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21 novembro 2017

abandono à favor de algo edificante.


Então.

Assucedeu-se que para valorizar a minha integridade e saúde mental, resolvi abandonar uma famigerada aula.

A medida drástica se deu devido motivos extremamente importantes que deveríamos discutir mais vezes entre os discentes e docentes. Tipo mansplaining, gaslighting, maninterrupting, anacronismo, falta de responsabilidade social.
A famigerada aula tinha um potencial incrível de fazer a geração da Biblio e Ciências da Informação de contribuírem - mesmo que em menor escala - com as questões de acessibilidade e inclusão digital/social dentro do curso. Temos diversos problemas nesse requisito devido a infraestrutura do centro e do campus, mas com uma disciplina dessas seria promissor realizar um trabalho de campo nos diversos órgãos que o campus possui para facilitar e otimizar a vida de quem antes não era nem cogitado em estar ocupando uma carteira no ensino superior.

Mas aí o que ocorre?
Aquele erro crucial incrível que nós gamers chamamos de #EPICFAIL ao termos um exemplo de o mínimo de didática possível para instigar os estudantes a se aprofundarem nesse assunto. Ou se interessarem. Ou sei lá. Pensar nisso já me causou muitos problemas em anterior experiência. 

Não estou pedindo life changes, apenas fingir.
Sorrir e acenar. 

Desconhecer os órgãos da universidade que promovem Acessibilidade foi o mínimo, o pior foi receber a resposta ao questionar sobre se conhecia os locais (no próprio centro HÁ uma fucking Coordenadoria de Acessibilidade e Inclusão FFS) de que se eu mandasse por email com todas essas informações, ele daria aula sobre elas. 

Detalhe: pros de cinco dígitos na conta todo final do mês, beleza. Legal mesmo é ver a turma de bocós não aprendendo nada edificante pra vida de bibliotequeros. Sim, pessoas, vocês são bocós e estão se prejudicando por não saberem se organizar direito. Por não buscarem seus direitos. Por não levantarem a mão e questionar. Eu sou bocó também. Eu desisti. A bocosidade também me pertence.

Dali já sabia que minha Sanidade não merecia ser minada por incoerência. Dali não apareci mais na aula, e dali minha vida acadêmica foi se tornando bem mais feliz e aceitável. O problema é: com um registro de Frequência Insuficiente não tenho mais direito a estágio na dita universidade no próximo semestre. Se eu pensei bem antes de fazer isso?
Eu sei meus limites.
E os gatilhos.
E igualmente a morosidade das instâncias.
E a desorganização estudantil que meus colegas parecem sádicamente propagar quando algo assim acontece (botar o seu na reta por uma causa de urgência não, arruinar com ensino de qualidade, yep, bora lá!).

Então você que passa por esse aperto em alguma fase do curso de Biblioteconomia da universidade dos Megazords, não se preocupe: proteja a sua saúde mental primeiro.
Pelamoooooor, mantenha sua integridade mental.

[Editando porque olha só final de semestre!]


Prous coleguinha/amiguim que ficaram bufando, resmungando, chiando, vociferando o semestre inteeeeeiro e não fizeram porra nenhuma para ter legitimidade na Assembleia de estudantes, parabéns: todo mundo ganhou notinha, estrelinha na testa e ficou caladinho quando o centro acadêmico foi porta-voz de vocês nas reuniões, né? Parabéns mesmo.

Tem gente que evadiu, nunca mais vai voltar pra uma federal (Por chances, por vontade, por trauma), que nunca vai poder ter um Ensino Superior de qualidade, que não vai ter uma formação cidadã, que vai odiar o curso, mas mesmo assim continuar chiando, resmungando, bufando em sala de aula (Pra essa galera, por favor, me errem! Nem cheguem perto mais, tá?), fazendo o pior de nosso estereótipo bibliotequêro: ser ranzinza e sem paciência com humanos. Tem gente que não vai ter condições de se manter firme nas decisões, tem gente que saiu amargurado que vai fazer propaganda péssima do curso (Não precisa desgraça de dentro, nem milagre de santo de casa) lá na outra Universidade, outro espaço, lá fora no mercado de trabalho. Vai ter e tá tendo profissional da área que tá escolhendo a dedo quem entra em estágio ou não de acordo com currículo, não precisa de esforço algum de quem quis dialogar e reivindicar, não precisa nem de hostilizar os blocos fundamentais.
É assim que a nossa categoria se forma: desunida, desumana, um puxando o tapete do outro. 
A missão foi cumprida, desunir e estigmatizar.
Parabéns de novo pra gente!













E fiquem bem longe de mim, tou só sobrevivendo pelo canudo agora.

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