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02 novembro 2020

[contos] escorregadios - saia curta/jaqueta longa

Eu estava ouvindo aquela música do Cake "Short Skirt/Long Jacket" e sacudindo na cadeira porque o ritmo é muito bão. Aí veio uma ideia na cabeça de escrever sobre as 2 pessoas totalmente opostas que consigo interpretar da letra dessa música. Aí quis escrever sobre querer roubar algo valioso de um ricaço em algum lugar.


Aí fui ver hoje aquele documentário incrível sobre o sítio arqueológico do Saqqara e meu cenário favorito de contos pediu para se mostrar presente. E é isso aí: Mundo das Trevas, roubos mirabolantes de ricaços, 2 pessoas totalmente opostas contidas na letra da música ali do Cake se encontrando, linguagem neutra, background de outro personagem que estou amando ficar matutando e plim, mais de 3k de palavras. Ufa! A Musa voltou!


Os Escorregadios (32583 words) by brmorgan
Chapters: 14/?
Fandom: Original Work
Rating: Mature (+18 anos)
Tags: fadas, quimeras, feéricos, escorregadios, Mundo das Trevas
Series: Part 3 of Feéricos - contos para sonhar
Summary:

Saia Curta/Jaqueta Longa: Ato 1 - parte 1

Em algum lugar da cidade de Nova Orleans, Akin Knobi deixou uma família a esperar seu retorno algum dia. Quem restou para continuar o legado do Amenti Sefekhi foi a pessoa que nasceu de sua filha mais nova com a americana Diana Dixon.

Para saber mais um pouco sobre o Amenti Akin Knobi, veja o capítulo anterior "No final das contas (começamos a viver ao estarmos em nosso próprio funeral)"

01 julho 2019

[contos] diablo III - quando o toque do anjo não é uma benção

Mais outro trem que escrevo e não sei se vou finalizar?
Siiiiiiiiiiim!! Da minha franquia favorita de games <3


Chapters: 1/? (Vai ter muitos, já escrevi vários)
Rating: Mature
Warnings: Graphic Depictions Of Violence
Characters: Necromancer (Diablo III), Necromancer (Diablo II), Female Witch Doctor (Diablo III), Male Necromancer (Diablo III), The Nephalem (Diablo series), Amazon (Diablo II), Rogue (Diablo II), Myriam Jahzia (Diablo III), Lyndon the Scoundrel
Additional Tags: Non-binary character, Gender Non-Conforming Character, reaper of souls expansion, westmarch, Idiots in Love, Love/Hate
Notas: contém as tropes Love/Hate - Idiots in Love - descrição detalhada de cenas violentas - pode conter cenas inapropriadas (NSFW).
Summary: Um grupo de mercenárias faz missões errantes para proteger a população das ameaças pós-conflito dos nefalens contra Diablo e os Malignos Supremos. Ganhando dinheiro que os lordes podem bancar e descobrindo segredos deixados desde os tempos de confronto contra as forças do Mal, o grupo "Rastejantes" mantém uma certa paz na cidade sitiada e destruída, capital do Reino de Hespéria (Ato V).

Sien é a líder dos "Rastejantes", estrategista e amazona exímia vinda das Ilhas Skovos. A imortal feiticeira Irina dos Vizjerei é o apoio mágico do grupo. A bruxa-doutora Zunimyi saiu de sua tribo para descobrir o mundo após a queda da estrela cadente. A jovem Kyla Haile, que presenciou sua cidade sendo devastada pelos ceifadores de Malthael. Daehir, necromante sacerdote de Rathma, a pessoa que guia o grupo nas missões. E Míriam, a mística acompanhando o grupo nas empreitadas.
Baseado na franquia Diablo da Blizzard Entertainment, Inc, focando na expansão de Diablo III - Reaper of Souls.

---xxx---

 Quer trilha sonora? Tem trilha sonora!


28 fevereiro 2019

[contos] fanfiction: I must stop time traveling, you're always on my mind


Eva Green como Miss Alma LeFay Peregrine (2016)
Faz um bom tempo que não me meto a escrever fanfiction, mas aí descobri algo extremamente divertido de ler que é fanfics em que tem personagem "Reader" no meio. É tipo self-insert (Essa tradução é péssima, vou deixar assim), mas ao mesmo tempo faz a escrita ser um bocado complicada em adequar.

Muita hora nessa calma, tenho que recuperar as skills de fanfiquêre, mas graças Ao³ tinha fanfics bacanas de Kanene Rose como esses aqui [x] [x] [x] [x] [x] [x] e esse que me inspirou a voltar a escrever em cenários que já existem [x].

Como já queria fazer um tempo, inclusão de personagem não-binárie na área, brincando com o uso de pronomes neutros, muita dificuldade em 2ª pessoa do singular, passando por algumas questões do livro III "Biblioteca de Almas" que ficaram no ar. Provavelmente tem crossover com uns cenários originais meus - porque se desligar totalmente de Feéricos é algo que não consegui ainda. E aquele filme do Tim Burton que já vi trocentas vezes?
Pode levantar os pompons e fazer dancinha?
Bora lá então...


(5465 words) by brmorgan
Chapters: 2/?
Rating: Mature
Warnings: Graphic Depictions Of Violence
Relationships: Alma LeFay Peregrine/Original Character(s), Alma LeFay Peregrine/Reader, Miss Peregrine/Reader
Characters: Alma LeFay Peregrine, Original Non-Human Character(s), Sharon (Miss Peregrine's Home for Peculiar Children), Millard Nullings, Horace Somnusson, Emma Bloom, Olive Elephanta, Bronwyn Bruntley, The Twins (Miss Peregrine's Home for Peculiar Children), Miss Avocet (Miss Peregrine's Home for Peculiar Children), Original Female Character(s), Jacob Portman, Abraham Portman, Enoch O'Connor, Hugh Apiston, Fiona Frauenfeld, Claire Densmore, Miss Nightjar, Madame Fabulária (Original), Reader (Original), Giuseppe (Original).
Additional Tags: Reader-Insert, Gender-Neutral Pronouns, Time Travel, Time Loop, Alternate Universe - Library, Post-Library of Souls, Childhood Sweethearts, Nonbinary Character, lycanthropy, Werewolf Peculiarity, Slow Burn, Memory Loss
Summary: (Português - brasileiro)
Entre o enredo de Biblioteca de Almas e Mapa dos Dias.
Enquanto o mundo Peculiar anda ruindo com os acontecimentos na Biblioteca das Almas, uma pessoa do passado de Alma Peregrine volta para ajudar na reconstrução de um lar seguro e rememorar um amor antigo que parece ter sobrevivido ao tempo, espaço e perdas de memória.

Título inspirado na música "Wish you were here" de Florence and the Machine, trilha sonora do filme "O lar das crianças peculiares" (2016) de Tim Burton. Trilho sonora? Óbvio que é Gezuis Ruiva.



15 novembro 2018

[contos] Seguir a Corrente - perfil de Isobel Atwood Wayland

A intenção era de construir a personagem protagonista que estou escrivinhando em Seguir a corrente, adaptei as perguntas do Tumblr Wordsnstuff.

Essa é a parcial ficha de Isobel Atwood Wayland, uma jovem de 24 anos que estuda na Universidade Miskatonic e trabalha em um laboratório do Departamento de Ciências Naturais.

(Fonte: Propnomicon)

Como você gosta de passar seu tempo livre?

Descobrindo velhos e novos livros sobre botânica e zoologia que posso conseguir. Em Arkham há poucas livrarias você se tipo de literatura, e já li quase todos das bibliotecas da Miskatonic. Quase todos, não tenho permissão para a coleção de obras raras. Ainda. 


(Debaixo do link, mais perguntas e mais imersão)

24 outubro 2018

[contos] seguir a corrente


Após pirar na soda com o trailer do game baseado no universo de Lovecraft, The Sinking City (2019), resolvi voltar lá pros primórdios da minha escrita secreta.

Escrevia muita coisa estranha antes de entrar na Universidade dos Stormtroopers, pena não ter a vergonha na cara de guardar elas comigo, MAS alas meobeim, em véspera desesperadora de entregar projeto de TCC o que vem?

Inspiração de sobra para escrever algo sobre esse cenário que admiro tanto e bem, por que não dizer que faz parte de meus sonhos mais cabulosos.


by brmorgan 
Chapters: 1/?
Rating: Mature
Additional Tags: Miskatonic University, Arkham Asylum, Cthulhu Mythos, Cult of Cthulhu, The Sinking City (game)
Summary:
A cidade devastada pela inundação se tornava mais agitada após certa hora, como se todos que viviam ali fossem convidados secretamente para algo que jamais entenderiam do que participavam. 
Jovens e velhos. 
Não havia crianças. 
Apenas sobreviventes de uma catástrofe que não mais lembravam.
Reunidos na praça central, perto da encosta para a descida das ruas imergidas, todos esperavam alguma coisa, qualquer coisa.

Para a trilha sonora, sugestiono duas fontes:
1 - Internet Archive e os top hits de 1918
2 - Playlist no Spotify especialmente feita para a escrita dessa fanfiction.

14 outubro 2018

[contos] Cuidado com a Biblioteca

Resolvi seguir meu coraçãozinho rude e escrever mais sobre bibliotecas bizarras e sobrenaturais e seus habitantes esquisitos. Então entre 30k de palavras para o TCC tem pausas para o plot costurado dessas 2 estórias que gostaria de contar.

Fandom: Original Work
Rating: Teen And Up Audiences
Warnings: No Archive Warnings Apply
Additional Tags: Libraries, Librarians, Alternate Universe - Magic
Summary: Biblioteca ciente que existe há milênios. Ela julga seus frequentadores com mudanças de estantes, sumiços de livros, ataques ocasionais com enciclopédias pesadas e demonstra sentimentos aleatórios. Quem a 'controla' é uma pessoa qualquer que está eternamente e literalmente ligada a estrutura física da biblioteca.

Teve as adições da linda pandoca Guiga com:

1 - Tem q ter um gato... que fala... e que seja mto sarcástico....
2 - O ser q "controla" pode ser uma múmia, que não aguenta mais o seu trabalho e "odeia tudo isso", mas pra se livrar da "maldição " e poder morrer em paz precisa de um substituto. Daí chega o novo bibliotecário super empolgado, mas pra assumir a posição a pessoa precisa morrer, e a múmia fica o tempo todo tentando matar o novato.
3 - E a biblioteca pode "falar" através de mensagens subliminares nos títulos dos livros que ela atira no pessoal
4 - Ela até pode falar de verdade, mas perdeu o interesse a séculos e prefere atirar coisas. Eu penso na múmia comentando "pare de atirar livros, você sabe falar!!" e recebendo uma porrada na cabeça "NO!" uashuahsuhas


---xxx---
E a continuação paralela é essa que já tinha começado com a premissa de "bibliotecária velha guarda, já pra aposentar, é atingida por um tamanco cheio de glitter, paetê e brilhinho no Mardi Gras de Nova Orleans e volta como uma criança."

Fandom: Original Work
Rating: Teen And Up Audiences
Warnings: Creator Chose Not To Use Archive Warnings
Characters: Jordana "Marga" Margaret, Original Characters, Timothy, Gloria, Reginaldo "Regis"
Additional Tags: sobrenatural, Past Lives, Librarians, Library
Series: Part 2 of Cuidado com a Biblioteca
Summary:
Uma bibliotecária senhorinha, Jordana "Marga" Raelsin - com seus tiques e afazeres infinitos na biblioteca infanto-juvenil do bairro onde nasceu e morou desde sempre - é atingida na cabeça com um sapato enfeitado de um dos desfiles do Mardi Gras em Nova Orleans e acorda no meio da multidão como uma criança de 10 anos. Muitos mistérios, achados e perdidos, piadinhas de bibliotecários, serviços de referência e processamento técnico, além daquele plot sobrenatural que todo residente em Nova Orleans deve ter para contar nos dias de Carnaval.

Mais sobre o plot desses trem, aqui debaixo do link...

30 maio 2018

[escorregadios] pequenos deslizes


Título: pequenos deslizes (por BRMorgan)
Cenário: Feéricos - contos para sonhar.
Classificação: PG-13.
Status: Incompleta.
Disclaimer: Esse conto faz parte do Projeto Feéricos "Escorregadios" que está sendo postado aqui no Archive of our own [clique aqui] - essa série é inspirada em Múmia - a Ressurreição (um dos melhores cenários de RPG do antigo Mundo das Trevas).
Personagens: Margaret "Doddie" Dodson, Gloria Smith, Anthony Lackfin, Terrence Filligan, o Xerife, Mendigo do Arges.
Resumo: No interior de uma cidadezinha, longe da Metrópole, há um grave acidente de carro.1999 é o ano e muitos eventos estarão ligados com o cenário do Ano do Escaravelho.

"Estrada deserta, pouca iluminação, o vapor de uma maquinaria subindo pelo ar, cheiro de óleo e gasolina vazando empesteando o asfalto sem muita manutenção. Um cervo abatido no meio da pista, um rastro enorme de sangue acompanhando o rastro de borracha derretida de pneus.
Um gemido de dor. Uma mão parcialmente suja de dedos quebrados aparece no matagal que esconde um brutal acidente de carro."

Continua aqui...

28 abril 2018

[contos] euforia - fusão de mundos na era meiji


Oi como eu apelidei "aquela história de ninjas-zumbis-steampunkers-robóticos".



Chapters: 2/2
Fandom: Original Work
Rating: Mature
Warnings: Graphic Depictions Of Violence
Additional Tags: Alternate Universe - Steampunk, Zombie Apocalypse, Era Meiji, Feudalism
Summary:

Em um lugar ermo do sul do Japão Feudal, uma misteriosa doença atinge os habitantes do Distrito de Shimonoseki.
Uma pequena missão aliada ao governo japonês é enviada para resolver esse impasse.

24 março 2018

[contos] personal jesus

O Colégio Carmim era um cenário beeeeeem extenso formulado em conversas densas entre eu e meu primo Arkafan entre 2002 e 2004. Tem hints de tudo quanto é canto de cultura vampírica, como Drácula de Bram Stoker (e as adaptações que Hollywood e o mundo pop decidiu fazer desse classicão), Ravenloft, Mundo das Trevas Antigo, mitologias, cenários e personagens feitos em jogos de RPG online via Orkut (#SddsVillandry) e referências! All the referências!

