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23 junho 2017

ainda não entendi!

7 semestres.
3 anos e meio.
2 crises existenciais.
1 crise de querer mudar de curso.
E até agora não descobri o que fazem os engenheiros da produção, gente.

Ainda não saquei o que eles querem da vida.
Ainda não entendi o que eles acham que tem que se enfiar na Biblioteconomia.

Ainda não compreendi que quando se metem é para fins nada felizes dentro do curso.
Ainda tou ruminando o porquê deles não terem achado algum outro lugar melhor (Sei lá, curso que dá dinheiro e prestígio, sabe?) para se alocarem.

A única coisa que encontrei de informação relevante é que eles são igualmente evitados nas outras engenharias. O que não ajuda em nada na melhoria da percepção desses incautos transeuntes da Biblio.

Botando Moz pra ilustrar, porque a situação pede

15 junho 2017

sobre burnouts


Here I go, here I go...

Mente vazia, oficina da queridona Lady Ansiedade, do meu coração <3
Como mãe de todos os pavores, fico no aguardo pelo próximo momento lindo de dorzinha localizada. Os neurônios estão trabalhando em outras áreas pelo jeito. O legal de ter uma mente hiperativa é que mesmo quando tou lesada pela dor, vai vir coisa, sei lá, alguma coisa, tipo ontem foi ideia rápida e improvisada na apresentação do trabalho, até que deu certo - no susto, mas deu. O ruim de ter mente hiperativa enquanto se está com dor é que não dá pra executar as coisas que quer fazer. 

É um belo círculo vicioso dos Inferos pra enfrentar. E a Ira costuma vir junto.

A dor nas costas anda me fazendo relevar muitas questões na vida de escriba, até o ato de escrever já está se tornando um exercício difícil - a escrita entra como solução paliativa, um band-aid para uma fratura exposta, um "Calma, vai melhorar" - já que não posso ficar muito tempo sob meus quadris. Hips don't lie, o meu pelo jeito deve estar com uma ficha criminal bem extensa ou é fã do Pinóquio.

E aí escrevi um post angst ontem voltando no busão - porque a menininha mágica da Clamp caótica no meu sistema nervoso me lembrou assim que senti aquela fisgadinha delicinha no ciático - mas fui deletando as coisas mais blergh e coloquei piadinhas toscas e humor dos anos 90.

E uma história bem legal que ouvi/presenciei durante o estágio há uns 2 anos atrás.

12 junho 2017

Ao Dia do Consórcio, com carinho

Hoje foi dia de chá de cadeira, atrasos, máquina de ressonância magnética com altos ritmo de rave (tundz-tundz-tundz) e nem estou medicada. Sério, juro.

Aí para melhorar o final do dia tão especial, gravei um vídeo. Yep. Isso mesmo.


Para esse Dia do Consórcio, ops dos Namorados, aquela seleção de músicas bregas vai especialmente para vocês, amigolhes enfurnadinhes nas bibliotecas do Brasil-baranil, esperando por aquele encadernado perfeitinho que encaixa na prateleira sem sobrar borda, com cheirinho de papel novo e classificado corretamente.
Entre uma estante e outra, tamos aí, fazendo o seu dia romântico e tosco, mais tosco s2

Não pretendo quebrar nenhum copyright como s trechos das músicas, tou só promovendo um momento de nostalgia dos anos 80 trash com as baladinhas mais melosas do mundo.

Aliás, vocês sabiam que o 12 de junho, Dia dos Namorados (aka Dia de Santo Antônio) só é comemorado no Brasil e que no resto do mundo é dia 14 de fevereiro?! Já usaram o Google hoje para descobrirem o porquê disso?! Ah vai né, clica cá: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_dos_Namorados

07 junho 2017

sumiço

Não era Amor.
Não era.
Não era Amor era
Um número na CID que começa com M54. uns quebrado. No caso a minha lombar.

Traduzindo: de cama, sem movimentos bruscos, nada de PC até domingo,nqda de pegar busão.

Isso porque tenho 1 prova, 2 projetos de pesquisa, 1 relatório e 3 apresentações de seminário para preparar.
(sem contar estágio, revisão de revista AND minha sanidade)

Era cilada!
Cilada, pampampampampanananan.

Ps: médico receitou Tramadon. Voltei pra fila e fiz ele refazer a ficha de medicação. Tava lá no meu effing prontuário o que exatamente Tramadol e qualquer medicamento do tipo fez comigo da última vez. Tou num outro que não é narcótico, mas não sei não. Assim como bibliotecários, médicos não leem os prontuários pelo jeito.


