Então, não gosto quando mexem com personagens canônicos que fizeram parte da minha lista estimável de construtores de caráter (o meu) em minha adolescência regada a música pop-trash e vivendo numa roça.
Sherlock Holmes é um deles.
Tipo, podem mexer com todo mundo, menos com *ele*. Tanto que odiei a versão Robert Downey Jr. e tou relutante em assistir o seriado britânico pelo ator ser novinho demais para o incrível detetive de Sir Arthur Connan Doyle.
Ler Um Estudo em Vermelho foi o ponto alto da minha pesquisa literária na 7ª série e o grande detetive era uma figura tão próxima pra mim do que qualquer outra pessoa que vivi na época. Me aventurar na ficção tão realística de um velhaco aficionado em resolver crimes por prazer e não por senso de Justiça ou qualquer besteira moralista, me deixava impressionada.