A premissa da história era o estabelecimento de uma sociedade secreta de 4 famílias contra o lendário Vlad, o Empalador, desde o século 14. A Irmandade dos Condenados construiu um colégio interno no meio de Bucareste (Romênia) para preparar potenciais caçadores de vampiros com motivos fortes para se converterem ao único objetivo de eliminar os mortos-vivos. Óbvio que não foi tão fácil assim, e muitos dos integrantes dessa escola não eram totalmente humanos, ou tinham a mesma opinião das autoridades.

E tem trilha sonora! Tem sim! Volto aqui depois para postar o link da playlist no Spotify :)

Personal Jesus (1340 words) by brmorgan
Rating: Mature
Warnings: Graphic Depictions Of Violence
Additional Tags: Alternate Universe - Post-Apocalypse, Vampires, Amenti
Series: Part 1 of Rosenrot - o colégio carmim

Décadas depois do colégio ser destruído por completo, tendo seus integrantes mortos e/ou espalhados pela Europa escondidos, a dissolução da Irmandade foi esmagadora. A noite voltou a ser dos predadores das trevas. Mas nem todos os mortos continuam deitados...

23 março 2018

[contos] Felicidade Adormecida



Essa história foi feita sob desafio de uma pessoa muito especial que fez parte da minha vida literária láááá do começo de 2006-2008.
Depois de quase 10 anos enfurnando as páginas na minha gaveta, resolvi mostrar.
A pessoa queria que eu escrevesse sobre alguém que tem uma bisneta, então... elevei a loucura até a máxima potência!
Vamos aos disclaimers básicos:
História fala sobre distorção de leis e convenções morais.
Sim, tem trigger para várias coisas como violência doméstica, uso abusivo de drogas pesadas, doenças crônicas, problemas de saúde mental, transtorno pós-traumático, sinestesia, esquizofrenia, negligência infantil e outras situações nada delicadas. Se você não tem muito estômago para isso, vá ler outra coisa, por favor? Tentei escrever uma história, sob um ponto-de-vista singelo de uma personagem e tentei chamar de ficção. Até agora tá dando certo.


Chapters: 1/?
Rating: Mature
Warnings: Graphic Depictions Of Violence
Additional Tags: Drug Use, Drug Addiction, Underage Drug Use, New Orleans, Heroin
Series: Part 1 of Felicidade Adormecida
Summary:

Felicidade adormecida.
Heroína é o nome nas ruas.
Felicidade adormecida é o que diz o meu coração.

Fun fact: a primeira página escrita em lápis 2B em meados de 2006 foi feita dentro de uma aula de Literatura Africana na universidade dos stormtroopers, auditório a meia-luz, Billy Holliday de fundo e professora falando sobre como o jazz era o lamento do povo negro e pobre do sul dos EUA, assim como uma das primeiras formas narrativas dessa população que fora levada à sério pelos brancos nos anos 30 e 40. Foi a primeira vez na vida, na cidade do interior onde eu morava que ouvi um professor direcionar seu discurso aos problemas étnicos-raciais de uma maioria em nosso estado (MG). Foi mágico.

01 janeiro 2018

ano novo, faxina (virtual) nova

Arrumando a casa dá nisso, ajeitar o Archive of Our Own todo para abrigar tudo que escrevo de contos e fanfictions.


Então se você se interessa em ler coisas que escrevo, tá lá no site indicado nos links, a interface é mais limpinha, fácil de navegar e não pesa tanto em ler no celular. A preferência para o AO3 é por conta puramente biblioteconomística - obrigade sistema de tags pra fazer folksonomia direitinho! - mas também valorizando a melhor forma de quem lê.

Vou deixar aqui os principais trabalhos em progresso que estou organizando, adicionando mais conforme for postando por lá.


Rating: Mature
Resumo: As crianças do massacre em Quel'Thalas querem saber o motivo da Eterna Guerra. Sorena Atwood vivia em dúvida sobre seu passado até um corvo agourento fazer o chamado de sua vida.
Site gêmeo de puro lolz: Tem um Warlock no Meu Sofá.

Forgiven Jojo Ulhoa 
Fandom: Original Work
Rating: Mature
Resumo: Conheçam Joanne Ulhoa, a assistente de médico-legista mais hipocondríaca que você respeita.

Felicidade Adormecida
Fandom: Original Work
Rating: Mature
Resumo: Felicidade Adormecida é como chamava em seu coração, heroína nas ruas.

Feéricos - contos para sonhar
Fandom: Original Work
Rating: Mature
Resumo: Uma metrópole comum em algum lugar do mundo.O grupo de caçadores liderado por Raine é especializado em capturar criaturas criadas pelo imaginário dos Filhos-Mais-Novos (os humanos) e pelo seu próprio povo (os feéricos), manter tudo na devida ordem e paz nunca foi tão difícil até encontrarem um desafio a altura.
Esse projeto acompanha: Conto com Angie - Os Escorregadios.


14 dezembro 2017

[conto] jogando pôquer


Título: Jogando pôquer (por BRMorgan)
Cenário: Original/Cotidiano - Sobrenatural
Classificação: PG-13.
Tamanho: 5.974 palavras.
Status: Completa.
Resumo: Um partida de pôquer que poucos conhecem, mas muitos vivenciam em algum momento de suas vidas. 
N/A: Há elementos de cristianismo (cunho mais católico), mitologia greco-romana (óbvio!) e sincronicidade entre diálogos. 
Trilha Sonora: I'll see your heart and raise it mine - da banda irlandesa Bell X1

Mesa redonda, fichas coloridas espalhadas, uma nuvem de fumaça de um lado, charuto, do outro champanhe, no meio um velho senhor distribuindo as cartas já amassadas pelo tempo. Uma música antiga tocando de fundo, em ambiente tão boêmio, óbvio que o jazz moderno não tomaria conta. A melodia passou por gerações, o arranjo espetacular no improviso, não há letra alguma.

Do lado do charuto algumas quinquilharias na mesa, perto da mão solta não ocupada em segurar as cartas, anéis, botões de rosa, pingentes de brilhantes, algumas cartas perfumadas empilhadas.

O típico.

Baforada número 1 antes da primeira aposta.



Do lado mais limpo e organizado, a garrafa do champanhe mais caro, formulários guardados em uma pequena caixa organizadora, um sistema de senhas resumido em um aparelho do tamanho de um punho. O primeiro gole do borbulhante para a primeira aposta.

 - Falaram que hoje foram tomar café... - disse um.
 - Grandes coisas... Todo mundo toma café. - disse outro.
 - Não assim, juntos.
 - Ué, tem diferença?
 - Claro que sim...! - o um exclamou olhando suas cartas.
 - Foi o quê?
 - Café com leite, duplo.
 - Não faz diferença nenhuma
 - Quem pediu foi a outra.
 - Gentileza? Pessoas podem ser gentis também, não?
 - Vindo de você, não duvido.

