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27 abril 2015

[dica de site] mangaka kita konno

Faz tempo que li essas duas pérolas de shoujo-ai da Kita Konno e então fui resgatar se havia continuação. Não, não teve, mas a menina ficou conhecida por um outro mangá chamado Cotton.


26 abril 2015

S01E01 - Ato I: Os Caça-Quimeras - Capítulo 1

Chapters: 1/?
Fandom: Original Work
Rating: Teen And Up Audiences
Warnings: Creator Chose Not To Use Archive Warnings
Characters: Angela, Raine, Toby, Emilio, Smithens, Prince, Madame Fabulária
Additional Tags: fadas, feéricos, quimeras
Summary: Uma metrópole comum em algum lugar do mundo.
O grupo de caçadores liderado por Raine é especializado em capturar criaturas criadas pelo imaginário dos Filhos-Mais-Novos (os humanos) e pelo seu próprio povo (os feéricos), manter tudo na devida ordem e paz nunca foi tão difícil até encontrarem um desafio a altura.

(História original, para mais informações visitem: http://tinyurl.com/feericos)


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É noite na Metrópole e há traços de chuva torrencial por todos os lados.

O cenário é debaixo de um viaduto de concreto, uma aglomeração de poucas pessoas em um trailer de cachorro quente ao lado de uma construção não-acabada de um edifício de muitos andares. Mesinhas amarelas de plástico com cadeiras e banquinhos de diversos formatos estão espalhados uniformemente perto do trailer, alguns clientes estão ali, aproveitando o final da noite para lancharem, um grupo de trabalhadores está em uma mesa dupla. O barulho da chapa fritando ovos e bacon é o som que mais se ouve, um homem alto de aproximados 30 anos, impecavelmente vestido encara seu smartphone com certa adoração e recita:


"A chuva da noite caía implacável no grosso teto de ferro escuro, uma dessas maravilhas da Humanidade depois que descobriram que podem moldar aço com fogo e martelo. As cristalinas gotas que se turvam com o cinzento de uma cidade que nunca dorme, turbulenta por sua ferocidade de concreto e óleo, como uma grande máquina alimentada por esperanças, emoções e sonhos. Pobre és chuva da noite por tocar chão tão..."


 - Quer parar de filosofar sobre a chuva? - disse o mais baixinho, cara emburrada e enfurnado na capa de chuva amarela berrante que cobria seu corpo atarracado.

 - Atrapalhas o dom de um poeta? Como ousas...? - respondeu o que segurava o celular novo, reluzindo a capa de prata e uma correntinha de ouro maciço no pulso. Ele desligou o aplicativo de gravação de voz e certificou-se de que não havia mensagens ou ligações novas na telinha de pura tecnologia.

 - Desde quando trambiqueiro é ser poeta?

[continua...]

Para ler o texto na íntegra, clica cá!

como eu conheci a Bruna

Já pegando o embalo para a primeira postagem das 20 coisas para se escrever quando estiver em um bloqueio de escrita, bora então falar de uma pessoa que que tem o mesmo nome que eu xDDD

Write about what it was like when you first met your best friend.
Escreva sobre como foi que você encontrou sua melhor amiga pela primeira vez.

Oh well...
Era 1994, tinha acabado de mudar pro vilarejo brejeiro de Betinópolis, ainda carregada com o sotaque de manézinha da Ilha, sem entender porque pessoas seguravam minha mão, me abraçavam efusivamente e me tratavam como se fosse velha amiga delas.

Foi um choque cultural beeeeeeeeeeem demorado de se acostumar.

Estudava na 4ª série, com um sistema educacional totalmente diferente e a professora era uma senhorinha chamada Vânia (Sim, a mesma Vaninha da biblioteca!) que fez o possível para que eu me mantesse calada durante o tempo de aula e não fizesse bagunça por culpa do meu ligeiro probleminha de terminar tudo antes e pentelhar os outros.

