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22 dezembro 2016

a ética internética de todo dia

Há um consenso meio doido que todo mundo stalkeia na Internet, oh well, se você não leu as 100 regras da Internet, saberás que tal prática é necessária até pra saber se a pessoa que é alvo de investigação tão apurada possivelmente pode ser um serial killer
Ou um engenheiro. 
Não sei qual dos dois é mais amedrontador.

Não stalkeie, pergunte logo pra pessoa o que deseja saber ou sei lá conviva com ela tempo suficiente pra nem precisar perguntar. Volta e meia as informações saem naturalmente. Oversharing acontece nas melhores horas, tipo na fila do RU.

Percebo em colegas que essa sensação de não saber é angustiante ao ponto de fazer romaria em perfis de Facebook, traçar rotas em redes sociais, buscar o máximo de informações que possam levar a alguma conversa ou satisfação pessoal sobre um determinado assunto. Ou se for interesse romântico, é de catar todos os detalhes antes de ativamente fazer isso com o consentimento da pessoa.

Como meu interesse primário nas pessoas de level superior ao meu costuma ser o Lattes (sim, sou superficial desse jeito mesmo, mas é precaução: se rolou coisa com áreas que não bico de jeito algum, fecha a aba do navegador, não desperdiça tempo), é lá que costumo passar um bom tempo, seja fazendo revisão de bibliografia da pessoa ou dando uma lida no que ela produziu cientificamente.

Não há nada de mal nisso, já que é  o meu trabalho como pseudo-bibliotecárie saber fontes e referências sobre os assuntos. Se a pessoinha que me interesso está enquadrada nessa premissa, ótimo! Metade do caminho pra perguntar o que ela acha sobre a atual conjectura política de apatia dos bibliotecários e se prefere uva passa no arroz. Bem simples assim #SqN

Minha reação exata ao fazer pesquisa exaustiva e o resultado vir
de um jeito que eu não esperava ter visto
Aqui no meu lado é a ética capitalista (conceitos contrários, yey!!): Apenas pesquiso exaustivamente Currículo Lattes ou se preciso recuperar informação que seja importante.

Pra saber signo, sorvete favorito, cor que mais gosta e se prefere o café com ou sem açúcar ou é uma pessoa adepta ao chá ou sua visão de mundo, prefiro tomar coragem, deixar a bigorna da vergonha cair na minha cabeça depois e perguntar logo. Se as oportunidades aparecem, são raras. Logo não vou ficar forçando o descobrimento de informações se aquilo exatamente não será relevante pra mim se não tiver o esforço máximo de sair da minha zona de conforto. E sou tímide pra cacete, demora até eu perguntar o que a pessoa acha sobre a vida, universo e tudo mais, mas coisas básicas como se ela tem lóbulo anexado, se nasceu os sisos ou se é canhota e tem língua geográfica. Esses tipos de perguntas são com um level moderado de convivência.
(então, quem convive comigo sabe que minhas perguntas são bem esdrúxulas assim, sem sentido aparente algum, mas pra mim faz total sentido!) 

Por exemplo, amiga tem um blog ativo pré-adolescente: aproveitei a piada e disse que ia atrás do link. Com o apavoramento imediato da chuchuzinha disse que não faria isso se ela não se sentisse a vontade. Eu poderia simplesmente ir lá e descobrir o link e ler tudo o que ela escreveu com sei lá 14/15 anos, mas não, é mais legal sentar com ela na cachoeira ou no chão do quarto bebendo vinho barato e comendo batata, ouvir os causos absurdos da vida naquela época dela do que vasculhar em cada canto da web sobre isso.

A gente passa muito tempo se enfiando em lugares que não tem propósito de o que fazer com a informação após o sofrido percurso de garimpo. O que adianta fazer uma pesquisa exaustiva se depois não sabe aplicar o conhecimento?
(E na minha área tem uma chatice de dado que constitui informação que produz conhecimento)

Onde entra a ética nisso? Bem, é o saber como manejar isso de forma em que não cause nenhum prejuízo pra pessoa e também pra você também. E saber respeitar o Outro com o limite/fronteira entre o que se deve saber o que se pode descobrir.