18 agosto 2017

[conto] conversações no meio da noite


Título: conversações no meio da noite (por BRMorgan)
Cenário: Original/Cotidiano.
Classificação: PG-13.
Tamanho: 1.118 palavras.
Status: Incompleta.
Personagens:
Resumo:

O mesmo horário na madrugada, mesmo toque. Mesmo gesto mecânico de quem atende no involuntário. Mesmo silêncio do outro lado da linha. Mesmo arfar.
Desliga.
Nos dias em que esquecia de colocar o celular no silencioso, acontecia a rotina da está ligação, número privado, sem ID, o silêncio, a mínima troca de palavras.

- Alô? Quem é?

O clique de desliga, o sono interrompido. Não sabia porque acordava mesmo assim. Força de hábito.
Em uma noite realmente estressante, mente ocupada com milhares de ideias e nenhuma das mãos hábeis para realizar o difícil esmero de escrever. O celular vibrou insistentemente em intervalos pausados. Esperou.

Talvez o outro lado desistisse dessa besteira.

Mais algumas tentativas, o raso lago onde sua paciência nadava, a quentura subindo pelas orelhas, as mãos trêmulas ao pegar o celular e atender de supetão:

- Hey, quer parar de ligar que tou no meio de uma coisa aqui? - O mesmo arfar, a impressão pegajosa que poderia estar travando diálogo com desconhecido pervertido. Logo a ideia subiu, assim como sua raiva pela tecnologia maldita: - Já que cê tá aí: Onde é que escondo o cadáver? Não cabe no meu porta-malas, sabe?

O silêncio que reinou beirou ao desesperador. Talvez alguém tenha se assustado no decorrer dos 3 segundos. Uma voz conhecida em tom baixo e apavorado deu o mistério por completo.

- E-eu só queria saber se você estava dormindo direito...?

Toda a vergonha do mundo trancou sua garganta, não não não não podia ser!! Todo mundo menos essa pessoa!! Não era justo, universo!! Tanta gente pra ligar e justamente...

- Eeeeeeentão, eu tava brincando, hehehehehehehe é que recebo ligação chata todas as noites a essa hora... Aí... 
- D-desculpa, era eu... Você disse que estava com problemas pra dormir e... 
- Falei isso no começo do semestre... 
- Eu sei! E... E não tá dormindo! 
- Porque você tá me ligando! É você mesmo me ligando? 
- Por que você esconderia um cadáver em um porta-malas? 
- Eu nem tenho carro! 
- Mas é horroroso falar assim, ainda mais no telefone! E se eu fosse policial? 
- Bem, com certeza estaria metendo pé na minha porta agora, mas não vem ao caso! Por que tá me ligando a essa hora? 
- Porque... Porque... Porque... - silêncio novamente, estava se acostumando com essa dinâmica de conversa. - Você tá conseguindo fazer suas coisas? Não caiu no sono em... 
- Não, não, tá tranquilo agora... Aliás, obrigada pela dica do exercício. Dá um up quando vejo que... 
- E-eu vou desligar, você deveria estar dormindo e vou parar de ligar, então... 
- Então era você ligando?! 
- Por que falar sobre um cadáver no porta-malas?! 
- Você não me deu outra opção! Queria que eu falasse o quê?! Que terminei o serviço, só falta limpar a cena do crime? 
- Não fala essas coisas... 
- Que tenho que esperar o cimento secar? 
- Oi?! Cimento? 
- Cê nunca viu filme de mafioso não? Sapatos de cimento? 
- Isso é tão anos 30...
- Ooooooh mas era legal os esquemas, viu? Nem gastava muito e... 
- Vamos combinar uma coisa? 
- Depende, você vai parar de ligar no meio da noite pra saber se eu tou dormindo? 
- Tá, não foi a melhor ideia que tive esses dias... 
- 17 dias pra ser exato. 
- Aaaaaaaaaaw você contou os dias...? 
- Tá me zoando?! Você me acordou por 17 dias seguidos! Me acordou de um ótimo sono! 
- Então não ligo mais... Bom saber que você tá dormindo e permanecendo na cama. 
- Tou altamente confusa agora... 
- Com o quê?! 
- Primeiro você me liga pra me acordar pra saber se eu tou dormindo, me zoa por conta de eu ter contado os dias e agora... 
- Eu só sinto falta de ouvir sua voz, é isso. 
- Oh! 
- É... - O silêncio esmagador vai mastigando todas as arestas entre um arfar e outro. 
- Cê tava chorando quando me ligava? 
-... talvez? 
- Porque parecia outra coisa. 
- Como você é perver... 
- Olá?! Não sou eu ligando com número privado de madrugada pra... 
- Como tá suas notas? 
- Razoavelmente desesperadoras. Nada que eu não consiga dar um jeito... 
- Então, queria falar isso contigo... 
- Cê vai mesmo entrar nessa conversa a essa hora da manhã? 
- A gente tá acordada mesmo... 


Deixou seu corpo cair no colchão mole da cama improvisada e enterrar o rosto no travesseiro, grunhiu por conta da situação maluca em que se encontrava. 

- São quantas horas aí? 
- É cedo... 
- Tipo, cedo, cedo o quê? 
- Acabou de dar o sinal pro primeiro intervalo aqui... 
- Oh trem bão. Tá gostando daí? 
- É... Mais ou menos... 
- Mais pra mais ou menas pro menas hahahahahahaha 
- Muito engraçado, muito mesmo... 
- Vandalizar a gramática, é nóis... 
- Você acabou de me lembrar o porquê eu não estar mais contigo... 
- É por conta do meu fascinante modo de assassinar a língua materna? Adoro o perigo, mooooona... 

A troca de risadas deixou o clima menos árido, as gargalhadas faziam parte da rotina entre as duas, não mais.
- Então cê tá com saudades de mim. 
- Não, não estou. 
- Essa não é uma pergunta retórica, é constatação. 
- Terei que discordar de... 
- Sabe quantas horas são aqui? 3:27. Quem liga pra alguém a essa hora se não for pra dizer que tá com saudades? 
- Ou que matou alguém e não sabe onde esconder o cadáver...? 
- Na próxima invento algo assim bem mais macabro... 
- Vai ter próxima? 
- Se você quiser... Tem. - mordiscou o lábio inferior já machucado pela aflição das últimas provas. - Você quer? 
- Apenas não atenda mais o telefone dizendo que matou alguém, é horrível... 
- Eu lá tenho naipe de matar alguém? 
- Você quase me matou... 
- Tá, naquela vez foi acidental e eu não sabia que você tinha alergia a Dipirona! A culpa não foi minha... 
- Promete que vai estudar mais? 
- Tou fazendo o máximo que posso. Cê sabe como funciono...
- Tenta dormir mais cedo, coloca sachê de erva doce debaixo do travesseiro, ajuda... 
- Você segue os conselhos que dá? 
-... Não... 
- Viu? 
- Senão nem teria aceito essa bolsa pra cá e estaria aí contigo... 
- Okaaaaay, conversa indo para um lugar onde eu não sei ir... Podemos trocar de... 
- Só quero que você seja feliz, mais do que tudo... 
- Vou conseguir se você não me acordar toda madrugada ligando... 
- Você não ligava pra isso antes, quando estávamos... 
- É, é, situação diferente, tá? Cê gosta de mudar de... 

