05 junho 2017

coisas produzidas pelos sonhos

Quando se é uma criança com uma imaginação fértil em uma época onde a tecnologia afetava timidamente o que poderia ser produzido depois, tive sorte de ter sido criade numa casa onde tinha quintal enorme.
Dreams, inconsistent angel things...

Já comentei das peripécias de viver na Tiago da Fonseca durante os anos 90, como isso me afetou na escrita e na produção de sentidos para as realidades em que estive inseride. Sonhos estão comigo tão vívidos desde pequene, felizmente muitos me dando inspiração para escrever e narrar histórias - nem que seja só para mim mesme, todo mundo precisa de um pouco de ficção pra não ficar insano - outros, os pesadelos, tem estado comigo também desde que mudei de estado ali na metade de 1994.

Coincidentemente meu contato com bibliotecas foram nessa mesma época. Perceber o mundo de um jeito mais crítico também. Mas os pesadelos estavam ali por algum motivo que não se dá para tocar quando criança, às vezes nem é bom, pois para digerir isso quando novinhe se faz um esforço tão grande que acaba ferrando com a cabeça depois.

Pra quem tem muitos pesadelos desde criança, até que tou bem quanto a eles. Não afetam mais como antes. Comecei a escrever o que lembrava deles após acordar em uma antiga sessão do primeiro Blog que tive (DelusionalWounded, geocities disse bye-bye, weblogger do Terra também, depois domínio próprio e aqui no Blogger pra virar esse que você lê agora), a tal da "Sonhos estranhos com detalhes"


My beautiful grief
Your dreams are my torture

Your dreams my relief



Depois de descobrir como se faz para manipular sonhos - o que chamam de sonho lúcido - durante meus 20 e poucos anos e entender que sonhos, sejam eles bons ou ruins, fazem parte da nossa criatividade querendo dar as caras para algo a ser produzido, transformei muitos sonhos/pesadelos em contos. Das melhores experiências no mundo onírico, consegui tirar um projeto de cenário para fadas - Projeto Feéricos tá devagar, mas tá indo - e mesclando com cultura popular, cinema, música e performance. Dos pesadelos intricados, dolorosos e traumatizantes, consegui compreender como a vida no mundo real, sólido e tátil pode ser uma dádiva a ser aproveitada a cada segundo. Deles também tirei inspirações para muitas histórias, questionamentos, pesquisas, realizações. Sonhar com a própria morte dezenas de vezes numa mesma noite não é saudável para ninguém, mas acabei percebendo que cada batida de cartão ao patrão Morfeu, uma lição era aprendida: nunca subestime o poder do ID, do subconsciente.

No Projeto Feéricos comecei a delinear algumas histórias que tomassem a narrativa desses sonhos, afinal tudo começou com uma menininha mendiga com um mochilão maior que ela, no meio de uma chuva torrencial, debaixo de um prédio cheio de escombros, me ajudando a lutar contra um monstro feito de vigas de ferro retorcido e pedaços de reboco e concreto. A Angie nasceu ali, de um sonho escabroso em uma noite de verão após chegada ao Rio de Janeiro, perto de um local onde uma tragédia aconteceu décadas atrás e que só vim saber depois quando contei o sonho pra uma pessoa da família que mora na cidade.
(Links para as notícias [x] [x] [x])

Com esse template de narrativa feita, e devorando o Manual Básico de Changeling the Dreaming, veio a confecção de um mundinho muito aproximado do nosso, com muita mistureba da nossa cultura com os diversos lugares que já estive/passei/morei. A Metrópole que é citada nos contos é uma mescla entre centro do Rio de Janeiro, centro histórico de Florianópolis e um pouco de Belo Horizonte. Cada pedaço ali descrito é meio que revisitar esses lugares que passei tanto tempo admirando ou correndo. O Posto 2 do Zé Ferreira, Dona Alcidez e Angie criança é total Avenida Rio Branco, desde a frente da Rodoviária com os hangares portuários, até lá o final chegando na praça dos Bombeiros, passando pelo antigo Hospital Psiquiátrico Pinel.

Mas pra quê isso tudo? porque acabei trombando com esse cara.

Zdzisław Beksiński era um pintor polonês que passou a vida toda pintando sobre seus sonhos. e o que ele via lá eram coisas beeeeeem estranhas por assim dizer. Muito da arte dele é grotesca, vívida e surrealista, então para ter um pouco mais de atenção nas pinturas tem que ter um estômago mais ajeitadinho, uma cabeça mais acertada com certas temáticas. o surrealismo dele, onírico por assim dizer ultrapassa muito das nuances que a gente, meros mortais, consegue produzir com a imaginação.
Nem nos meus piores pesadelos eu tenho lembranças de material como esse.

