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26 dezembro 2015

Natal como em 1997

Voltar da casa da Entesposa após feriados sempre me deixa numa vibe meio "méh", felizmente nenhum bode veio amarrado na minha perna, pois o processo de encarar certas situações na vida familiar fazem parte do meu incrível plano de entender melhor as pessoas para me entender de vez.


Muita comida, muita risada, muito vazio. Não há mais o Hank, a varanda ocupada de coisas, muitas coisas, a chuva forte, os raios (dá um tempo Thor!), os trovôes, as mudanças de humor de todas, a paciência infinita. Aquele sentimento de não mais pertencer aquele núcleo me fez querer dar meia volta volver e correr para casa, mas na segunda hora alojada na casa da mãe, resolvi observar melhor o que estava acontecendo.

Já havia falado antes de como ela havia envelhecido nesse espaço de tempo em que não participo mais da rotina dela, como isso me deixava assustava, mas o que mais me impressionou foi o ver ela e minha irmã mais velha conviverem de um modo estranho que me pareceu familiar (???).

Foi como voltar ao ano de 1997, Betinópolis, vilarejo-brejeiro, calor dos caramba em cidadezinha do interior de Minas, só eu, mãe e irmã. Sem avós maternas, tios, progenitores que não faziam parte desse núcleo familiar que formamos durante anos. Por muito tempo, acho que desde que nasci, o trio sempre foi esse, na maior parte do tempo de minha vida eu só via minha irmã e minha mãe como participantes da rotina, ir à escola, voltar da escola, almoço, lanche da tarde, antes de dormir, sempre as duas ali. Não tenho muitas lembranças de estar perto de outras pessoas da família e isso meio que afetou minha recepção quanto à eles por muito tempo (Tios diziam que eu me escondia por horas quando eles visitavam, oh well...).

A presença de minha irmã e minha mãe na mesma mesa me amoleceu um bocado, como se 1997 não tivesse sido um dos piores anos para todo mundo ali naquela mesa, mas como voltar ao trio de uma forma diferente de olhar para as duas. A dinâmica entre inha irmã e mãe costuma ser na base do confronto direto com palavras ou piadinhas sarcásticas. O que pode ser facilmente resolvido com um: "Gente, calma, não precisa isso não...", acabou se tornando algo normal. Não porque eu estava ignorando o fato das duas trocarem farpas o tempo todo, mas porque eu não lembrava desse detalhe em 1997. Sinceramente antes de 1999 não lembro powha nenhuma da minha vida, apenas uns flashes ocasionais de coisas, mas nada muito assim concreto.

O jantar de Natal foi bem nisso, conversa paralela aqui e ali, a quantidade de passas, maçã na maionese e empadão de legumes, isso tudo para mim era suficiente, sinceramente se todas ali fossem surdas e mudas, esse momento especial de estar juntas novamente só nós três na mesa já teria sido mais que especial. E foi, de um jeito bem perturbado de perceber a briga eterna de dominância entre as duas.

Vendo especiais de Natal, mãe conversando com a vizinha gente boa que a ajudou com o Hank, minha irmã vira do nada e me diz que não sabe como lidar com isso. Isso o quê? eu pergunto e ela aponta o celular: era uma mensagem do progenitor desejando boas festas e dizendo o quanto a amava. Ele também mandou isso para mim minutos atrás e não me afetou nem um pouco. Tento compreender que certas ações das pessoas podem me ajudar a construir ou a me destruir, logo deixar alguém me afetar vem sendo difícil ultimamente. Digo que ela não precisa se preocupar mais com isso, ainda a afeta de alguma maneira? Ela diz que sim, que construiu o caráter dela e aí a minha bandeirinha vermelha de alerta. Estamos no mesmo barco, então.

Isso me fez ficar sem muito o que falar, apenas a cutuquei com o pé e disse que ela não tava sozinha nessa. Talvez seja isso que nossas vidas tenham se tornado: um belo festival de desconfiança quanto à relacionamentos, porque lá no fundo sabemos que vai dar errado. Algo. Qualquer coisa.