14 agosto 2017

[Projeto Reverso] a última mensagem

Título: A última mensagem - parte 1/12. (por BRMorgado)
Cenário: Original - Projeto Reverso.
Classificação: 18 anos (violência, linguagem imprópria).
Tamanho: 841 palavras.
Status: Incompleta.
Resumo: A viajante acidental no tempo pensou que havia parado no presente, mas uma surpresa a aguarda na porta da geladeira.
N/A: Projeto novo na área, Reverso será uma compilação de 12 contos pequenos sobre uma mesma situação, ambientada em um mundo atemporal ao nosso com um grupo de pessoas tentando escapar de alguma catástrofe eminente, o básico de sempre, sabe? E viva os universos paralelos que os sonhos nos proporcionam! Sim, a ordem dos contos está toda embaralhada \o/

A ÚLTIMA MENSAGEM [1]MÁ REPUTAÇÃO [2] - SEM TÍTULO [3] - A GELADEIRA [4]
SEM TÍTULO [5] - SEM TÍTULO [6] - COMO ANDAR DE BICICLETA [7]
A CONTRABANDISTA [8] - SEM TÍTULO [9] - SEM TÍTULO [10]
SEM TÍTULO [11] - SEM TÍTULO [12]

Trilha sonora:



"Querida criaturinha que criei como se fosse da minha espécie, 

Quando você ler esse email será tarde demais. O armistício era uma grande mentira, o que nos prometeram jamais irá acontecer, não há lugar seguro para ninguém, nem mesmo para sua espécie tão cuidadosamente criada para sobreviver a qualquer situação de risco. 

Os cornudos estão mais do que certo em encher as nossas boas de drogas sintéticas, abrir nossos corpos, pesquisarem o quanto quiserem até desvendar todos nossos segredos. Acho que ainda não entenderam que somos os seres mais medíocres na cadeia alimentar, vermes e parasitas ganham da gente no requisito "servir para algo que preste". 

É por isso que estou aqui, nos meus últimos momentos lúcidos, antes da doença dos cornudos atingir meu cérebro de vez. Quero ter certeza que minha cria ficará longe de toda essa insanidade que se tornou as províncias. 

Entenda, cria, quando você nasceu, tão frágil dentro daquela jaula fedorenta, eu tive que perder um braço pra te tirar da selvageria dos seus. Sei o quanto te faltou alguém do teu tipo, do teu sangue para fazer companhia, tudo o que você teve a infância toda foi esse velho carrancudo aqui, com cheiro de repolho e roupa enxovalhada. Queria poder ter te dado mais, feito você conhecer mais dos seus, não feito você se misturar com os genuínos por medo deles te repudiarem. Alguém sempre irá, não duvide disso. 

Tudo que é meu deixo para ti, meus planos, minha parafernalia, meu trailer. Jogue os experimentos que fizemos fora, não quero que caiam em mãos má intencionadas. Esvazie as gaiolas de cobaias, incinerei parte dos meus papéis e livros. Há apenas esse cel-smart contendo essa mensagem e um espaço suficiente para você preencher com o que quiser. Há uma pasta que fiz para você, são nossas fotos, aquelas que tiramos nas feiras itinerantes nas fronteiras, recordações bobas você irá resmungar, mas uma coisa é certa: aquela foto no stand dos Patriotas foi e sempre a minha favorita. 

Você é especial, melhor que eles, a criaturinha mais perfeita que tive a audácia de manejar e criar conforme a lei da fraternidade. E não se preocupe, eles jamais saberão de você se assim quiser, és o meu trabalho magnífico de anos, te ensinei tudo que precisava para não confiar nesses putos. 

Já estou velho demais para ser piegas e pedir desculpas pelo que estou fazendo, mas não quero deixar a incumbência de sacrificar o bode infectado para mais uma memória ruim para sua cabeça. E sua mente é o seu maior trunfo nesse mundinho de merda que os antigos construíram. Você é mais do que eles, nunca duvide disso.

Lembre-se que para cada desejo do coração, nasce um ideal a se fermentar aos poucos, a cada ideal crescido, há a responsabilidade de ecoar sua vontade, e que sua vontade seja feita sem atrapalhar o Fluxo, os Nós e a Teia. Outros como você saberão de seu nome, seu poder, sua luta, és cria de minhas entranhas ciberespaciais, em teu corpo perfeito corre o óleo que bombeava meu coração, os seus olhos veem a luz e a escuridão, não há nada que o Sol e a Lua esconda de tua presença, os verdadeiros milagres acontecem quando o Equilíbrio é atingido. 

Não confie essa vida a ninguém, a não ser quem viu a face do Ceifador nas areias infinitas. Você nasceu no cativeiro, mas não teve dono algum. Você é livre como uma folha ao vento. Que a sua vontade seja feita e transforme esse mundo. 

Mantenha o senso de direção sempre aguçado, que prevaleça o orgulho de seus ancestrais, fique bem longe daqueles com a marca da rosa negra no ombro, quando for sua hora (e certamente ela chegará um dia) estarei aqui, no calço junto ao Barqueiro a te esperar de braços abertos para um novo início. 

Sinceramente, 

Adrian. 

Ps: lembra quando eu disse que a minha maior invenção estava escondida em um lugar onde eu nem conseguia mais saber? Pois então: a curiosidade matou o gato. Não seja esse maldito gato.

===

O trailer estava deplorável com os restos de fluidos cerebrais, sangue e tufos de cabelo grisalhos. A parafernalia já havia sido saqueada horas atrás, os experimentos quebrados e espalhados junto com os dejetos do cadáver de seu dono. Antigo dono, quase pai, chato pra caralho, mas fazer o quê? 

Ali estava sua herança: uma bagunça dos infernos para limpar e tocar a vida pra frente. Não era assim? 

Passou pela porta do trailer e fazendo o reconhecimento do que poderia levar ou não, pegou tudo que era seu, enrolou firmemente na rede que usava de cama quando estava muito frio lá fora, deu pulos no assoalho de madeira e metal para não macular o túmulo do velho que a criara desde sempre, antes de sair daquele veículo maldito viu de relance uma alavanca que nunca estivera ali, perto da pia da cozinha. 

Sem pensar duas vezes, puxou a alavanca com toda força até ela ficar rente a parede. 
Viajar no tempo era como andar de bicicleta.

29 maio 2017

[Projeto Reverso] a geladeira

Título: A geladeira - parte 4/12. (por BRMorgado)
Cenário: Original - Projeto Reverso.
Classificação: 18 anos (violência, linguagem imprópria).
Tamanho945 palavras.
Status: Incompleta.
Resumo: A viajante acidental no tempo pensou que havia parado no presente, mas uma surpresa a aguarda na porta da geladeira.
N/A: Projeto novo na área, Reverso será uma compilação de 12 contos pequenos sobre uma mesma situação, ambientada em um mundo atemporal ao nosso com um grupo de pessoas tentando escapar de alguma catástrofe eminente, o básico de sempre, sabe? E viva os universos paralelos que os sonhos nos proporcionam! Sim, a ordem dos contos está toda embaralhada \o/

SEM TÍTULO [1] - MÁ REPUTAÇÃO [2] - SEM TÍTULO [3] - A GELADEIRA [4]
SEM TÍTULO [5] - SEM TÍTULO [6] - COMO ANDAR DE BICICLETA [7]
A CONTRABANDISTA [8] - SEM TÍTULO [9] - SEM TÍTULO [10]
SEM TÍTULO [11] - SEM TÍTULO [12]

Trilha sonora:





Abriu a geladeira com os olhos pesados, observando a quantidade de água armazenada e o pouco de comida a ser degustada. Estava com sede mesmo, abriu uma das garrafas e sorveu metade em uma golada só. A solidão iria acabar logo, logo. Se estava mesmo na linha temporal que os cálculos do maldito fizera anos atrás, estaria agora no presente que era seu.

