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04 abril 2013

[conto] Trecho Final de Drumstorm

[Drumstorm foi um projeto que comecei em meados de 2009 e não vingou. A história era ambientada em um mundo paralelo ao nosso, como um mundo espelho (Onde tudo é ao contrário que deveria ser), e os protagonistas eram um grupo de jovens que enfrentavam o mundo medieval em que caíram, povoado de dragões, e coisas do tipo. Náh. Não deu certo!]

A pasta com suas letras de músicas, a mochila querendo cair pelo ombro direito, a irritante insistência do pé esquerdo doer enquanto caminhava rápido pela multidão de estudantes de Oxford. O final do 1° semestre era agitado e caótico, muitas salas e caminhos para decorar, muitos nomes e datas... A dor no pé acentuou-se ao sentar no fundo da sala de Literatura Anglo-Saxã, a mochila no chão, caderno na mesa e à procura da lapiseira dentro das suas coisas. Pela janela, os corredores pareciam lotados de gente escapando do frio do inverno, um inverno que para ela nada significava como os outros anos.

Sozinha em um mar de gente... 

[Projeto Feérico] Trecho nº 1 - Kittie/Kristevá

[trecho perdido do Projeto Feéricos. A personagem LabGirl Kittie foi engavetada para o melhor fluir do enredo, aqui nesse pedaço há um pouco de como ela silenciava as vozes que ouvia quando entrava em crise de realidade vs o Sonhar]

A cadeira era confortável, a coceira atrás da orelha não. As vozes iam e vinham em intervalos longos como um eco de algo que não estava ali, ou talvez estivesse. Ela apenas não conseguia mais saber o que era real ou não.
- ...Orgulhoso de você, segundo-tenente... Orgulhoso.
" - Pode me dizer o que aconteceu com a minha esposa?"
" - Quantas pessoas você atende aqui embaixo? É difícil assim?"
" - Você sabe que é especial, não pode ir lá fora ficar mostrando o que faz. Eles vão saber."
" - Eles nunca sabem."
" - Eles vão saber."
" - Quem sabe de coisa alguma. Mude, destrua, reconstrua, continue."
" - Você poderia ficar bem aqui. É melhor para todos."
" - É melhor para mim que nós não conversamos mais."
" - É melhor para o mundo se ninguém souber o que você faz."
" - Você não faz nada, menina!"
" - Quantas vezes tenho que dizer para fazer o que eu peço???"
" - Tenente, isso não é coisa que se faça..."