Saber isso de antemão ajuda bastante, mas atrapalha também.
Então me contentar com o que tenho me parece o mais lógico a fazer.
Quando eu tiver vontade de me ferrar bonito, tento de novo, não é?

E essa música é da Taylor Swift      ^____~
(E voltei a viagem com a letra dessa música na cabeça - "Clean" da Taylor Swift com a Imogen Heap do Frou-Frou - fez total sentido mesmo...)

25 setembro 2015

as skills dos vinte e nove

"Altas skillz, yo tengo!"

A dos 26 foi de beber tequila sem ter um piripaque. A dos 27 foi sobreviver a idade maldita do Rock, dos 28 foi parar com a moto na BR, agora essa dos 29 tou desconfiando que seja começar a ter aquela delícia de amnésia seletiva que nos acomete após alguns anos de afastamento voluntário.

Talvez esse don't give a feck about seja resgatado em uma viagem de busão de meu talan para a casa de minha mãe (menos de 40km). O caminho traz boas e más lembranças, mas não tão fortes quanto antes, já que os fragmentos estão se perdendo. Passar por lugares que foram emblemáticos e ficar pescando lá dentro do sótão de paredes elásticas o que raios aconteceu em tal dia está ficando cada vez mais difícil.

Se devo agradecer a idade ou a codeína, acho que vou pelos opióodes. Algum efeito colateral permanente deve ter causado depois da semana absurda de pesadelos e alucinações.

Fazer aquele exercício legal de colocar o que é intermediário para descarte ou permanente é importante para podermos nos mover, algo como aquela catarse necessária para se livrar da hýbris que carrega a muito tempo. Sinceramente tou cansada da minha ficar me mordiscando no traseiro e me mostrando o quanto sou falha (Yep, admito, registra em cartório aew...). Ao invés de entrar em estado de posição fetal pelo passado (que me condena pra cacete por assim dizer), estou processando melhor as burrices que fiz e deixei de fazer - porque tudo é uma questão de ponto de vista - a paranóia de cometer as besteiras voltam de vez em quando, mas são controláveis. 

A vida tem outras esfinges grandes pra se decifrar, elementar Édipo.

I mean, se a autoestima se encontra mais que enterrada com um caixão cheio de pregos, pode apostar que haverá uma sequelas boas pra aprender a lição de vez. Mas se estiver até felizinha, dá até para dizer a powha da sua consciência pesada que desta vez dá pra encarar a realidade sem surtar (por enquanto). 

Lembro desse episódio ao sair do busão no terminal central certa vez e ser obrigada a entrar no próximo, pois a crise de pânico (temporária, graças a Eru) me comandou a voltar imediatamente pra casa. O motivo? Até hoje tou em dúvida entre 2 coisas: encontrar quem não queria no meio do caminho, o de deixar a casa sozinha. 

Isso foi bem depois do assalto, mas muita coisa ficou no subconsciente buzinando, uma delas foi de que a minha capacidade de lidar com situações assim (de crise de pânico instantânea) é nula perto da minha imensa paciência cultivada com os anos.

Na verdade, acho que a impaciência decidiu dar oizinho do modo mais hardcore possível quando isso aconteceu, então se trancar os feelings faz mal pra saúde, quiançada, vocês só irão saber o quanto isso é ferrado de se lidar  quando estiverem no meio de um tanto de gente, se sentindo um vermezinho bem pequenininho e sua mente gostaria de repetir aquela sinapse do bode gritante:

Sim, 10 horas disso no looping é bastante divertido...

Lembrar disso dentro do ônibus não me fez quer repetir a experiência jamais, e os pulmões tomados por uma pressão absurda e o coração descer pra barriga e dar aquele alarme estranho de que a sua intuição - por mais falha que seja - está te obrigando a ceder ao medo, ao inevitável, aos instintos básicos de sobrevivência de fugir seja lá do que ou de quem. 

É interessante rever isso de um ângulo diferente, pois a última crise de pânico fudida que tive foi aliviada com um simples: "Pra quê isso agora? Vai mesmo se importar com o que dizem ou que deixam de dizer?" - detalhe que pra arrancar essa premissa acima foi necessário mutio autocontrole, é vivendo perigosamente com autoajuda, gente... Não tem como escapar do trabalho solo quando o bicho pega, é o bloco do eu e o tu sozinho.

A gente aprende com esses pequenos modos do corpo demonstrar que quando se vive 24/7 na ansiedade, alguma hora a coisa vai vazar. Então quando fico particularmente agitada e sem noção, recolho meus trapos, a minha insignificância e vou pro cantinho do castigo. As coisas tem sido melhores com a presença do Walter em casa, dá pra sentar com o senhorio e perguntar qual é a opinião dele sobre o assunto, sábio como ele é, um simples headbutt me mostra que o mundo aqui dentro pode desmoronar todos os dias aos poucos, mas tem um toquim de felino te lembrando que há esperança pra coisa toda ficar mais coloridinha, mais suportável, menos agitada.

Talvez se eu for uma boa menina consigo até um pouco de paz. 

Ou talvez não.

Postado via Blogaway

21 abril 2015

adendos do feriado

Sejemos onestos quiridus, Jozéfi Climber estáile.
A vida é uma caichinha de surprezas.
Às vezes é um quinderovo - com brinquedinho legau drento.
Às vezes é uma caicha vasia sem prástico bolha pra brincá.
Tem dias que tá bão, outros dias que tá pior.
Depende muito como varea a intensidade do sentir algumas coisas e ter amnésia quanto a outras.

E Tiradentes foi bode expiatório para os manés da Inconfidência. Quem pagou o pato maior foi ele por ser soldado raso e os "nobres" idealizadores do motim estavam a solta depois de terem pagosalguns milhares de réis para não serem acusados de "subversivos". Deu em powha nenhuma os esqueminha.

Ps: fandom de #Carmilla pirando na soda porque a série não ganhou nenhum prêmio no #ShortyAwards. É a v1d4 L0k4, manow.

Ps2: deixar o espírito de porco individualista de lado, vou postar o Projeto Feéricos no AO3, que se ferre direitos autorais, exclusividade e o sistema, quero é ter motivação pra escrever mais, gente lendo e construindo comigo esse cenário.

Ps3: a vida dá umas voltas tão engraçadas pra gente. Quando mal se percebe tá repetindo um padrão assinalado como perigoso para saúde emocional e não se senti culpada por isso.

Ps4: resolvi escutar Taylor Swift. Tá ouvível. Tá passável. Tá rebolável. Vou pros álbuns country dela. Maria Ev'Ângela Maricotinha da Silva Sauro se identifica e agradece por colocar mais pop-music na playlist *rebola rebola*


Ps5 e o mais importante: PENNY DREADFUL MÓDAFÓCA!!


31 janeiro 2015

[videos] living with a black dog - WHO

 Lembro de estar no scrolling infinito do Twitter e ver um perfil relacionado de cards sobre coisas que faziam as pessoas sorrirem, tipo motivational poster, só que sem lolcats e piadinhas nerds ou /a/ ou /b/
Apesar de às vezes não levar muito a sério essas coisas por um tempo, comecei a rever alguns conceitos quando a Samara deu o primeiro abracinho no meu calcanhar. Sempre há um trigger para poder subir do poço, certo?
Hoje é um daqueles dias, em que fazer qualquer coisa não vai justificar o porquê estar me sentindo culpada/cansada/vazia. A fase de irritação veio na semana passada junto com a amiga ansiedade, fui caminhar as benditas pra fora, circulei o bairro inteiro, descobri novos caminhos para a praia, dei um jeito de deixá-las cheirando um poste qualquer e ficarem por lá.