Dá última vez que beberá água de verdade, sem ser feita em laboratório ou colhida da chuva radioativa, filtrada tantas vezes que ainda tinha perigo de estar contaminada, fora algumas horas atrás. Diziam que água não tinha gosto, mentira, aquilo sim tinha gosto de vida. Pura e incessante vida. 

Fechou a geladeira, percebeu que haviam consertado a porta (da última vez que estivera ali, tinha que subir um pouco a porta para encaixar no buraco feito improvisadamente para fechar com a corrente e o cadeado) e girou nos calcanhares para o balcão da cozinha improvisada.

[Projeto Reverso] a contrabandista

Título: A contrabandista - parte 8/12. (por BRMorgado)
Cenário: Original - Projeto Reverso.
Classificação: 18 anos (violência, linguagem imprópria).
Tamanho861 palavras.
Status: Incompleta.
Resumo: (sem resumo).
N/A: Projeto novo na área, Reverso será uma compilação de 12 contos pequenos sobre uma mesma situação, ambientada em um mundo atemporal ao nosso com um grupo de pessoas tentando escapar de alguma catástrofe eminente, o básico de sempre, sabe? E viva os universos paralelos que os sonhos nos proporcionam! Sim, a ordem dos contos está toda embaralhada \o/

SEM TÍTULO [1] - MÁ REPUTAÇÃO [2] - SEM TÍTULO [3] - A GELADEIRA [4]
SEM TÍTULO [5] - SEM TÍTULO [6] - COMO ANDAR DE BICICLETA [7]
A CONTRABANDISTA [8] - SEM TÍTULO [9] - SEM TÍTULO [10]
SEM TÍTULO [11] - SEM TÍTULO [12]

Trilha sonora:


Coçou entre os seios com certo prazer. Havia essa cicatriz chata que a incomodava, mas quando coçava do jeitinho certo, tudo ficava incrível. Os mercenários das fronteiras gostavam de se vangloriar de seus feitos mostrando as cicatrizes de batalhas, nem lembrava como ganhou aquela. Nascera daquele jeito pelo que sabia. 


Se espreguiçou para espantar a letargia da manhã, tinha que voltar a rotina com o velhote Adrian pra conseguir sintetizar uma bactéria modificada pra matar as algas venenosas que cresceram na única fonte subterrânea de água que tinham por ali (constantemente filtrada, tratada, reutilizada, testada). Aquele trabalho intelectual não era lá mil e uma maravilhas. Não tinha educação suficiente pra saber resolver as equações quilométricas do velho louco, mas sabia bem como testar os efeitos dos experimentos. Quando o velhote precisava de uma cobaia, ia mais que feliz até a colônia dos cornudos, passava horas na espreita e caçava um deles que desse mole. 

Alienígenas eram descartáveis para ela, assim como tratavam os humanos na segunda invasão. 

20 maio 2017

[contos] exaustividade

Título: exaustividade (por BRMorgan)
Cenário: Original/Cotidiano, Nova Orleans.
Classificação: PG-13.
Tamanho: 1.350 palavras.
Status: Incompleta.
Personagens: Joanne Ulhoa.
Resumo: Sem resumo. (editando um rascunho velho aqui, a ideia veio no busão, tou botando tudo na fila...)
Disclaimer: Mais sobre Forgiven Jojo Ulhoa tá aqui nesses links [x] [x] [x] [x]

Abriu a geladeira. 
Abriu novamente. 
Mais outra vez para ter certeza. 
Gelatina, mingau no pote, a janta de horas atrás, um suco de caixinha pela metade. 
Atacou o suco e o purê da janta. 
Não botou no micro-ondas, recolheu um talher na gaveta, lavou o objeto 3 vezes (pra ter certeza mesmo que estava limpo), enxugou com folha de papel, não o pano de prato imaculado ali perto. 
Enfiou o garfo devagar na pasta fria. 
Mastigou sem emoção alguma. 
Engoliu. Repetiu o processo. 

No sofá a figura encolhida de uma criança com grossas cobertas em volta do corpo, cabelos escapando por um buraco onde também saía um braço. Ao alcance da mãozinha, um gato igualmente ferrado no sono estava ali de prontidão, apenas esperando um movimento da mão para receber carinho da dona.

Piscou algumas vezes. 
Hoje era quarta-feira. Pelo que o relógio dizia era um começo de quarta que não gostaria de ter começado. 


03 maio 2017

[conto] conto agridoce

Título: conto agridoce (por BRMorgan)
Cenário:  Original/Cotidiano, Nova Orleans.
Classificação: PG-13.
Tamanho: 708 palavras.
Status: Completa.
Personagens: Joanne Ulhoa.
Resumo: Jojo e suas reminiscências sobre a vida cotidiana sem a pessoa especial.
Disclaimer: Mais sobre Forgiven Jojo Ulhoa tá aqui nesses links [x] [x] [x] [x] - A inspiração pro conto veio com a minha música favorita do Pato Fu, aquela música que não devo me atrever mais a tocar em violão algum D:


Acordou cedo, de uma noite sem sal. 
Pouco atendimento no seu plantão, o que significava que teria que subir para cuidar dos vivos. 
Tédio mortal, com a ironia de mãos dadas. 

Na salinha de máquinas de café, automaticamente esperou o seu ferver os dígitos já comidos por produtos químicos e intensa higiene pessoal. Engoliu sem açúcar mesmo, encarar a velha enfermeira da noite, ouvir o sermão do chefe de plantão, escapar os ouvidos das fofocas dos residentes do ano. 

Enquanto eles achavam que a vida universitária era o milagre mais incrível do mundo, Joannes Ulhoa se escolhia em seu lugar. A vozinha dentro de sua mente, travestida de intuição, sabedoria ou bom senso pediu pelo amor de todos os santos em que ela se recusava a rezar antes de dormir com o rosário deixado pra trás pela mãe falecida que não tocassem no nome de certa pessoa. 

Não era necessário citar aquele nome, até porque qual é a razão de lembrar que tal pessoa existia se ela evitava de mostrar que estava ali.

 - E a Claire está saindo com um bonitão da pós, você soube? Um partidão! - risinhos, eufemismos sobre o sortudo com muitos adjetivos no aumentativo, um olhar curioso para aquela ali, encostada na parede, bebericando café amargo, sentindo o gosto azedo de uma vida quase doce e amarga no final. 

Algum outro comentário sobre como o casal parecia feliz e foram em uma festa chique. Mais risinhos, uma chamada de atenção.
 - Você não sabia doutora? Ela não era sua melhor amiga? 

Melhor amiga. Amiga. Melhor. Claire de la Fontaine era qualquer coisa agora do que melhor. 
Ou amiga. 
Ou os dois juntos. 

