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12 dezembro 2013

fëanorices enraizadas


"Se você deseja viver primeiro precisa assistir ao próprio funeral"
(Katherine Mansfield)

Nunca tive afinidade com o parente, aliás, o desprezava com certa animosidade sem causa alguma. Apenas uma sombra no passado, um nome a ser lembrado com temor, uma lenda longe do meu alcance. Um personagem fictício de um dos meus livros favoritos e que sem querer me influenciou muito desde que me entendo como pseudo-escritora. Não é que eu simpatizava com a figura - ele era um puta dum babaca do começo ao fim - mas muitos comportamentos ali me traziam certa familiaridade. O complexo de Édipo não resolvido, a vontade de territorializar seus parentes, o discurso inflamado antes de sair de Valinor, o olé na hoste de Fingolfin, a queimação de filme (e de barquinho) no porto de Alqualonde.

Tiremos a parte de correr atrás de brilhinhos, isso é ridículo.
#ProntoFalei

Quando eu criei a Hariel (Com I ainda até descobrir que tem um anjo na cabala que tem esse nome, nada feliz!), eu a tinha como essa criança super empolgada com livros e a história da família - Noldor principalmente - e que queria explorar o mundo em aventuras bobas aos arredores de Lórien. E assim foi a pequena elfa da Casa de Celeborn e Galadriel, toda pimpona, gingando pelos telain, irritando a sobrinha Arwen e causando confusão por ser impetuosa demais. Era uma personagem persistente em minha escrita, sempre quando estava escrevendo algo era de certa forma remetido a ela. A Hariel virou Haryel, herdeira de uma Casa já minguada, tensa por estar entre os dois mundos e ver a ascensão do mundo dos Humanos sobre o seu. Era melhor nunca ter deixado os telain não é?