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06 maio 2017

Dolmen na Irlanda.

De mortuis nihil nisi bonum.
Deja vú?
Tá demais.



Percebe-se que às vezes é mais fácil ficar recluso em um vidrinho do que viver direito a vida acadêmica. É mais fácil e não compreender como certas coisas na vida acontecem. É também mais cômodo não se envolver, mas quando é alguém de perto, que tava ali dividindo carteira, xerox, ideias, resmungos, questionamentos, compartilhando tarefas, fazendo a coisa acontecer, aí algo faz sentido mesmo quando a situação não pede por botar lógica ou razão alguma.

A frase em latim acima era algo que falavam, "Dos mortos só se diz o bem.", e coloquei essa frase anteriormente devido a outra perda no curso, mas que não era chegado meu, muito menos havia contato.

Em uma compilação de crônistas dos anos 60/70 havia uma paródia com "Dos mortos só se diz que estão mortos." e pareceu cair bem nas situações. Já havia comentado sobre o quanto é difícil se abrir o diálogo sobre a Morte nos ambientes mais altos da intelectualidade, mas quando acontece bem quase do lado ou com alguém que conviveu contigo diariamente por meses, aí sim o não fazer sentido começa a tomar forma.

1 - morte não é igual para todos.
2 - a confusão parece a mesma.
3 - o silêncio é preciso.
4 - os tempos são diferentes.

Para a chuchuzinha que esteve conosco até ano passado, formada, feliz, sorridente e afiada nas respostas sociais de nosso curso, agora descansada finalmente, desejo uma boa travessia. E a merecida paz, né? Para quem fica, sem entender o que realmente acontece, a gente se junta em bando, chora os prantos, se ajuda mutuamente, faz uma canção, toca a vida de novo nos trilhos. É assim. Não tem como não passar por isso.

Marcinha, obrigada por estar conosco nesse tempinho que tivemos.

xx requiescant in pace xx

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