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20 março 2024

mademoiselle sidonia - a governanta franco-canadense com atitude suspeita

 

Ficha de Mademoiselle Sidonia em Masks of Nyarlathotep RPG

Mademoiselle Sidonia surgiu lá em 2017/2018, quando eu começava a escrever Seguir a Corrente e precisava de uma figura materna para a coitada da Isobel. Como eu não gosto de deixar mis personagens protagonistas terem uma vida familiar fácil (ahem...), decidi que essa figura materna seria a governanta.

Uma governanta, franco-canadense, de beleza e sex appeal bem nutridos, uma atitude obviamente dominante e inspirada em uma dominatrix estadunidense de mesmo nome. Mademoiselle Sidonia foi se moldando a personalidade da tímida, introvertida e perturbada psicologicamente Isobel Atwood Wayland por uma lavagem cerebral cultista, pois além de governanta, Sidonia controla praticamente tudo que a vidinha pacata e solitária de Isobel tinha na mansão do tio vagem-lesada Howie.

Ao decidir jogar com a Mademoiselle Sidonia tive que me livrar da timidez que tenho ao tratar de coisas mais... sugestivas, afinal, a mulher é bombshell e dominatrix, com todos os atributos para isso. Tive também que parar e deliberar melhor quem era essa mulherona na trama e como ela era na história que ando escrevendo há anos (Pelo jeito, vou terminar nunca).

Okay, governanta estrangeira de uma mansão no meio do pântano perto do Distrito de Arkhan, em que um tio solteirão ricaço, acadêmico, foi obrigado a abrigar a única parente que sobrou de sua família decadente (e azarada!). Seria uma mulher forte e de muito pulso firme, mandando e dominando toda a criadagem do local, comandando cada passo que o tio submisso dava (inclusive finanças) e sua atenção total na pequena menina que sobreviveu a um "acidente" trágico que vitimou seus pais em Nova Orleans.

Beleza, parece bem. Mas e se...? A mãe de Isobel era sua amante...?
MELHOR AINDA!

Tá amante, não, aquela amiga de loooooonga data que dividia os fetiches e as cobertas e a cama (começo de 1900 minha gente). Até aí tudo bem. Talvez a mãe sem nome e falecida de Isobel tenha sido a intermediadora de Sidonia ir trabalhar para o tio bobão. Talvez aquela culpa/vontade de ser a outra mãe da única filha de seu grande amor sáfico tenha sido o motivo dela ir se enfiar num brejo úmido, em uma mansão de pedra e tapeçaria cara,  paredes cheias de livros, objetos estranhos e heranças familiares. Talvez Sidonia tenha visto em Isobel uma forma de proteger o pouco que ela sabia que poderia desaparecer se não tivesse cuidado.

Então bora adicionar ação ao background: prostituta muito nova, saída do Canadá com muita ambição e artimanhas no decote avantajado. Analfabeta de escrita e leitura, mas ótima com as palavras quando necessário levar alguém para cama ou levar um belo spanking. Sabe contar dinheiro bem, sabe muito bem onde gastar a fortuna do tio bobão (na manutenção da mansão, e na educação formal da sua menininha tímida), conhece até demais os mistérios que assombram as ruas de Arkhan e a Miskatonic.

Mademoiselle Sidonia tem muito conhecimento sobre atividades ilícitas e nefastas das ruas. Grupos de gente esquisitas em busca de prazeres fáceis, rigorosos, disciplinados, mas também que comungam suas vidas e desejos à criaturas além da imaginação dos meros mortais. Em seus dias de profissional do sexo presenciou muita coisa horrenda e esquisita acontecendo entre quatro paredes (e se defendeu muito bem, aquele 50 em Garrote ali não é à toa), mas como caçadora de cultistas tem se dado muito bem em suas investigações solo e amadoras.

Entendam: a mãe falecida de Isobel morreu em um trágico "acidente" em que o barco à vapor que percorria o rio Mississipi foi literalmente despedaçado por "algo" que as autoridades disseram que foi um "redemoinho inesperado causado por resquícios de uma forte correnteza do Golfo do México após um furacão na costa". Todos no barco se afogaram, menos a menina Isobel, de 9 anos, que sobreviveu ao ser jogada às margens do lamacento rio, delirando sobre um "imenso emaranhado de fitas vermelhas translúcidas" rasgando corpos, madeira e metal até afundar o barco. Sidonia odiou levar a menina para um asilo psiquiátrico para trazer ela para o mundo dos lúcidos, Isobel não se lembra de sua estadia na instituição.

O trauma da menina fez Sidonia desconfiar das conexões que sua "amiga" estava tendo com um culto de um deus antigo cultuado na Polinésia Francesa (Rapa Iti), estranhamente um deus que escolhia meninas da mesma idade de Isobel para serem "abençoadas" pelos cultistas. Sidonia foi descobrir sobre o braço desse grupo tarde demais: Isobel já estava sendo influenciada por sua colega de quarto, Taima (Mahine Poema Tamaimiti), a sumo-sacerdotisa do culto e a prometida para o tal deus antigo de nome impronunciável (estou entre Abhoth e outra Antiga fêmea que vi o nome e esqueci, BUT!). A governanta fez de tudo para tirar sua quase-filha das garras do culto, mas não sem causar muito estrago antes. Sidonia matou Taima com um tiro na cabeça e deixou seu corpo apodrecer em algum túnel lodoso debaixo da Miskatonic. Já a pobre Isobel foi internada novamente em uma crise nervosa e sofrendo alucinações sonoras com a voz de Taima.

Decidida a caçar cada um que feriu sua menina, Mademoiselle não poupou recursos (financiados pelo tio bobão) e juntou aliados fortes para encontrar o culto ao deus esquecido e matá-los à sangue frio. Temos aqui um combo de assassina fria e cruel com uma cuidadora e empregada doméstica. Uau.

Da onde tirei o modelo de Mademoiselle Sidonia?
Victoria Smurfit, atriz irlandesa e conhecida por seu papel no seriado Once Upon a Time (Ela foi a Cruella Deville), e Lady Jayne Weatherby do seriado Dracula da NBC (que é uma porcaria, mas tem ela e a Katie McGrath fabulooooooosa como Lucy Westerna, deliiiiiiiicious!). Em Dracula ela é uma caçadora de vampiros da Ordem do Dragão, um culto esquisito e mal explicado na série, mas deu bem o tom de porradeira, mercenária, femme fatale que a Sidonia precisava.

E o decote.



Sempre estamos de olho no decote.