Nem quando se entendiam ocasionalmente poderia reconhecer Claire como melhor amiga sua. Melhores amigos são confidentes, confiam um no outro, estão presentes na vida do outro, escutam, aconselham, são... Bem... Amigos. 

Não respondeu a pergunta, saiu sem alarde, sabia que já estava tarde, mesmo não tendo pressa nada a esperar. 
Melhor amiga
Alguém que passara cerca de 3 anos da especialização grudada a você apenas para coletar dados sobre a própria pesquisa e depois publicar sobre isso sem sentir uma pontinha de remorso seria o exemplo de melhor amiga? 
Afinal de contas, de todas as noites juntas, os plantões, as discussões, as confissões, os surtos, as lágrimas, valiam como amizade? 

 E se alguém perguntasse, diria que foi embora e que o mundo poderia se acabar (mas já havia acabado cerca de 4 meses, 12 dias e dois plantões de 12 por 36.), pois tudo mais que existia só a fazia lembrar que o triste estava em todo lugar. 

Será que era algum truque novo que seu cérebro doutorado em autosabotagem planejava arduamente nos últimos meses sem a única pessoa com quem dividiu mais que metade de seu tempo ali? (Aliás, cérebro esse que tanto gostava de se torturar, por que às vezes se fazia de ruim? Tentando a convencer que não merecia viver, que não prestava?)

Lavou a mão duas vezes, três vezes, mais outra vez para garantir. 
O café ainda amargo no fundo da garganta dolorida, saiu sem despedida, ninguém notou, saindo da vida tão espetacular das pessoas ao seu redor. 
Prontuários de vivos. 
Tédio mortal. 
Café amargo, por que não conservara uma amizade saudável com Claire? 
 (Pois tudo mais que existe só faz lembrar que o triste está em todo lugar) 

Não tinha pressa, nada a esperar. 
Ao sair dali iria seguir o mesmo caminho agridoce, a mesma quantidade de pães, um outro café para tirar o gosto do antigo. Nenhuma novidade no caminho da rotina profissional e a ruína emocional. 

Choraria somente quando trancasse a porta com os dois trincos, duas viradas e checar o batente estava protegendo a corrente de ar frio do corredor. 

Caminharia pelas ruas da cidadezinha, observaria o por do sol descendo no mesmo velho mar. 
Gole amargo de café doce, comprimido azul da tarja preta, comprimido amarelo do tarja vermelha, um a mais para assegurar que o efeito de um a fizesse botar tudo pra fora. Checar as embalagens dos comprimidos, uma, duas, três vezes, até se acostumar com a ideia de que os remédios a mantenham viva e lúcida.

Nenhuma novidade. 
As ruas da cidade. 
O mesmo belo e velho mar.

[contos] menina das estantes

Título: menina da estante (por BRMorgan)
Cenário:  Original/Cotidiano.
Classificação: PG-13.
Tamanho: 352 palavras.
Status: Completa.

Percebo tímida no trato
Curiosa no olhar
Observa cada milímetro de poeira
Pregada na lombada do livro mais velho
No cheirinho novo do papel não usado
Livros são seu carinho diário
Provavelmente seu conforto

Material de estudos nas mãos
Lápis meio comido na ponta
Borracha riscada de tentativas
No fundo do estojo giz de cera
Lápis de cores incertas
Tem mais roxo que verde ou
Vermelho e um preto que confunde com lápis de verdade
Apaga apaga apaga com vontade
Outro problema do livro bendito
Cartilha de bons modos, impresso especialmente
Pra não dar voz aos seus

Apaga apaga apaga
Borra de borracha espalhando na mesa cheia de coisinhas
Tantos livros como aquele
Um caderno estufado de tanta escrivinhança
O apagar da borracha faz com que o papel engrosse
Página testemunha de um erro ínfimo do problema do bendito livro
Ou confundiu o lápis de cor com lápis de novo

Entre as estantes, caminha, observando atenta
Quem vem e quem vai
Livro qualquer na mão mesmo que não tenha idade pra tanta letra
Entre uma prateleira e outra descobre
Uma pequena miragem do que é ser gente grande 
Apaga apaga apaga no caderno estufado
Nervosismo
O problema não é tão fácil assim

Vem ao balcão, tímida no trato, curiosa no olhar
Pede atenção, uma ajudinha,
Não liga pra minha letra não
Não olha meus desenho não
Não percebe nas páginas fofas de tanto esfrega borracha não
Nunca acerto de primeira
Nunca resolvo de primeira
Nunca consigo saber o que é coisa com coisa
O que você faz tanto lendo número nos livros?
Posso ajudar?

E o exercício esquecido com meia página já rabiscada de cálculos que são tão esquecidos quando se cresce
Na biblioteca ela vem todo dia estudar
Pra estudar a gente e mais gente
Observar cada milímetro de poeira, de grafite, de clipe solto, de bilhetinhos de lembretes, de canetas sem tampa, aqui ela fica
Percebo tímida no trato
Curiosa no olhar
Observa cada milímetro de poeira
Pregada na lombada do livro mais velho
No cheirinho novo do papel não usado
Livros são seu carinho diário
Provavelmente seu único conforto

28 abril 2017

[conto] a garota da gravidade

Título: a garota da gravidade (por BRMorgan)
Cenário: Original/Cotidiano, Nova Orleans.
Classificação: 16 anos (distorção de convenções morais, confusão mental, uso de drogas lícitas).
Tamanho: 1.301 palavras.
Status: Completo.
Personagens: Joanne Ulhoa, Melinda Bretzer, Molly Bretzer
Resumo: Quando se troca os medicamentos, há sempre as consequências. Jojo sofre de um tipo de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e tenta conviver com isso da forma mais sadia possível.
Disclaimer: Mais sobre Forgiven Jojo Ulhoa tá aqui nesses links [x] [x] [x] [x] - A inspiração pro conto veio com a minha música favorita do Scalene (abaixo, com letras!) e foi um desafio que me dei ao escrever o esqueleto do enredo antes da música acabar :)


Jojo era bem controlada na maior parte do tempo.
Tempo
Tempo
Tem-
Quando tinha tempo, passava mais tempo pesquisando os efeitos colaterais daquele histamínico que todo mundo tava falando bem. Experimentou um deles com os remédios atuais.

Só pulou o tarja preta.
Não era bom arriscar com a tarja preta.
Tarja preta
Tarja vermelha
Tarja preta
Vermelha
Pre-

Começou o dia assim.
Desligou a luz do banheiro, foi para a sala.
Pílula das 6h com o intervalo da pílula de 6h25.
Os passarinhos lá fora estavam bem animados para aquele dia tão normal.
Sem problemas
Sem ataques de pânico
Sem achar que alguém iria aparecer do nada a acusando de cada detalhe esquecido por ela enquanto estavam juntas
Sem cismar com a limpeza excessiva
Sem rasgar a própria pele por esfregar demais ao se lavar
Sem problemas

Desligou a luz da sala, ligou a do banheiro.
Abriu o armarinho do banheiro e cuidadosamente escovou os dentes carinhosamente com sua escova de dentes especial, cerdas macias e creme dental eficaz.
Tudo seria sem problemas hoje.
Seu reflexo no espelho mostrou um cenho neutro, como sempre, sem o sorriso excessivo de sempre, sem os músculos doendo no pescoço
Sem problemas
Como sempre
Sempre
S-sem-

Desligou a luz do banheiro, ligou a da sala.
Tomou o de 06h45 e anotou religiosamente em sua tabelinha perto do armário de remédios na cozinha.
Menos um dia do tarja preta, mais um dia do tarja vermelha.
Organizar por ordem de hora e de cor.
Tarja preta
Tarja preta
Tarja Ver-
Vermelha
Tarja vermelha!

