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02 junho 2013

Andarilhos e filhos do vento

Sacaneio com o pessoal que fui alimentada de pop-trash nos meus anos de adolescente, mas esse cara em especial me doutrinou (Essa é a palavra, doutrinar) a ver o mundo através dos olhos de um simples viajante, aquele andarilho na estrada, afastado do mundo tumultuado, avista o cotidiano e se inspira em pedaços para criar seu próprio mundo, sua Arte.

Andarilhos e músicos (irlandeses em sua maioria que encontro) têm esse poder de juntar os fragmentos da Realidade e colocá-los em forma de melodias e letras e vozes e rimas, sempre acreditei nisso, é algo que vai comigo para o túmulo que ninguém irá me tirar. Mas quando se percebe que o andarilho passou muito tempo longe dessa filosofia, tudo se perde, inclusive alguma estrelinha que tenha brilhado o tempo todo, mas que você não enxergava por conta da noite ser tão escura (Não, não costumam levar lanterna ou lamparinas nessa de andar a esmo pelo mundo).

Algumas pessoas entendem o porquê dos andarilhos serem assim, outros não tanto, mas acreditem, eles tentam o máximo possível em ver o mundo como um todo não como os pedacinhos pequenos que costumam vir. A Música é o único modo de se expressar o Universo em pedaços (a supercola universal às vezes não cola tudo), por isso estar munido de Música e um fio de prata no bolso é o melhor a se fazer em épocas como essa - sem estrada para andar, sem estrela para se orientar, sem tantos pedacinhos para se juntar, sem tantos ouvintes para apreciar sua música.

E essa música é a síntese de absolutamente tudo que acredito em minha vida. I still haven't found what I'm looking for, mas sei que tem uma estrelinha lá em cima para me guiar e me ensinar a brilhar (E no final tem essa de filha dos ventos com a faca para poder cortar certas coisas ruins que se amarram em nossos pés).

Uma ótima semana, pessoal e jamais deixem de crer na estrelinha lá em cima.

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