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15 fevereiro 2015

50SoG - o filme, roteiro cadê você?!

Yep, fui sinceramente impelida a ir ver o incrível filme por um precinho módico no cinema aqui do Norte da Ilha. Para a surpresa de muitos foliões afoitos nesse mid-carnaval, a fila estava cheia de casais incautos, esperando por alguma coisa que prestasse no filme. Eu e a querida companhia (Aliás, vou te agradecer pro resto da minha vida subversiva por aguentar a tosqueira arduamente) apenas queríamos rir um pouco, e conseguimos.

Primeiramente, como dito em post anterior, esse filme é baseado num livro, que é baseado em uma fanfiction de Crepúsculo, que também - assim como a Meyer - foi escrito de forma muito muito pobre e sem muitas surpresas (Sem contar as absurdidades pra início de conversa).

E o enredo do filme? Onde tá?


Acho que o mindfuck maior foi o de ter esse remendo sem nexo e pulos entre cenas, sem exatamente ter um enredo que prendesse a atenção. Muitas coisas ficaram soltas, muitas falas ficaram vazias, as cenas de sexo? Querem mesmo que eu dissolva WTF acontecia ali? Podemos concluir então que se a fanfiction era ruim (Hello, Edward e Bella?), o livro pior, logo a adaptação do filme teria que se superar. Para minha surpresa atenuou, urrum, isso mesmo. É ruim pra baraleo, mas ajuda a não ter tanta hostilidade quanto ao livro

Toda a polêmica sobre relacionamento abusivo, stalking, e tudo mais? Hollywood deu um jeito de fazer aquela regrinha do moralismo estadunidense prevalecer. Enquanto Christian Grey no livro era um chato grudento, sem noção e com um perfil perfeito para psicopata, esse Grey do filme é... (Okay vou me arrepender de escrever isso) quase um fofo.

Calma minha gente, que é só a marca do fogão! Mais considerações, só clicar no link abaixo:

12 fevereiro 2015

acerca 50 tons de cinza

A BDSM-style collar that buckles in the back. ...
(Photo credit: Wikipedia)
 Com toda a controvérsia sobre 50 tons de cinza - o filme - causando por aí, tive a oportunidade de deliberar wtpowha devo me posicionar quanto a isso (hehehehe trocadiiiiilho):

Méh.

Vai ser um daqueles filmes que terei o prazer (mais outro trocadilho) de baixar ilegalmente sem sentir pena alguma da distribuidora, estúdio e salários dos envolvidos.

Na época em que "li" o livro - ler é uma expressão razoavelmente parecida com o exercício monótono e rápido que fiz até quase a metade, passando os olhos entre página e outra pra vasculhar se havia algo realmente interessante e apenas ver que é inner-dialogue O TEMPO TODO e descrito de forma nada criativo - meu interesse principal eram os parâmetros usados em relações BDSM. Mas aí quando fui pesquisar o histórico do enredo, deixei de lado e fui fazer algo mais interessante.

Não desmerecendo o trabalho árduo da autora E.L. James em escrever uma fanfiction A.U. de Crepúsculo - o que me dá uma oportunidade boa para explicar o que é fanfiction para as pessoas que desconhecem! E hey, até seus desdobramentos espaço-temporais dá para se discutir - mas sério, amiga, que lesse um pouco mais da cultura underground, faz bem pra escrita pesquisar ANTES, vivenciar talvez (Nunca se sabe). E yep, quando o assunto é polêmico como tabus sociais, tem que ter cuidados extras. Não é questão de moral, cívica e toda essa bobagem, é questão do dever glorioso de ser escritor

Povo estadunidense tá ameaçando boicotar o filme por vários motivos: violência contra mulher, relações afetivas com abuso psicológico, porque vai te levar pro Inferno, porque vai influenciar a quiançada fazer a mesma coisa (As if) e a lista vai aumentando. Aqui no Brasil a classificação indicativa ficou para maiores de 16 anos, o que me dá uma esperança que alguém lá do Ministério da Justiça LEU a fanfiction, depois o livro, achou uma porcaria e julgou bem o quanto de zoeira isso pode causar.

Well done Coordenação de Classificação Indicativa, vocês às vezes acertam na limitação da zoeira - apesar de que classificação +16 não vai resolver coisa alguma nesse país.

Esse tipo de livro me deixa no muro inquietante dos "nãos" e "sims", pois há tantas nuances de o que fazer e o que não fazer. Não vou mentir: ver esse reconhecimento de 50 tons de cinza me dá esperanças como fanficwriter, como escritora amadora, oh hell, se essa criatura escreveu algo assim e foi reconhecida, eu que escrevo BEM MELHOR posso ir longe. #HýbrisEmAltaHoje

Mas o lado de ser humano racional e emotivo também me deixa em completo estupor por tudo que isso pode desencandear em uma geração que tá cheia de informação sobre tudo, disponível a hora que quiser, mas que não sabe lidar com os filtros. Meu lado bibliotecária apoia ter essa trilogia em uma biblioteca pública ou universitária, mas não se sente feliz se estivesse em uma biblioteca escolar. Meu lado anarquista quer espalhar conhecimento pra tudo quanto é canto, sem me importar com quem esteja captando as mensagens, mas for crying out loud, se os "adultos sérios e responsáveis" tratam os jovens como se estivessem nos anos 50 ainda, como isso vai ser possível?!

A powha do pensamento crítico não ajuda nessas horas.