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08 dezembro 2014

Sonhos estranhos com detalhes - Nemesis de meu s2

 Há certas divindades olímpicas que não costumo nem falar por não querer encrenca. Passo longe de Hera, tenho medo de Atenas, definitivamente não vou com a cara de Zeus e for crying out loud, não gosto nem de pensar em atravessar o caminho das Erinias e da sua comadre de tricô Nêmesis.

É, aquela da vingança, da retribuição e instalação de software divino equilibrado e talz? Costuma vir com objetos afiados e pronta pra pular na jugular. 

Nemesis ou Rhamnousia/Rhamnusia (o que é claro não terei uma tradução viável pra isso) era conhecida na Grécia Antiga por realizar a Justiça Divina, com direito a repertório básico na Jornada do Herói, a hýbris era especialidade dela. Era deixar o Ego passar da medida, BANG! Tá lá corpo estendido no chão. Ela também cuidava das Fúrias, irmã de Hécate (Okaaaaaay, pode já entrar em pânico ou espero os comerciais?) e pelo que li, como assim era mãe de Helena (Sim, aquela Helena mesmo) e Pólux de Esparta?! Tudo bem nascerem de um ovo, mas srsly?! WTF gregos, PAREM de sacanear com lore toda vez que volto a pesquisar.

O mais engraçadinho (isso foi ironia tá?) é que ela é a segunda geração dos deuses das Trevas - ou a galera que veio de Nyx, o Nada - e tchananananan: irmã de Morfeu. Pronto, tá explicado. Foi por conta de bater meu cartão de ponto atrasado né? Ou ficar papeando com Caronte (Que também é irmão dela)? Fazendo carinho no cangote do Cerberus? Qual é a reclamação da semana?
(Dude, nunca vou ser funcionária do mês assim...)


Primeira vez que tive ideia de como ela era foi no infame - mas divertoso - desenho da Disney, Hercules. Sabe o negócio de objetos afiados? Bem isso. Talvez tenha sido essa impressão que tenha ficado forévis, pois a notória deusa deu um pulinho em meu sonho de balcão de Biblioteca essa semana (E só vim terminar o rascunho agora para poder finalizar as semanas de pesadelos seguidos, porque a oração pra Loki foi braba).

Tem coisas na infância que marcam pra sempre.
Quase como o memorável experimento da  Umbrella Corp., Nêmesis veio personificada como Eva Green no modo Vanessa Ives mais psicótico ever, vinha ao meu encontro segurando uma peça de roupa minha (uma camiseta com manchas de sangue) e uma foice na outra mão - aquelas sem cabo longo. Detalhe, o sorriso macabro da mulher me avisou bem que era eu que deveria sangrar dessa vez.

Weeeeeeee tudo perfeito!
Culpabilidade e arrependimentos à vista e a torto, tentei explicar a famigerada que ela podia me estripar o quanto quisesse do jeito que se divertisse mais, apenas uma condição :
" - Deixa eu terminar esse semestre? Só falta alguns dias."

Se não estivesse tão apavorada, até apreciaria.


Lembro nitidamente de perguntar esse absurdo é achar que ela teria piedade, mas aí vem o fato mais inusitado do sonho: ela deixou a entender que já estava me estropiando desde um bom tempo. Oh legal... Tipo... Nos sonhos? Porque tava hardcore, tia, muito. Nada legal.
No hard feelings, é o trabalho dela amIrite? Só que pra tudo tem limite nesse mundo e no Sonhar, quem manda nessa porra de destino são as Moiras e não se esqueça que existe ainda a fagulha do meu maldito livre árbitro que Prometeu me deu (E isso ninguém me tira, tou com você bro! Tou preparada pra ter fígado comido faz tempo!). Ela continuou atrás de mim durante os subsonhos (Inception!), a peça de roupa na mão, a foice, até eu ter uma idéia não muito acertada de fangirl bobona (Hello, Eva Green como Vanessa Ives?!), mas atenta ao aspecto metafórico divino dela: corri e abracei mesmo, modo urso panda bipolar sem largar do aperto,  insisti até ela me afastar com um empurrão e esperei alguma consequência maior -  ela deve guardar mais lâminas com certeza  -  nada veio, só um certo ar de asco. Como se não esperasse isso, mas ao mesmo tempo detestando a aproximação.
Pedi desculpas -  como sempre faço - e desabafei que se era pra fazer me sabotar com pensamentos ruins sobre memórias boas, era melhor desistir. Se por acaso ela arranjasse um lugar bem bacana no Tártaro pra eu ter minhas mãos dilaceradas por qualquer monstrinho aí, opinei que ela iria se sentir mais animada. Eu dando idéia de tortura pessoal e eterna pra quem quer a minha cabeça?! Yep, a vida tá espartana mesmo.

 - NÃO, É ZÉ PEQUENO, KCT!!
 Sei que o sonho seguiu para algum lugar nada a ver - e ela sempre atrás, olhos fixos na minha pessoa, mostrando a peça de roupa, a foice, o evil eye - pedi licença pra poder acordar porque achava que meu gato tava miando no meu ouvido. Acordo com Walter do lado já com focinho na minha cara, ronronando querendo saber wtf is going on. O choro que veio foi de susto, a garganta trancada de raiva, queria ter ficado mais tempo pra dialogar uma vinda da Fúrias e a gente tirar a prova dos nove do quão culpada tou no cartório do Mundo Inferior.

Com certeza sei que tou, mas isso não me tira o direito de protestar contra ou de pelo menos chutar alguém.
Porque preciso chutar muito alguém fictício em meus sonhos, mesmo que seja sentimentos do subconsciente resolvendo colocar a cabeça pra fora na superfície.

Ou posso ficar horas escapando da tia divina psicótica segurando uma roupa minha toda suja de sangue, armada com uma foice. É, pode ser isso também.

(São nessas horas que começo a desconfiar da minha sanidade.)
Fuck you,  I  won't do what they tell me.
Fuck you,  I  won't do what they told me.
FUCK YOU Nêmesis, pode aparecer do jeito que quiser, não vai mais me amedrontar.
Tem gente que me deixa mais aterrorizada que você nesse panteão egoísta.

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