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19 novembro 2009

o meu trabalho

Entoooon eu voltei ao normal. E o normal me conforta. Assim de acordar cedo pacas e ir trabalhar e aguentar reclamação de mãe e tentar entender Parâmetros de Políticas Públicas que defendem o Direito dos Jovens Brasileiros.
Isso deveria me incluir, mas por que não sinto que estou inclusa?
Sei lá. Como nosso querido tio Midorin falaria, essas porcariadas são escritas por engravatados dentro de gabinetes e não vêem a realidade nas cidades em que aplicamos o Programa.
Qual Programa?

Projovem queridos. Eu cuido da burocracia na ONG onde trabalho, nada especial, na verdade eu faço tudo aquilo que ninguém se prestaria a fazer - tipo pegar fila em banco, pagar contas, tirar xerox, fazer folhas de pagamento, pegar vale-transporte, manter o computador funcionando e principalmente aguentar a minha mãe no meu ouvido.

Essa semana está tendo Capacitação dos envolvidos no Projeto até metade de dezembro e o espaço de conhecimento está sendo ótimo - PUC Betim, já sei de cor, fiquei lá 3 anos e meio de minah vida, lembra? - o pessoal é ótimo e os palestrantes estão dando conta de fazer a cabeça do povo abrir para novas possibilidades.

É um porre saber que a maioria das idéias irão morrer na praia, mas o pessoal com quem trabalho está fazendo o possível em regiões que são consideradas "caso perdido" aqui no vilarejo-brejo. Dá até esperança, dá até como que sorrir e dizer: "É alguém hoje vai repensar sua realidade e tentar construir uma nova.", mas mesmo assim dá um aperto no coração.
Srsly, se eu fosse professora, eu já teria me suicidado.
Não por causa da sensibilidade com os alunos, mas com os EPIC FAILS que eu iria enfrentar e esse tipo de exposição eu realmente não suporto de maneira nenhuma.
Há burocracia, há falta de interesse, há sem-vergonhice e o pior politicagem. Porque seeempre é politicagem. Voto pra próxima eleição. Dinheiro na mão de quem não faz p**** nenhuma. Não sou brasileira, logo já desisti faz tempo. O jeito é tentar se adaptar e esperar que esses jovens consigam algo aproximado de vida.

Sim, nesse caso eu sou pessimista. Pra mim os humanos são tão suscetíveis à mudanças quanto pedras aprenderem a voar. Elfos piores são ainda.

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