Título: Conversas ao amanhecer (por BRMorgan)
A comemoração da noite anterior fora um sucesso-desastre. Sucesso, pois a caçada ao monstro do Lago (Que nem era tão monstro assim) havia sido finalizada, com grandes expectativas para o próximo contrato e uma recompensa muito boa para os Caçadores de Quimeras. Desastre, pois boa parte da recompensa agora estava depositada em grandes barris de cerveja envelhecida que abarrotavam a sala de jogos e Hall do Hotel.
Cenário: Original - Projeto Feéricos.
Classificação: PG.
Tamanho: 1808 palavras.
Status: Completa.
Resumo: Após uma noite de comemoração, Raine e Angie discutem sobre o que é o Amor.
Personagens: Angela, Raine.
Personagens: Angela, Raine.
A comemoração da noite anterior fora um sucesso-desastre. Sucesso, pois a caçada ao monstro do Lago (Que nem era tão monstro assim) havia sido finalizada, com grandes expectativas para o próximo contrato e uma recompensa muito boa para os Caçadores de Quimeras. Desastre, pois boa parte da recompensa agora estava depositada em grandes barris de cerveja envelhecida que abarrotavam a sala de jogos e Hall do Hotel.
Do chão perto do sofá na janela, uma figura meio torta tentava pegar uma caneca com mais líquido fermentado de cor escura e aroma achocolatado, uma mão esguia de longos dedos estapeou a mão pequena e com um grunhido depositou um copo d'água e comprimidos contra ressaca. Outro grunhido foi a resposta, o próximo grunhido foi abafado por um corpo maior se sentando no sofá confortável e se deixando deitar com a cabeça no braço de madeira antiga.
- Bom dia, raio de sol... - rasgou a voz sonolenta de Angela, Filha dos Ventos, para a líder do grupo Raine. Pela tonalidade nada harmoniosa da menina Eshu, a Sidhe percebeu de imediato que alguém ali estava pior do que ela na questão da bebedeira.
- Dia, querida Angela...
- Quem colocou esse efeito legal no teto?
- Que efeito?
- Ele tá girando...
- São apenas seus olhos, querida... - respondeu Raine com um leve sorriso no rosto pálido, olhos verdes ainda lânguidos pela quantidade de álcool circulando em seu corpo.
- Cadê todo mundo?
- Cansados e embriagados...
- E o Tobbinho?
- Debaixo da escada em sua forma mais branda...
- Como é que ele consegue beber tanto e virar cachorrinho de madame depois? - perguntou a menina levantando a cabeça.
- Segredos da natureza dos lupinos, menina...
- Cara, o que que tinha nessa stout...? - a mão de Angela foi automaticamente para a caneca com a bebida, mas Raine a tirou de perto com um olhar fulminante, mesmo ainda anuviado.
- Chega de levedo por hoje.
- É malte! - disse Angela com certa aspereza.
- Não discuta, sou sua Rainha. - Raine colocou o ponto final na conversa com um pouco de sarcasmo, a menina Eshu fez uma cara fechada, mas logo sorriu bobamente.
- Oh sim Majestade... - tentando reverenciar Raine, mas falhando miseravelmente por sentir o corpo pesado demais para isso. Deixou sua cabeça quicar ao chão e boca amarga do sono induzido pela quantidade de cerveja que tomara.