Apesar de tentar enturmar com a turminha de meninas do voleibol e handebol, acabei grudada numa criaturinha loira, alta, de rosto redondo e risada alta. Único detalhe que me era estranho: ela era crente. Saião, cabelo enorme, roupas sóbrias, nada de TV em casa, não visitava amigos, no máximo fazer trabalho na escola. Supervisão maternal o tempo todo.

A mocinha tinha o mesmo nome que o meu e como uma boa aquariana orgulhosa de seu espaço, ela odiou isso hehehehehehehehehe... A Bruna A. se tornou uma companhia constante devido a proximidade no nome da chamada e por ter gostos peculiares sobre sacanear os outros - igualmente a minha pessoa, preferíamos fazer piada sem graça e rir de paródias musicais inventadas no teclado dela e minha voz esganiçada. Éramos as palhaças da turma, literalmente.

A afeição cresceu quando soube de como era a vida dela em casa - e ela soube como era a minha - imediatamente minha mãe superprotetora a adotou como filhinha do meio e por muito tempo ela passava lá em casa sem ter estranheza em ouví-la chamar minha mãe de mãe e eu de irmã.

Eu tinha 9, ela 11. A gente se entendia como podia. Muita coisa que ela sabia, eu nem passava perto, muita coisa que eu sabia ela bicava aos poucos. Nossos temperamentos sempre foram diferentes, nossos gostos musicais meio parecidos, mas a Bruninha era totalmente o oposto do que vejo em afinidade com alguém. Essa foi a base da amizade for real e bem, ela sempre foi minha melhor amiga.

A gente brigava mais por coisas bobas externas, por gente que tentava entrar na amizade, por ela ser mais velha, por eu ser mais nova. Foi ela a primeira pessoa que percebeu que era um problema eu dormir demais (Ela me cutucava nas aulas ou simplesmente jogava alguma coisa em mim), que eu falei que era lésbica, não media palavras pra me dizer o que sentia e de vez em quando (Assim raramente) deixávamos a fachada de "okay, somos birutas" e falávamos de coisa séria como relacionamentos, medos, certezas, vontades e etc. Spice Girls, Madonna, Fatboy Slim, muito da minha playlist recheada de pop e música eletrônica veio das tardes com ela.



Em 1999 a gente ficou mais uma perto da outra por termos mudado de escola, eu a via pouco durante a semana, mas os fim-de-semana eram praticamente dentro do quarto dela vendo MTV, ouvindo funk trash nas rádios clandestinas de Betinópolis, vendo Castelo Rá-tim-bum ou alugando filmes de comédia besta. Virou um ritual básico dela ir no Dia das Mães lá em casa, ficar com a gente no Natal e no Ano Novo.

A impressão que tive quando a vi pela primeira vez?

25 abril 2015

[video] Ed Sheeran - The A-team

Nisso que dá quando você ouve a música trocentas vezes sem prestar atenção na letra. A minha mania chata de só ouvir a melodia acaba me dando alguns probleminhas de entendimento depois. Minha impressão errada foi de achar que toda música feita pelo Ed Sheeran soa como algo fofo, mas não.

Aí fui ler a letra pra poder tocar no violão e blam! Porrada na cara no sentido de detecção de invisíveis:


E cacete, é cruel ver a letra transposta em vídeo de forma tão assim... real.
Achei o vídeo awesome de "A-team", mas que deu nó na garganta ao interpretar a letra pela primeira vez com imagem, ah isso deu. A música se refere ao tipo de usuário de drogas da classe A (As mais viciantes e danosas pro organismo) e que frequentemente acabam se rendendo a prostituição para manter o vício.

Sem mais palavras, esse cara sabe como escrever sobre temas polêmicos.

o post máximo de Carmilla the series

http://carmilla-feels-hq.com/post/117306522360/episodes-etc-episodes-1-36-additional-content

23 abril 2015

dia de São Jorge

Agora percebo de onde veio o código cavalheiresco absurdo
Escrevi esse post de pesquisa lá no Facebook há 1 ano atrás, mas transcrevendo pra cá:

Hoje é dia dele. Bora falar um tiquim de História?
Faz mal a ninguém...