Duas pinturas que me impressionaram pelo detalhismo e a semelhança tão f*** com o que eu imaginava para o cenário de Projeto Feéricos são essas aí abaixo:

'Dolina Śmierci do artista polonês Zdzisław Beksiński -  (Fonte: Carajaggio)

Essa pintura já havia colocado no conto que escrevi semana passada "Como pesadelos são construídos" ilustrando o feeling das andanças da Angie. Em termos de jogo - Changeling the Dreaming - a Angie tem as skills de passear entre Trods, é como se fossem passagens secretas entre tempo-espaço, poucas fadas conseguem fazer isso com segurança, e como a Angie tá enquadrada como Eshu no RPG, ganha uns pontinhos a mais... Tem todo um background de como ela consegue passear entre mundos, isso vai sendo explicado depois. Há esse rascunho mal processado que escrevi na época em que o cenário tava tomando forma, problemas de bloqueio vieram depois, aí não produzi tanto quanto queria.




A imagem do ônibus abandonado é perfeita para a quimera-ônibus que surgiu depois de um sonho esquisito com caçadores de pokémon que eram fadas (?!) e eu participava do grupo com o sarcasmo e o lolz. Até hoje esse sonho norteia qualquer mudança que eu vá face no cenário de Feéricos, por conta de ser como visualizei primeiro como seria a dinâmica entre os personagens. Tudo bem que Angie não tava lá, mas a forma dos personagens estavam, a motivação também.

O ônibus-quimera é uma daquelas alegorias de pesadelos estáticos que volta e meia visitamos de tempos em tempos, arruinado, enferrujado, pichado e trazendo ferro frio em sua constituição traz todo o pavor possível para qualquer feérico que seja obrigado a estar perto dele. A quimera se manifesta silenciosa, na forma do ônibus e levando seus passageiros para um lugar onde os sonhos estão paralisados.

Vi um ensaio de fotografias de exploração urbana na cidade de Pripyat, onde fica a usina nuclear desativada de Chernobyl, Ucrânia e não sei se vocês sabem, mas lá é inabitável pelos altos níveis de radioatividade no solo, na água, e até no ar respirável em alguns pontos. Tem uns malucos que fazem turismo por lá com todas as precauções feitas pelo governo para não haver contaminação radioativa, aí nas fotos, uma me chamou atenção: o parque de diversões da cidade.

O parque foi para Engel, o ginásio foi a ponte para introduzir a Angie no grupo, já que a menina é ligada ao caos e ao vazio. A desolação de Pripyat mais essa peça do polonês dão um tom para a trama da Angie que me fez questionar algumas coisas na personalidade da personagem eternamente adolescente:
- Como ela chegou ali? 
- Por que ela está ali? 
- Paradas de tempo são possíveis em sonhos? 

O ônibus-quimera respondeu a tudo isso, além de dar um adicional pra Angie, ela sabe o que é ficar entre o Sonhar e o Limbo, ela compreende o que é perder o Glamour para algo tão banal quanto ao tempo.

Ou a minha primeira reação ao ver um quadro dele: "That's the real stuff made by nightmares." e saiu em inglês mesmo dentro da minha cabeça, porque não consegui traduzir isso direito pro português: "Coisas bisonhas produzidas por pesadelos" e aí bati o olho no Manual de Changeling e pimba! Tá lá os Pesadelares como descrição disso mesmo que tive a primeira impressão.

Escrever com algo que está posto na realidade é gostoso, gosto de moldar mundos como se brincasse novamente de Lego - só que com as palavras né? - o que é mais intricado em fazer é adicionar os elementos dos sonhos nisso tudo. E é aí que comecei a escrever esse texto: encontrei o artista perfeito para ilustrar algumas passagens das minhas escrivinhações.

04 junho 2017

como aumentar sua produtividade científica com playlist trash anos 90

Sério.
Tentei 6 playlists diferentes, a única que funfou para botar a cabeça para trabalhar a favor da Ciência foi a famosa Pop Nostalgia.

Viva o Trash dos anos 90!!



Oh Brian, Brian, e eu achando que ia casar contigo...

como desqualificar sua ansiedade


Ferramentas de gestão da qualidade estão elucidando uma velha estratégia minha de escape (Ou como meu corpo reage a situação desastrosa): transformar a ansiedade em números ajuda horrores em lidar com isso. 