Sabe o Grande Irmão? 1984 me ensinou tantas coisas, gente!

E refletir sobre todo esse esforço maluco de catar informações daqui e dali para se obter um fato concreto ou se de acordo com o timbre da voz da pessoa é possível associar com o gosto musical dela.
(não gente, não é possível descobrir essas coisas assim, mas se por acaso em um artigo ou capítulo de livro que a pessoa tenha contribuído tenha um rodapé com a letra de uma música da Bjork ou Rionegro e Solimões, isso vai me sinalizar algo importante)

O trem da palavra stalker também é pesado. Amaciar essa prática nefasta com os níveis toleráveis e de ser politicamente correto pode ser um tiro no pé lindo. Ou um processo de assédio se a coisa ser invasiva.
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Fui movide a escrever esse texto ao perceber que meus blogs de preadolescente foram há eras deletados, o fotolog vergonhoso também, meu Lattes tá jogado às traças, há pedaços meus aí pelas interwebs, mas meu main default é deixar tudo concentrado aqui, pra zoeira ser maior e também ter uma organização no que faço de bom ou de ruim.

Até porque isso me consome tempo. E tempo é dinheiro.
O meu tempo já é desperdiçado demais com coisas que não produzem dinheiro (tipo 3 a 4 horas enfurnada em ônibus, terminal, fila, trânsito), logo a deliberação final se resume a isso.

E de me sentir com vontade de realizar um stalking básico, mas aí volto a premissa lá tão pegajosa em sua essência: tempo é dinheiro. E tenho bem pouco dos dois. 
(E respirar fundo e conseguir até final do ano pelo menos a informação de quais bandas a pessoa gosta de ouvir - não consegui em tempo hábil, logo semestre que vem há mais oportunidades!)

Disclaimer póstumo: eu falando de ética nas interwebs, mas sacaneando a torto e a direito o povo da engenharia, lalalalalalalalala...

23 julho 2016

A grande cisma da enunciação continua




As usual, uma das minhas pesquisas recorrentes quanto ao discurso alheio (e formas de construção de poder, manutenção desse poder e dissimulação do poder, lalalalala) sempre acaba voltando para a controversa figura da dominatrix. Não a mulher estereotipada na mídia e em alguns sites por aí, mas aquele papel de autoria demonstrado em relatos sucintos e às vezes detalhados (muita calma nessa hora) dos blogues de dommes - como elas se autointitulam - pelas interwebs. Por que o assunto tanto me fascina? Não sei, Freud explica.

Debaixo do link tem algumas impressões sobre sites que gosto de visitar regularmente para checar as enunciações das dommes - em sua maioria mulheres acima de 30 anos, classe média, residentes nos EUA (A comunidade BDSM é bem organizada e com estrutura teórica delineada por lá), que usualmente usam a Internet para expor seus pensamentos, relatar casos, trocar ideias e/ou assustar leitores incautos e inocentes com papos mais ahn... aquelas coisas que você acha que as pessoas não fariam entre quatro paredes, mas fazem.

Trilha sonora? Dica da Mistress Malice é The Genitorturers com uma cover do The Divinyls "I touch myself". Não, isso não quer dizer nada no que é tratado aqui na postagem, não vou me ater aos detalhes mais pitorescos.

30 junho 2015

minha vida de final de semestre

"Essa é a minha vida, comer miojo e tomar remédio..."

Fazendo alusão a uma das letras mais significativas do funk trash de intenções nada boas, começo o rambling da semana.

Tive que pedir arrego, voltei pra codeína porque a dor resolveu voltar com força total devido ao frio e a instalação dos updates no meu tornozelo, yep, meu pé tomou um rumo diferente quando fui comparar com o esquerdo. Algum osso ali deve ter ido pra frente ou pro lado, porque pisar pra dentro nunca foi meu caso.

O dilema monocromático disso tudo foi:
1 - ficar extremamente bitch e evitar todo mundo por um tempo;
2 - tomar o bendito do remédio e ser sociável.