É como ter um bode de estimação amarrado a sua perna 24 horas por dia. No caso desse vídeo da World Health Organization (WHO), é um cachorro preto (Será que a letra de Dog days are over0,,,,,,,,,,,,,,, é pra isso também?), e eu nem sabia que essa expressão existia:



Bem, há o fato de ter mudado de temperatura drasticamente de ontem pra hoje, sendo que os 32º básicos dos dias virou para 23º no máximo 25º. Talvez eu sofra de seasonal depression, vai ver que é isso o porquê eu odiar inverno - me deixa mais lenta, mais sonolenta, pouco confortável com meu próprio corpo e definitivamente traz todas as possibilidades de pegar um resfriado ou gripe devido a falta de noção das pessoas.

02 dezembro 2014

Bring dah kashasha

Porque né? Último mês para arruinar toda a base da Torre onde decidi deixar meu bode amarrado.
--- --- Enviado especialmente pelo WhatsApp, abençoado por Santa Amy da Casa de Vinho.

16 novembro 2014

"Às vezes desistir é a decisão mais valente"

http://www.snotm.com/ por Alex Noriega
"Às vezes desistir é a decisão mais valente".

Descobri que a procrastinação que achava que estava amarrada na minha perna junto com o bode do mau-humor não é tão procrastinação assim. (Aliás, só vim conhecer a dona há uns 3 anos atrás, jamais deixei o feeling de "deixa pra depois" me tirar da reta das coisas que eu tinha que produzir.)

Perder a vontade de fazer coisas andou virando rotina. A vontade mesmo, de simplesmente deixar pra trás, e sair correndo sem olhar pra trás.

Covardia a parte, quadro de depressão com crises existenciais a cada segundo - what if what if - fui percebendo que a procrastinação não era tão procrastinada assim, ela tava me alertando de uma coisinha muito importante que andei esquecendo no meio do caminho nessa de sair correndo sem olhar pra trás.

Deixei minha conchinha pra trás. E eu sinto falta dela pra me proteger, me dava cobertura em partes que não deveriam ser tocadas (ansiedade, por exemplo).

22 fevereiro 2014

[conto com angie] tagarelando com moribundos

[cenário: porta dos fundos de algum hospital público instalado ali perto do Posto 2, entre a praça dos bombeiros e a avenida enorme da Metrópole.]

Um senhor varria devagar o pátio cheio de ambulâncias pegando poeira e fuligem, carros de marca importada e cestos de lixo hospitalar, quem ouvia era uma menina vestida como um acidente de carro, toda ao avesso, maquiagem pesada em uma máscara disfarçada para a noite urbana naquele lugar tão disputado pela boêmia. Ela o ouvia atentamente porque sabia que o senhor de estatura baixa - ombros curvados pra dentro, barriga saliente em um corpo magérrimo, de uniforme azul desgastado pelo uso e vassoura de piaçaba nas mãos de dedos longos e fortes - falava a verdade. Pela primeira vez em sua curta vida, alguém que falava a verdade sobre uma Realidade que ela imaginava que todos estavam usando truques para desafiá-la.


14 janeiro 2012

World of Warcraft: Asas das Sombras & Mago.

[originalmente postado em 17/04/11 17:23]

Lançamentos da Online Editora – que seilá que site é esse que não me deixa ver os outros lançamentos e me deixar comprar oO’ – para a linha World of Warcraft: Mago e Asas das Sombras.

Os dois são feitos pela dupla Richard A. Knaak e Ryo Kawakami – conhecidos da Trilogia do Sol e dos comics lançados pela Panini no ano retrasado – com histórias do mundo mais legal de MMORPG que já presenciei em minha vida nerd. O ponto de convergência dos dois mangás é a fúria dos Dragões Azuis vista no patch lançado antes de Fall of the Lich King – se não me engano era a instance do Malygos/Malygnos que todo mundo gostava de fazer no server.