Era para estar elaborando planos maléficos de dominação mundial via bloco de notas - ou o que gosto de disfarçar que seja um planejamento de estágio obrigatório, mas...
Porque TENHO que deixar registrado que Saturno é um bicho esquisito e barraqueiro.
E Plutão, filhinho, meu lugar é exatamente aí.
Aí o top comentário é esse:
Sun: I'm calm and Zen Mercury: I WANT TO GET FREEEEEE Venus: Giant Gong Earth: FREAKING AIRPLANES MEANS HUMANS Mars: Wind, creepy whispers. It's basically Doom. Jupiter: What you think an H.R. Giger potrait sounds like Saturn: PURE ABSOLUTE CHAOTIC EVIL FROM A LOVECRAFTIAN HELL Uranus: It's just wind all over the place. If you're italian, that's a double joke for you. Giant fart maybe? Neptune: Eternally Heavy Breathing Intensifies Pluto: "Freaking Alien TV, it's just White Noise".
Tava cansada de ver gráficos e analisar cadeias hereditárias (E acredite, não vai mudar a situação precária...), resolvi brincar um pouco no ukulele. Tou ficando melhorzinha na tosqueira com a Perry (O nome do instrumento, pretty please?), fiquei satisfeita :)
Convivo com amigolhes em pleno desenvolvimento/parto de seus TCCs, logo fui solidária. Não custa nada fazer graça com algo que nos deixa a beira da loucura sem nem ao menos precisar de Cthulhu dar uma forcinha. Saiu esse trem aí.
Melodia é da linda cutch-cutch da Clarice Falcão - "Um só" mais info dela aqui [x] e aqui [x] e a letra foi modificada.
Dá até pra cantar em dia ruim de orientação (Ou não).
Para o mais sábio, o mais burraldo, o menos ajustado, o super engajado, autonomia conota algo como um superpoder.
Quem dera.
Substantivo au.to.no.mi.a [feminino] 1. capacidade de fazer as coisas independentemente, por si só. 2. distância que um veículo percorre com o combustível na capacidade máxima
Etimologia Do Francês autonomie, derivado do Grego αὐτονομία, -ας: αὐτος próprio, si mesmo + νόμος lei, norma, regra
I've fallen out of favor and I've fallen from grace
Fallen out of trees and I've fallen on my face
Fallen out of taxis, out of windows too
Fell in your opinion when I fell in love with you
Sometimes I wish for falling, wish for the release
Wish for falling through the air to give me some relief
Because falling's not the problem, when I'm falling I'm at peace
It's only when I hit the ground it causes all the grief
This is a song for a scribbled down name
And my love keeps writing again and again
This is a song for a scribbled down name
And my love keeps writing again and again
and again
and again
and again
and again
and again
and again
and again
and again
and again
and again
and again
and again
and again
and again
and again
and again
I'll dance myself up,
drunk
myself
down
Found people to love, left people to drown I'm not scared to jump, I'm not scared to f all If there was nowhere to land I wouldn't be scared at all At all, at all, at all fall fall Sometimes I wish for falling, wish for the release
Wish for falling through the air to give me some relief
Because falling's not the problem, when I'm falling I'm at peace
It's only when I hit the ground it causes all the grief
Talvez eu não aprecie tanto a função que eles acabaram se tornando durante a evolução da música, mas me parece (E posso estar falando besteira, mas é impressão minha) que eles apenas seguram alguma coisa na música - seja lá qual for - e não totalmente são necessários.
Tem alguns que se destacam mais que os outros, aqueles que fazem realmente o instrumentos como uma parte de seu corpo ou como o apoio essencial de uma banda (Ou de quem esteja cantando), mas nada mais que isso.
No rock é difícil dizer como o papel do guitarrista não faz diferença alguma, porque literalmente sem guitarrista não há rock 'n roll (sim, bebê), mas a presença de apoio me incomoda mais que qualquer coisa. No jazz (de qualquer época), o guitarrista ou violonista está ali de apoio, mas também faz aquela ponte dos agudos pro restante da banda, é válido, é bom de se ouvir, mas seria um instrumento que poderia ser descartado e não faria muita diferença.
