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16 dezembro 2019

[games] the sinking city - turistando em Oakmont

Assim como qualquer fã do mundo que aquele mané bizarro do H.P. (não o bruxo, mas sim o escritor falido e preconceituoso) inventou, quando The Sinking City foi anunciado em 2016, a minha cabeça explodiu.

Esperando pacientemente e no final de outubro lançou finalmente a versão final do mundo aberto inspirado nos escritos de H.P. Lovecraft e outros tantos por aí (Sim Stephen King, tou te chamando na rodinha!) perpetuaram.

Bora perder alguns pontinhos de sanidade?! Tchuchucoooooooooooo ahn, vem aqui com seu tigrón!!

Você pode ver o desastre básico de como eu estou jogando esse trem:


Assista a Turismo em Oakmont - Dia 2 de brmorgan em www.twitch.tv

02 dezembro 2019

porque pessoas tem desejos: tenho vários



Tenho desejos. 
Intensos às vezes. 
Okay, admito, na maioria das vezes. 

E quando estou amando alguém isso intensifica de um modo que não é muito bem visto pela família tradicional brasileira. 
Estudar BDSM então? 
Nem pensar. 

E isso piora um bocadinho quando sua leitura de corpo é confundida desde criança, entre corpo masculino e feminino, em que o desejo expresso pode ou não ser válido. 

Se está entre a binarice de gênero, piora. 
Porque a reação é de que o corpo que aparenta ser algo tem X coisas de performance. 


29 outubro 2019

[conto com angie] a pequena aventura de Garibaldes

Feéricos - Conto com Angie (35910 words) by brmorgan
Chapters: 18/?
Rating: Mature
Characters: Angela, Raine, stardancer, smithens, Toby, Emilio, Prince, O/C, Quentin, Kittie - Character
Additional Tags: fadas, feéricos, quimeras
Series: Part 2 of Feéricos - contos para sonhar
Resumo: Compilação de pequenas estórias que fazem parte do universo de Feéricos - contos para sonhar, mas que não estão no enredo original. A maioria é protagonizada pela menina vestida como um acidente de carro, Ângela Filha dos Ventos.
(História original, para mais informações visitem: http://tinyurl.com/feericos)

a pequena aventura de Garibaldes


Prédios cinzentos de janelas opacas.
Muitas cortinas, pouca visibilidade vindo de dentro.
Angie estremecia ao passar por essa parte da Metrópole, um lugar tão impregnado de morosidade, apatia e desencanto que chegava a dar coceiras por dentro de seus ossos pela Banalidade ecoando dali.

Aí atravessar a rua mesmo com sinal fechado para os carros, recebeu uma buzinada, os mais novos eram idiotas na maior parte do tempo. Deixou essa passar, não adiantava nada gravar fisionomia pra depois aterrorizar em pesadelos quem realmente não merecia sua atenção.

Subiu as escadinhas com uma bola de agonia entalada na garganta.
Na placa de avisos sobre a programação do mês, uma exposição acontecia ali na entrada, algo produzido apenas para exaltar o ego de uma minoria hipócrita, estética podre de uma parcela que fazia Arte para se enaltecer, não para trazer criatividade as pessoas mais humildes que ali frequentavam.

Adultos sendo adultos.
Tão egoístas em seus mundinhos insossos que qualquer desculpa para "mostrar Arte" parecia ser legítima.

Os feéricos percebiam esse tipo de pensamento manifestado no mundo real como algo grotesco, Pomposo já havia passado por ali perto e dito que sentia o cheiro de estrume de longe. Toby comentou que era por conta da concentração de pessoas em situação de rua dali (e que o estrume era real por assim dizer, não figuradamente). Angie conhecia todos os sem-teto por nomes e sonhos. Já o estrume era a podridão produzida por Arte malfeita com emoções ruins. Aquilo ali não era para inspirar, era para exaltar.
Grotesco.

27 outubro 2019

[bibliotequices] sistemas de classificação e comparações com a vida real

Tem umas parada na área da Biblioteconomia que pode ser usada como metáfora pra coisas do cotidiano. 

Tipo (o que tá parecendo) dicotomia monogamia e não-monogamia. A guerra santa dicotômica que mais pega fogo em ambiente virtual... 