É como uma metáfora de própria existência humana!
Foder com tudo ou se ferrar pra não foder com tudo.

Já que a vida está nesse level de estranheza completa, algumas conclusões que foram deliberadas:

  • Pelo bem de minha integridade física e mental, tenho que controlar melhor meu humor volúvel;
  • Não esperar muito que as coisas melhorem num passe de mágica;
  • Mandar algumas pessoas muito especiais pros quintos dos Ínferos pra Cérberos mascar;
  • Parar de me sentir culpada pelo acidente;
  • Procurar terapia de novo e de novo e de novo...
  • Parar de ler Nietzche;
  • Voltar a ter Disciplina.



Trentonildo salvando a pátria aqui!

Aí estava scrolling o feed de blogs e lá estava o texto awesome da tia Candye sobre o mesmo estado de espírito em que me encontro - leitura de mentes, telepatia coletiva, empatia? Chegou aqui tia Cléo!



A água que circula hoje é a mesma que molhou os dinossauros. A raiva que me consome, hoje, é a mesma que consumiu civilizações. Tudo volta. Tudo é cíclico. Mas tudo atinge as pessoas de diferentes maneiras. Tudo em mim transborda porque eu vivo no limite. A felicidade é urgente, mas a infelicidade é recorrente. A gente tem pressa para ser feliz porque sabe que a infelicidade nos segue de perto. A gente corre, mas, às vezes, ela nos alcança. 
A gente já nasce com a corda no pescoço, mas quando é criança não percebe que a corda tá lá. Então, a gente começa a crescer, e a corda começa a apertar, e, pela primeira vez, a gente se dá conta de que não está livre. Debilmente, a gente coloca a mão na corda, e pensa que ela vai se romper sem oferecer resistência. A gente se desespera. Procura por uma tesoura, para poder cortar a corda, mas percebe que a tesoura está muito ocupada aparando as arrestas da nossa vida, está ocupada recortando as memórias e colando-as onde possamos vê-las e, quando necessário, esquecê-las. A tesoura está fazendo o que a gente não dá conta de fazer. 
Nas mãos de quem está a tesoura, não se sabe. É mais fácil acreditar que as Moiras estão fabricando, tecendo e cortando o fio da nossa vida. Não é mais fácil. (Para ler o restante, clique cá)
A fineza da escrita me atingiu em cheio, e com a ressonância das palavras em meus olhos - oh sinestesia reinando hoje! - deixo a sabedoria mineira aqui.

15 março 2015

dica de site - dommenique luxor [BDSM]

Ah as peripércias de recuperação de informação no Mistah Google...
Juro que estava procurando sobre Tremé, seriado da HBO, que me levou a uma página de seriados da HBO, produções nacionais, uma delas chamada Motel e bang! Aparece nos resultados uma entrevista feita por uma magazine do ClickRBS sobre uma dominatrix, Dommenique Luxor, aqui do Sul (!!!) que escreveu um livro de memórias sobre a rotina dela.

Google, seu lindo!
(Agora lá vou eu ler todas as postagens...)

27 fevereiro 2015

um sofá para 5 - projeto no ar

Cinco pandas conversando fiado em algum lugar das interwebs.
Papos descabidos com uma turminha do barulho que vai aprontar mil confusões.
Um bando de garotas sem o que fazer que resolvem escrever textos sobre diversas coisas.
Gosto disso.

Ops, faço parte disso.
Agora, acho eu... É, faço.



O "Um sofá para cinco" foi idealizado de forma como qualquer projeto meu deveria ser formalizado: mediante intensa influência de etanol na minha corrente sanguínea.

O que deveria ser apenas uma promessa de algo, acabou virando realidade com a empolgação da tia Guiga. Tudo foi ficando muito muito muuuuuuuuito tangível após ver as primeiras visualizações e cacetada, pessoas estão visitando assim do nada!