Então é um movimento de repulsa e de desmoralização da ansiedade que está sendo a terapia alternativa da vez (violão quebrou, ukulele não dá, minhas mãos estão sempre tremendo, então...) - aí bora lá fazer matriz de prioridades ou sacanear o feeling de esmagamento estomacal com conceitos que não compreendo bem, mas que precisa saber pra poder ir pra frente nessa vida... 

Então esquematizando um fluxograma da minha ansiedade dentro da minha cabeça (Porque tá sendo impossível fazer isso no mundo concreto) temos:

Estou ansiose? 
Sim - uma situação que não costumo enfrentar me pegou em cheio e fiquei sem ação 
Não - Então curte esse tempinho sem neurar

Ficou sem ação (apatia)? 
Sim - se concentra em algo, urgente, nada de ficar moscando
Não - euforia, não consigo parar no lugar

Euforia e está demorando passar a empolgação? 
Sim - se concentra em algo, urgente, nada de deixar a adrenalina subir. 

É suportável?
Sim - sem momentos de angústia
Não - para tudo que tá fazendo, peça ajuda

Seu corpo está sentindo a ansiedade vir? 
Sim - respiração rápida, estômago virando, dor nas costas, perdendo foco dos olhos. 
Não - apenas estou com pensamentos funcionando a mil por hora. 

A Mente está a mil por hora? 
Sim - Não consigo me concentrar em nada
Não - continua respirar fundo e procurar pontos de sustentação - teste de realidade 

Teste de realidade funcionou? 
Sim - agora procura um lugar pra descarga energética e dormir 
Não - tenta outro teste e começa respirando fundo

Cataplexia e sono profundo? 
Sim - arranja um lugar seguro para dormir por uns minutos
Não - arranja um lugar seguro mesmo assim

Dá pra resolver sozinhe? 
Sim - respirar profundamente ajuda, ouvir música, ler também, ter uma parada em tudo que tou fazendo e botar a cuca pra descansar 
Não - para tudo que tá fazendo, peça ajuda

Tem alguém pra ajudar na hora? 
Sim - Não precisa sair expelindo tudo, apenas informe pra pessoa que não tá bem
Não - escreva sem parar, pegue o busão pra casa, tome um banho e durma

A ajuda foi boa, acalmou? 
Sim - Ciclo PDCA pra fazer manutenção da calmaria
Não - para tudo que tá fazendo, peça ajuda

Posso incluir um 5 porquês aí no meio, porque fazer um Shikaua não vai rolar, fica explícito demais e a sutileza da minha pessoa prefere usar a linguagem como escudo pra mais trauma. 

Por que tanta ansiedade? 
Porque sou uma bolinha de emoções reprimidas 
Por que emoções reprimidas? 
Porque me expressar corporalmente nunca fez parte da minha disciplina quando criança. 
Por que a disciplina infantil não contemplou o se expressar maia facilmente? 
Porque minha vida girava em torno de não cometer os mesmos erros dos outros da família. 
Por que não cometer os mesmos erros familiares? 
... Porque não era legal fazer as mesmas besteiras...? 
(Pode responder com uma pergunta?) 

Se estou melhor após escrever essa postagem? 
... 

Bora voltar pro fluxograma...

03 junho 2017

como uma palavrinha muda tudo

A primeira vez que ouvi a palavra "dyke" (sapatão) em inglês foi nesse filme aí embaixo, nessa exata cena:


O ano era 1999, Garota Interrompida era um filme cotado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Atriz Coadjuvante com Angelina Jolie (Lisa Rowe, a lorona mercenária) e na cidadezinha vilarejo brejeiro onde eu morava apenas uma locadora de vídeo cassete (Urrum VHS, isso mesmo) disponibilizava o filme para alugar.

Detalhe, o filme ficava perto do balcão, aos olhos da atendente, porque a classificação etária do filme era de 14 anos pra cima, o que numa cidadezinha brejeira católica tradicional mineira quer dizer 18 anos.

Para locar o filme foi um custo, tive que esperar todo mundo que era cinéfilo naquele buraco pegar para então colocar entre tantos outros títulos que eu gostaria de ver, o filme que a Winona Ryder conquistou meu coração, mas cometeu uma gafe incrível em romantizar o livro (Fui saber disso anos depois, tá?). Filme locado, hora de esperar o momento certo para assistir, não poderia ser com a presença de minha mãe ou junto da melhor amiga de infância, haveria de ser um filme para se assistir solo, porque muita coisa tava me levando a entender que aquele roteiro ali serviria para alguma coisa na minha vida.