(Será que estou sendo uma babaca por renegar o instrumento que toco?)
O que tento muitas vezes conversar com quem entende um cadim a mais de música que eu se eles sentem essa situação estranha de "instrumento de apoio" e não de acompanhante da música. A maioria aponta que quem segura mesmo o ritmo de uma música é o baixo/contrabaixo e quem faz a harmonia do restante é o conjunto do todo - mas voltando ao problema inicial: se tirar a guitarra/violão, a música continua sem problema algum.
Sinto essa falta de instrumentos quando estou tentando tirar alguma música na Claire e ficar com cara de tacho por saber que um bendito baixo em um determinado lugar, ou mesmo a batida da bateria, o reforço de um piano, até mesmo uma gaitinha pode salvar uma música tocada apenas no violão não se transformar em um tédio. Aí que começo a reclamar.
Aí tem as exceções.
Billy Howerdel do A Perfect Circle e Ashes Divided é o exemplo clássico de cara que faz com a guitarra o que nenhum outro instrumento pode fazer, ele "segura" a música em um outra alternativa pro vocal acompanhar - dá pra notar de longe que a voz do Maynard (vocal do APC) está muito perto do que o Billy toca e às vezes é a guitarra que faz a segunda voz de algumas músicas. É lindo isso, um instrumento servindo de backvocal.
O Ritchie Blackmore é uma transição estranha entre o progressivo e o bardo moderno, o cara é um monstro no que toca, ele sim eu louvo com todas as forças, e assim como o Billy, o som da guitarra/violão é o acompanhamento perfeito para a voz da Candice Night no Blackmore's Night. Perfeito e bem jeitosinho. A face de bardo se estende quando ele despiroca e sai fazendo solos para entreter quem esteja ouvindo, não somente o segurar a música, isso é awesome.
AGORA o senhor Damião Arroz é outros esquema.
Primeiro porque o cara é um bardo, não um músico. Segundo porque ele não usa o violão como instrumento, mas como a primeira voz dele. Terceiro porque ele é irlandês.
Algo que acontece com ele que é fascinante é como uma criatura pequena como ele, que a voz nem é tão boa assim consegue manter um teatro cheio ou uma plateia de festival ficar calada por minutos a fio o ouvindo tocar. Essência de bardo aí.
O violão que ele vive usando é da época em que ele buskeava na Itália e na Irlanda antes de ser famoso, o tréco tem um buraco no tampo de tanto ele tocar, provavelmente que o trem virou uma quimera de tanto glamour que ele deposita no bendito. Não é o equipamento ou a voz do Damien que faz ele ser hipnotizante (For crying out loud, ele nem é fodão como o Ritchie Blackmore com altos solos), é o que ele tira dos dois elementos. Toda vez que vejo uma performance ao vivo dele fico imaginando o que se passa na cabeça do irlandês pra ter toda essa força com duas coisas tão simples, a voz e o violão.
Não consigo ver isso em outro lugar musical a não ser ali.
Ou pode ser predileção minha, quem sabe? Mas não há como negar que o ruivo faz algo extraordinário com essas duas coisas sem muito esforço.
Esse novo álbum dele me deu um estalo recente de como é a questão de usar a voz como instrumento e o violão como voz, porque de certa forma quem tá levando a música, quem está colocando o pano de fundo de cada história que ele apenas cantarola - sim, porque cada letra dele é uma história boa de se ouvir, triste, solitária e às vezes cômica - é o violão. Não gosto quando ele usa o sintetizador para colocar o efeito de guitarra em Woman like a Man ou quando faz peripécia demais com os pedais, o fator bardo cai na hora.
Essa música aí em cima em especial é que me fez deliberar o que raios escolhi tocar violão e me manter ali do que em outro instrumento: o que importa é o bendito storytelling, o violão/guitarra é apenas um veículo da voz, é a história sendo musicalizada de fundo pras palavras do bardo poderem ser ouvidas com mais clareza.
E isso é lindo. (Coisa que nunca vou conseguir chegar aos pés do Sr. Arroz)
Chega de tagarelice, preciso voltar a escrever... (Já que tocar violão não é lá meu forte)