Existem 2 sistemas de classificação de assuntos superpopulares e extensivamente usados para organizar um acervo de uma biblioteca. 

Sistemas de classificação servem para a gente encontrar melhor (ou assim supõe a teoria) os livros nas prateleiras. Eles costumam ter uma cronologia ascendente de assuntos. Dá até para traçar a História da Humanidade ao ver verificar os assuntos e seus desdobramentos. 

CDD, sistema decimal de Dewey, um dos mais usados em bibliotecas de pequeno e médio porte ou que não necessitam de especificações nos assuntos. Bibliotecas públicas, escolares e algumas comunitárias seguem esse sistema porque é "mais fácil" de classificar os assuntos dos livros e não gera um número absurdo de grande na hora de imprimir na etiqueta e colar (pra quê colar gezuis?! Pra quê?!) ao terminar o processamento técnico do livro. 

Maaaaaas quem inventou esse sistema largamente difundido nas bibliotecas do mundo inteiro foi um déspota bibliotecário babaca misógino racista, que foi rebaixado a um ser medíocre e hipócrita por suas opiniões nas grandes entidades de valorização da profissão bibliotequera. 
(Sabe o que é banir o nome do cara do principal prêmio internacional que prestigia a classe? Bem, isso que ocorreu com o Zé mané) 

Esse manual é impregnado com uma doutrina cristã-judaica embebida de branquitude yankee-centrica que espelhava e ainda espelha como a minha área não se dá o trabalho de entender que 95% do planeta Terra NÃO É americano-estadunidense. 
Quer um exemplo básico? Estamos em 2019 e ainda tem classe de assunto da CDD que NÃO FOI modificada desde o século 19, em assuntos delicados e/ou que estejam enquadrados na discussão de temas étnico-raciais, a CDD é uma vergonha tamanha que na prateleira de religião, a 290, serve pra jogar as "outras religiões/mitos". 

Nem vamos entrar na 150 (Psicologia) e na famigerada inimiga minha, a 616 (Medicina e todo o ranço ali embutido). 

Aí tem a CDU, sistema decimal universal. 
Foi o troco dos europeus (belgas) Otlet e LaFontaine que decidiram pegar o caderno do Dewey pra fazer cópia pro trabalho da escola, mas acabaram fazendo um trabalho mil vezes melhor e com nota máxima. A CDU é um sistema complexo, com mais detalhes, e com um número monstruoso nas etiquetas. Ele foi pensado para centros de informação que necessitassem de uma classificação mais específica, como Arquivos, Bibliotecas especializadas e universitárias. O motivo? 
Porque nesses ambientes mais elitizados de ensino e conhecimento os assuntos vão se tornando quase uma frase inteira. 

Exemplo: 
Hermenêutica provavelmente estará em algum lugar na 100 da CDD, mas a Prosopopeia da Hermenêutica listada em periódicos científicos entre os anos 1940 e 1970 na região do Cazaquistão é mais possível estar em uma biblioteca especializada e com um número tão extenso que não vai caber na lombada.
(aliás se você entendeu a minha piada interna sobre Prosopopeia da Hermenêutica, vem cá pra eu te dar um abraço!) 

A CDU também tem muito conteúdo ferrado da CDD por não sair do rolê eurocêntrico, branco, elitizado, estigmatizador, mas olha só! Deixaram abertura para adaptação de assuntos com mais versalidade que a CDD! 

Tem até duas centenas para encaixar assuntos novos! 

Quer começar a fazer a revolução via estantes? Bota fogo no quengaral e expande nessas duas centenas (com 999 oportunidades dentro de cada centena, e mais 999.999 microchances de revisar conceitos dentro de cada número seguinte a centena). 

Há a questão do acesso e custo-benefício:
A CDU é traduzida em português e são 2 tomos não tão exagerados de tamanho com um preço razoável. 

A CDD é um monopólio que desde sempre é editada em inglês ou raramente em espanhol. AND FUCKING 4 TOMOS PESADÉRRIMOS DA POWHA! É $1200 gold!!!

Debaixo do link, mais filosofamentos básicos sobre isso.