Tou pensando em postar umas absurdidades por lá, coisas que não posso escrever por aqui sem ter algum tipo de pergunta IRL do tipo: "Cê perdeu quantos parafusos esses anos todos?", mas anyways, tá aí a props, visitem, leiam, refutem, concordem, compartilhem <3

14 janeiro 2015

[dica de site] Ship Your Enemies Glitter - faaaaaabuloso!

Totalmente aprovo!
Encomendando várias e várias vezes pra girar e girar e girar lá na Floresta das Trevas!



Fonte [x]

Pelos módicos $9,99 de dólares australianos (R$ 21,27 no total), com pagamento pelo PayPal, você pode se vingar de qualquer pessoa no mundo com essa simples e fabulosa tática passiva-agressiva: uma carta recheada de glitter com uma nota dizendo algo realmente estúpido.

O mais legal de tudo é o FAQ do site Ship Your Enemies Glitter, no qual está escrito explicitamente o porquê de tal punição purpurinada:

Página do FAQ totalmente zoada /lolhackadmin ;]


Não sei se realmente funciona, mas é algo a se deliberar com calma. Não há nada mais contraditório em planejar uma tortura tão demorada e planejada do que enviar glitter para seus inimigos e vê-los fracassarem por anos e anos a fio para tentar tirar qualquer resquício do material dos cantos, frestas e qualquer lugar.

E essa foi a lição bonita de hoje, quiançada!

29 dezembro 2014

dica de site: Elephant Journal e artigo sobre Mother-wound

Vou deixar esse link de artigo aqui (aliás agradecendo muito a Ju Umbelino lá do Nerdivinas por compartilhar esse site), pois preciso me lembrar de ler pelo menos umas trocentas vezes antes de ter mais outra crise existencial.

Esse artigo em particular me chamou atenção devido ao fato de argumentar como os feelings ou a falta deles que rola em uma família - mãe passando para filha passando para neta e por aí vai - pode afetar as vidas de muitas pessoas (Principalmente as mulheres). Uma questão interessante que a autora deixou foi o fato do karma estar agindo nesses casos (pelo que dei uma pesquisada a autora também escreve muito sobre assuntos relacionados a saúde e bem-estar e yoga), ela deu o exemplo de sua própria família e como essa mother-wound (ferida materna?) atrapalha demais em certos aspectos da vida emocional de suas filhas - inseguridade na maior parte do tempo.


Fonte: http://www.elephantjournal.com/2014/04/is-the-mother-wound-ruining-our-romantic-relationships/

Freudianos freudianarão, e todo aquele papo de culpar exclusivamente a mãe pelos problemas subsequentes dos filhos não entra na minha cabeça como algo aceitável, mas sim como consequência de algo que já está enraizado na nossa cultura patriarcal. A repreensão vem desde criança, a submissão desde o berço, a escolhas baseadas em opções excludentes desde sempre e quanto mais o filtro vai afunilando, menos escapatória há para se ter uma vida saudável e psicologicamente estável.

O modo como somos criadas desde pequenas, com essas opções excludentes nos sufocando até as tampas, faz com que muita coisa se retraia e também se desenvolva em nossas personalidades. Infelizmente faço essas comparações quase o tempo todo devido a uma simples afirmação que constantemente me era colocada quando criança: "Não seja como (fulano/fulana de tal)", logo ter toda esse entendimento que "não devo ser como o outro" deixou um belo rastro de problemas não resolvidos.

Óbvio que no final do artigo eu fiquei WTF - oh a negação, a Santa Ana Negação de todos os dias - mas como disse anteriormente: guardando para posteridade. Se em 15 anos de intensa pesquisa sobre o que não devo ser ou quem não devo seguir me serviu pra alguma coisa, ter esse apoio discursivo é uma boa para deliberar o que raios acontece comigo quando tento ser um pouco mais afetiva.

27 dezembro 2014

dica de site: pronunciation manual

Para passar o resto da noite rindo sem motivo algum:


Comece com uma palavra comum e vá clicando até seu saco de riso estourar pela nonsense que aparece por lá.

Tudo em inglês, mas bom pra treinar em como NÃO FALAR certas palavras.