto e a morte (Não a Perpétua) na perspectiva do Matthew fez meu coraçãozinho romântico pulsar mais rápido. Tenho apreço pelos questionamentos filosóficos do corvo.


Apesar de ter caído em minha mãos para uma lida de iersão, fui distraída pelo hiatus entre os meses e bem... Fables da Vertigo me chamou mais a atenção.