E serviu. Garota Interrompida mudou a minha vida aos meus 13 anos e meio.

29 maio 2017

[Projeto Reverso] a geladeira

Título: A geladeira - parte 4/12. (por BRMorgado)
Cenário: Original - Projeto Reverso.
Classificação: 18 anos (violência, linguagem imprópria).
Tamanho945 palavras.
Status: Incompleta.
Resumo: A viajante acidental no tempo pensou que havia parado no presente, mas uma surpresa a aguarda na porta da geladeira.
N/A: Projeto novo na área, Reverso será uma compilação de 12 contos pequenos sobre uma mesma situação, ambientada em um mundo atemporal ao nosso com um grupo de pessoas tentando escapar de alguma catástrofe eminente, o básico de sempre, sabe? E viva os universos paralelos que os sonhos nos proporcionam! Sim, a ordem dos contos está toda embaralhada \o/

SEM TÍTULO [1] - MÁ REPUTAÇÃO [2] - SEM TÍTULO [3] - A GELADEIRA [4]
SEM TÍTULO [5] - SEM TÍTULO [6] - COMO ANDAR DE BICICLETA [7]
A CONTRABANDISTA [8] - SEM TÍTULO [9] - SEM TÍTULO [10]
SEM TÍTULO [11] - SEM TÍTULO [12]

Trilha sonora:





Abriu a geladeira com os olhos pesados, observando a quantidade de água armazenada e o pouco de comida a ser degustada. Estava com sede mesmo, abriu uma das garrafas e sorveu metade em uma golada só. A solidão iria acabar logo, logo. Se estava mesmo na linha temporal que os cálculos do maldito fizera anos atrás, estaria agora no presente que era seu.

Dá última vez que beberá água de verdade, sem ser feita em laboratório ou colhida da chuva radioativa, filtrada tantas vezes que ainda tinha perigo de estar contaminada, fora algumas horas atrás. Diziam que água não tinha gosto, mentira, aquilo sim tinha gosto de vida. Pura e incessante vida. 

Fechou a geladeira, percebeu que haviam consertado a porta (da última vez que estivera ali, tinha que subir um pouco a porta para encaixar no buraco feito improvisadamente para fechar com a corrente e o cadeado) e girou nos calcanhares para o balcão da cozinha improvisada.

[Projeto Reverso] a contrabandista

Título: A contrabandista - parte 8/12. (por BRMorgado)
Cenário: Original - Projeto Reverso.
Classificação: 18 anos (violência, linguagem imprópria).
Tamanho861 palavras.
Status: Incompleta.
Resumo: (sem resumo).
N/A: Projeto novo na área, Reverso será uma compilação de 12 contos pequenos sobre uma mesma situação, ambientada em um mundo atemporal ao nosso com um grupo de pessoas tentando escapar de alguma catástrofe eminente, o básico de sempre, sabe? E viva os universos paralelos que os sonhos nos proporcionam! Sim, a ordem dos contos está toda embaralhada \o/

SEM TÍTULO [1] - MÁ REPUTAÇÃO [2] - SEM TÍTULO [3] - A GELADEIRA [4]
SEM TÍTULO [5] - SEM TÍTULO [6] - COMO ANDAR DE BICICLETA [7]
A CONTRABANDISTA [8] - SEM TÍTULO [9] - SEM TÍTULO [10]
SEM TÍTULO [11] - SEM TÍTULO [12]

Trilha sonora:


Coçou entre os seios com certo prazer. Havia essa cicatriz chata que a incomodava, mas quando coçava do jeitinho certo, tudo ficava incrível. Os mercenários das fronteiras gostavam de se vangloriar de seus feitos mostrando as cicatrizes de batalhas, nem lembrava como ganhou aquela. Nascera daquele jeito pelo que sabia. 


Se espreguiçou para espantar a letargia da manhã, tinha que voltar a rotina com o velhote Adrian pra conseguir sintetizar uma bactéria modificada pra matar as algas venenosas que cresceram na única fonte subterrânea de água que tinham por ali (constantemente filtrada, tratada, reutilizada, testada). Aquele trabalho intelectual não era lá mil e uma maravilhas. Não tinha educação suficiente pra saber resolver as equações quilométricas do velho louco, mas sabia bem como testar os efeitos dos experimentos. Quando o velhote precisava de uma cobaia, ia mais que feliz até a colônia dos cornudos, passava horas na espreita e caçava um deles que desse mole. 

Alienígenas eram descartáveis para ela, assim como tratavam os humanos na segunda invasão.