Desligou a luz da sala, ligou a do banheiro.
Lavou as mãos novamente.
Com menos força, mais concentração
Os cantos das unhas, passar álcool naquele arranhão de ontem, não esfregar tanto pra não arranhar mais, se machucar mais, não, não, não pode mais aparecer assim no hospital. O que diriam? Que estava precisando de férias? Que não estava bem? Que os remédios não funcionavam de novo? O que diriam? O que diriam?

Os passarinhos lá fora, nesse astral em que viviam bem, ainda felizes com um dia desses, um belo dia, um ótimo dia, seria um ótimo dia, tinha que ser um bom dia 
Um bom Dia
Um bom Dia
Um bom Di-

Óbvio que o efeito não foi o esperado, sentiu o corpo mais letárgico que o normal, a gravidade a chamando devagar, desligando a chave que mantinha sua lucidez, uma felicidade esquisita se alojar em suas entranhas, uma nova sensação que os outros remédios não davam.

Era natural ficar assim tão feliz?
As pessoas normais eram assim?
O tempo todo?
Não sabia
Não sabia
Não sabia
Não sab-

 - Não tô bem... - disse para si mesma, mas quem respondeu foi seu colega de trabalho perguntando sobre o próximo paciente.

Uma típica segunda pós-feriado, homem jovem, branco, classe média alta, lacerações nas mãos, torso estourado, pescoço quebrado em ângulo errado, estilhaços salpicando um rosto sem mais estrutura óssea que lembrava um ser humano, cheiro forte de bebida, asfalto e decomposição. Pra um dia desses, seria um dia bom, um dia bom, tinha que ser um dia ótimo.

Viraram pra ela no plantão das 4h
 - Oh doutora, eu não tô bem... Faz um favor me deixa zen.

Não era psiquiatra, muito menos clínica.
Assistente de médico legista.
O bendito nem ficava na cidade e só passava uma vez por mês pra assinar óbito.
O resto? Era ela.
Ela e a equipe.
E o zelador.
Senhor bacana.
Bem bacana.
Limpava bem os cantos e a maca e a pia de metal e sabia mexer na estufa, a estufa, não deixa a estufa parada muito tempo 
Tempo
Tempo
Temp-

O paciente já era outro, não deu tempo de responder o que pediu medicação.
Alguém deve ter tirado ele dali, só pode, quantas horas?
Qual hora?
 - Pronde foi o cara do acidente?
 - Você liberou hoje cedo, Ulhoa...
 - Mas... Eu nem vi o tempo passar!
 - Hey, Jojo! Como vai?
 - Eu? Pois eu vou bem! - pra onde foi seu tempo? Pra onde foi o cara acidentado? Quem era que estava pedindo remédio pra ficar zen? Havia alguém pedindo remédio mesmo?

Tarja preta das 06h
Tarja vermelha das 06h25
O remédio novo (tarja preta) às 06h40
O sem tarja das 06h45
Ou era o novo a essa hora e o sem tarja...

Desligou a luz da área de trabalho com os "pacientes", maca grande, ocupante de tamanho pequeno, que seja desmembramento, não violência infantil, que seja acerto de contas dos traficantes, não atentado ao pudor contra menor, que seja...

Desligou a luz do corredor, ligou a do banheiro.
Repetiu as doses do começo da noite para garantir, sem problemas, sem problemas, nada iria atrapalhar aquele dia, esse dia, não esse dia.

Ligaram a luz do cubículo.
 - Jojo, levanta. O intervalo acabou faz 15 minutos atrás, você pediu pra eu te avisar quando a paciente das 4h chegasse?
 - Que paciente...? - a gravidade novamente a desligou do mundo ao redor.

Segunda vez só aquela semana. (Semana?! Quanto tempo estava tomando o novo remédio? Era ainda o novo?)
 - Por favor minha querida não inventa de se medicar, a paz que procura não é química. - disse alguém um tempo atrás ou foi semana passada?
Quanto tempo perdera naquele consultório novo mesmo?
Por que foi lá mesmo?
Será que foi o tal do tarja preta que a deixou tão calma assim?
Tão feliz?
Tão...

 - Eu não sei... Não tou bem... - respondeu a uma pergunta qualquer. Quem segurava sua mão grudenta de doce derretido pelo calor insuportável na cidadezinha era uma criança.
Menos de 6 anos, olhos vivazes, joelhos ralados, pé direito que não parava de se mexer pra cima
Pra baixo
Pra cima
Pra baixo
Rápido
Rápido
 - Rápido! Toca no verde! Sorte hoje ou amanhã?
 - Oi? - a calmaria de sempre (Sempre? Não era semana passada? Pronde foi seu tempo?!)
 - Vamos Molly... Deixa a doutora lavar as mãos e aí vamos para casa.
 - Oi?
 - Vamos pra casa, não? Hoje é dia do filme?
 - Eu não sei...
 - Jojo, você tá bem?
 - É natural se sentir assim?
 - Assim como?
 - Tão feliz...? Consigo ver beleza em nós... - a pessoa a beijou na testa, a menina abraçou sua perna, fazendo um barulho de balão furado com a boca.
Sem problemas
Sem neuras
Sem ataques de pânico
Sem medo de ir ao café para pegar algo pra comer e ver alguém conhecido
Sem medos

Desligou a luz da sala, foi até o sofá e se aninhou entre duas pessoas que a lembravam que logo a lucidez a desligaria mais uma vez, a gravidade que a puxava na órbita dessa família incomum era a chave para se encontrar novamente
Novamente
Novamente
Nova
Mente
Ment-

Abriu os olhos na manhã seguinte.
Sem luzes para apagar ou acender.
Apenas.
Sua respiração, seu batimento cardíaco, o ronco da barriga, o ressonar da criança tão agitada no filme agora dormindo o sono dos anjos (seja lá o que o padre quis dizer com isso).
Respirar devagar
Não acordar o anjo fragilizado
Por uma bronquite asmática 
Dente trincado
Maxilar em formação
Bruxismo
Trincado
Trincando
Mordida errada
Ressonar baixo
E trincado
Baixo
Silvo
Um ronco

O remédio das 06h
O tarja preta das 06h25...?
 - Antes que você acorde a criaturinha, são 9h10. Você dormiu como pedra. - a voz que a acalmava avisou ao pé do ouvido.
Dividindo a mesma cama
O mesmo lençol
O mesmo cobertor
O mesmo ar
O mesmo espaço entre o tarja preta e o vermelha, o antiácido, o histamínico, rotina
 - É natural ficar assim?
 - Assim como? - respirou
 - Tão feliz?
 - Eu não sei...

Será que foi o tal do tarja preta que a deixou tão bem assim?!