Jorge de Capadócia - ou como ficou conhecido nos escritos da Igreja, tanto Romana quanto Ortodoxa - foi um soldado romano no século 3 lá na Turquia, de acordo com a tradição do catolicismo. Ele fazia muito bem seu trabalho como cavaleiro e de quebra espalhava a Boa Palavra  (Sabe? A Bíblica?) para quem quisesse ouvir.

O trem da lenda do dragão? Bem, tinha cada coisa estranha antes da Idade Média que não é bom duvidar se não existia esse tipo de bicho... Pode ser metáfora contra o Mal Supremo também, mas acredito piamente que era um dragão (Tipo, dragão mesmo, com asas e escamas e bafejando fogo e talz).

São Jorge é cultuado em quase toda parte do mundo (Até na Rússia!) e acredita-se que aquela manchinha na Lua Cheia é a silhueta do Cavaleiro com seu cavalo e espada, protegendo os meros mortais aqui de qualquer perigo. Ele também faz parte dos 14 Santos Auxiliadores (Santa Bárbara êêê eparrei? e Santa Catarina também estão nesse clube), padroeiro de uma pancada de cidade, dos fazendeiros, do povo Romani, das ovelhas (wat? frank? beeeeeh), dos pastores (bem, agora faz sentido), dos cavaleiros, dos soldados, policiais, ferreiros, escultores, caminhoneiros, dos corintianos (maloquêro, sofredor) e muito mais.

No sincretismo das religiões afro-descendentes - mais especificamente a Umbanda, a que tenho mais afinidade - temos ele como o Orixá Ogum (Senhor da Guerra), mas em Salvador ele é o Orixá Oxóssi (O Caçador).

E tem essa tradição muito awesome no Leste Europeu dizendo que na madrugada pro dia de São Jorge, todos os espíritos maléficos vão dar uma voltinha só pra levar sopapo do santo pra voltarem para onde eles não deveriam ter saído. Quem leu "Drácula" de Bram Stoker vai saber qual é do Leste Europeu pra essa crença.

O legal de pesquisar sobre o sincretismo de St. George por aí e encontrar o Tyr (O Deus Asgardiano ferreiro que fez a coleira para prender eternamente o filhote do Loki,o lobo Fenrir, e acabou perdendo a mão nessa brincadeira? Esse mesmo!) listado <3 - ele poderia também ter a comparação com Siegfried por causa do trem do dragão, maaaaas é uma longa história...


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Particularmente ele se tornou uma figura presente nas minhas orações - mesmo não sendo católica e mais ligada com panteões politeístas do que o covencional - sou inclinada a dizer que elas vêm sendo escutadas e muito bem aceitas, principalmente pra proteger o meu corpo contra qualquer mal que venha de fora (e de dentro também).

vida social e laboratórios de informática

Agora me recordo do porquê não ter vida social na PUC-MG: laboratórios de informática.

Quando o ano de 2004 se estabeleceu, a banda larga não havia chegado ainda no vilarejo brejeiro onde eu morava há 3 anos atrás. Betinópolis tinha lan houses, mas era no laboratório da PUC-MG que eu praticava minha escrita fabulosa em blogs de layout sem CSS e postava obsessivamente em fóruns de fanfiction.

Eram bons tempos.

Logo não me restava tempo lá fora.
Com pessoas de verdade.
Com conversas filosóficas movidas pelo Vazio da Existência Universitária.
Ou movidas pelo teor etílico na corrente sanguínea.

O laboratório era meu ponto inicial e final.

Triste.
Mas foi a vida.

E agora estou aqui plantada em um da UFSC porque o celular não consegue postar devidamente as coisas que quero.

Lição aprendida na Biblioteconomia? Com a palavra Chelsea Handler e sua eterna sabedoria:

"A coisa mais importante é estar bêbada" - amém!

Não que eu vá praticar sacerdócio pra Dionísio (Até porque não dá, meu contrato com Morfeu é vitalício), mas realmente a experiência de segunda graduação está mudando meus hábitos de socialização interpessoal de uma maneira meio estranha.