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11 janeiro 2016

lá se vai o Starman...

[post escrito com uma quantidade enorme de sorvete de uva para acalmar a ansiedade]




Esse cara surgiu na minha vida de escriba quando eu era pequena ainda, uns 6 ou 7 anos, vendo o VHS duplo dos vídeos do Queen que meu progenitor tanto adorava e que minha irmã acabou adotando em seu repertório musical noturno que atrapalhava meu sono aos 12 anos. Mesmo com Under Pressure e o vídeo distópico com cenas de Metropolis, o young dude tinha uma voz diferente da maioria dos cantores que eu conhecia e aí ficou a fixação.

Depois Christiane F., eita filminho que jamais esquecerei. Na trilha sonora e aparição básica em cenas do filme? Lá estava o young dude de voz linda e diferente. Saber quem ele era naquela época (não tinha internet gente!) era como descobrir agulha no palheiro, fui consultar a irmã mais velha e ela deu a resposta: era o mesmo cara do Queen, aquele do video esquisito.

Rebel Never Gets Old
Rebel Never Gets Old (Photo credit: Wikipedia)
Cresci, virei adolescente no trash-pop, volta e meia alguém repetia o nome do cara como influência, até eu encontrar a Letras e all the jazz. Nesse ínterim fui me enfiar com os fanfiqueiros (E lá achei meu lugar!), e a seguinte passagem de um fanfiction original pouco divulgado (Mas que deveria virar filme ou algo do tipo de tão bom que era) me chamou mais atenção: era a letra de Rebel, Rebel sendo cantada em um quase-casamento. O amor ao glam estava selado.

Já estava enturmada com tio Dave devido ao Trentonildo (NIN), depois de "I'm afraid of Americans" e os vídeos bizarros que só passavam depois da meia-noite na MTV, ter David Bowie como referência na minha vida de pseudo-cética foi um alívio criativo incrível. Eu me sentia menos deslocada com a voz dele, as letras dos primeiros álbuns me chamaram mais atenção que as psicodelias eletrônicas dos anos 90, Ziggy Stardust adentrou no meu coraçãozinho gelado no jeitinho marciano que ele tinha - e sim, com muita maluquice psicodélica dos anos 70 - e ficou ali, abrigado em algum ventrículo, pronto para bombear glamour e lolz.

Ele ficou conhecido como o "Patrono" devido a uma visita linda ao antro vil e maléfico da federal mineira, em que o cara era louvado pelos estudantes da Letras e Space Oddity era o hino não-oficial de qualquer coisa relacionada ao curso. Desde então tenho ele como meu protetor e salvador nas horas difíceis em que a Banalidade atinge em cheio o meu peito de changeling recalcada e me deixa mal.




O fangaling cresceu após algum tempo, o glam rock dos anos 70 para o pop-euro-trash-chik-da-Trilogia-de-Berlim, o China Girl com Dancing in the Streets, de Rei Goblin que poderia muito bem ter sido Celeborn (I wouldn't miiiiiiind!), do comecinho do EBM com o Tin Machine para a fase eletrônica de Heathen. Eu simplesmente amava tudo que esse cara produzia, como uma máquina sonhos ambulante, um gênio de intensidade aliada com a confusão de um lunático.

Ele era o meu alien favorito, até fiz uma ficha de RPG de um goblin engenhoqueiro que tinha 2 aranhas como mascote para uma aventura de Tormenta...

Ele era o meu role-model. Um cara sendo meu role-model.

E mesmo que seja fora dos padrões, ele não era só um cara, ele era o Camaleão. Aquele que mudava de tantas e tantas, que às vezes parecia normalzinho para nos surpreender com o nonsense e a extravagância. Já velhinho, body swap com a Tilda Swinton e ficar olhando a foto achando que ela era ele e ele era ela. O Camaleão tem dessas coisas.

A coragem que eu encontrava nas músicas perdura, ouvir Starman me aliviou de muitas dores, rir com as baboseiras românticas de Love you 'til TuesdayModern Love, Soul Love, escandalizar ao entender a letra de Five Years, me sentir diva com Queen Bitch, despirocar o cabeçote com Rebel, Rebel, me emocionar com Heroes, muitas e muitas lembranças.

Seja lá para onde ele deva fazer shows e agraciar sua existência além dos terráqueos, Starman você foi adorado por muitas pessoas, pode ter certeza que sua vinda não foi despercebida.

Farewell, minha terceira avó! Farewell!


27 outubro 2013

[video] Tio Dave Patrono Bowie - The prettiest star

Essa música foi umas das primeiras que ouvi do Tio Dave, apresentada por uma pessoa igualmente maravilhosa. Eru abençoe os dias que virão e não apague as marcas nas trilhas que já foram percorridas.

Que assim seja, aserehe ra de re, Námariê, utererê, muito pó de pemba, axé e luz azul.
Ah! PUDIM!
I hope you're doing great, and happie b-day!