Irei falhar miseravelmente nas aulas de administração.
Por que?
Porque passo mais tempo observando a dinâmica de estudantes com a aula do que realmente prestando atenção no conteúdo.
(Não tem como desligar esse modo cientista-analítico, não tem! Não quando é tão peculiar!)
Eles têm diversas formas de expressar dominância uns sobre os outros, a vestimenta, as conversas altas, por que as meninas sentam na frente e os rapazes no fundão? Há a questão também de haver alunos mais novos que frequentemente confundem a sala de aula com pátio de escola.
Ainda tou tentando compreender como eles funcionam, como eles enxergam o mundo, mas tudo parece um pouco forçado pra mim. Há uma camada de aparência ali que não me é tão feliz em perceber, como se todos os olhos estivessem vigiando cada um, pronto para julgamento, repreensão e vaias.
Oh acontece bastante na sala: sons altos demais para alguém que esteja estudando entenda o porquê estar acontecendo aquilo.
Então quando o fessor levanta aquela bandeirinha tímida do materialismo histórico, começam a elevação de voz até culminar em algo inteligível que denota oposição a qualquer tipo de pensamento além da visão empresarial-comanda-os-pobres-peões. E essa visão que me é ainda uma incógnita.
Na verdade já estive em um lugar assim por um tempo há anos atrás e era uma sala cheia de doutorandos em aula ouvinte de pós-graduação. A batalha de egos era eminente a cada aula e diferenças ideológicas visíveis.
Assusta?
Muito.
Ainda mais quando teu emocional tá abalado e oscilando entre o vulnerável para o extremamente frio-calculista.
Eu deveria prestar mais atenção nas aulas, fixar a matéria, decorar os nomes.
Tá difícil de entender como eles funcionam.
(Peraê, eles funcionam?! Porque parece um mundo de sonhos pra esses camaradas...)
Tá difícil de entender como eles funcionam.
(Peraê, eles funcionam?! Porque parece um mundo de sonhos pra esses camaradas...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário