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18 novembro 2020

KylieDay: Live para louvar Kylie Minogue!



Tive uma ideia, vou testar!

Sábado 21/11/2020 às 15h estarei ao vivo lá no meu Instagram com minha querida Mainha Élfica Priestess of Holy Awesome Driel para passarmos cerca de 1 hora vendo a Kylie Minogue Disco TV e comentando aleatoriedades sobre a Superiora Sacerdotisa Ostraliana do Glitter Purpurinado.


Gostou da ideia? 
Participa, vem ver com a gente e comentar junto!


13 novembro 2020

[fanfiction] shindu sindorei voltou e vai permanecer por um tempo!

Agora que Shadowlands tá quase saindo do forninho no dia 23/11/2020, óbviamente todo o meu corpo está preparado (Illidan it's ur mother!) para o que virá no Mundo de Warcraft.

Como a minha alma já foi vendida para a Blizzard, resolvi trazer as aventuras de Sorena, Imladris e aventureiros em Azeroth (E Terras Além) para meus escritos novamente, pois preciso de distração over9000 durante as noites de insônia - editar as quase 250 mil palavras na fanfic por exemplo? - além de exercitar meu cérebro para o ofício de escrever algo que não seja puramente técnico.

Essa fanfic havia completou 11 anos de existência - antes eu postava lá no NYAH! Fanfiction) e postagem aqui nesse post pequeno, maaaaas cá estou eu novamente ressuscitando um texto que gostava de fantasiar e escrever livremente <3

Eu adoro o mundinho de Azeroth e todo o lore complicado e vasto de WoW, e o que mais sinto falta é de pensar como a Sorena no modo mais dramalhama medidas drásticas possível. Além de muita das reclamações que tenho sobre o MMORPG acabam saindo ali na escrita da fanfiction, hahahahahahahaha. Abaixo eis a criatura bloodelf engenhoqueira metida a warlock, mas não tão assim:


Se você joga World of Warcraft, só me adicionar lá com a battletag brmorgan#1288

02 novembro 2020

[contos] escorregadios - saia curta/jaqueta longa

Eu estava ouvindo aquela música do Cake "Short Skirt/Long Jacket" e sacudindo na cadeira porque o ritmo é muito bão. Aí veio uma ideia na cabeça de escrever sobre as 2 pessoas totalmente opostas que consigo interpretar da letra dessa música. Aí quis escrever sobre querer roubar algo valioso de um ricaço em algum lugar.


Aí fui ver hoje aquele documentário incrível sobre o sítio arqueológico do Saqqara e meu cenário favorito de contos pediu para se mostrar presente. E é isso aí: Mundo das Trevas, roubos mirabolantes de ricaços, 2 pessoas totalmente opostas contidas na letra da música ali do Cake se encontrando, linguagem neutra, background de outro personagem que estou amando ficar matutando e plim, mais de 3k de palavras. Ufa! A Musa voltou!


Os Escorregadios (32583 words) by brmorgan
Chapters: 14/?
Fandom: Original Work
Rating: Mature (+18 anos)
Tags: fadas, quimeras, feéricos, escorregadios, Mundo das Trevas
Series: Part 3 of Feéricos - contos para sonhar
Summary:

Saia Curta/Jaqueta Longa: Ato 1 - parte 1

Em algum lugar da cidade de Nova Orleans, Akin Knobi deixou uma família a esperar seu retorno algum dia. Quem restou para continuar o legado do Amenti Sefekhi foi a pessoa que nasceu de sua filha mais nova com a americana Diana Dixon.

Para saber mais um pouco sobre o Amenti Akin Knobi, veja o capítulo anterior "No final das contas (começamos a viver ao estarmos em nosso próprio funeral)"

12 outubro 2020

Mashup com Bertazi e feliz dia das Quiança!

Não sou de acompanhar YouTubers, não tenho cadeira cativa em muitos canais, os que acompanho são sempre uns toscos antes de 2010 e conteúdo já ultrapassado. Simplesmente não sou dessas, gente é isso.

Mas se tem algo que eu tenho AMOR quando topo no SeuTubinho é vídeo de mashup
A animação de Ivete and a melancolia de Robertão Ferreira!!!

Poeeeeeira!!! Levantou poeeeeeiraaaaa!!!


Deixo aqui para fins de registros que me mijei de rir por ouvir cada uma das faixas.



No Soundcloud tá aqui, tenham boas risadas e muito rebolation!

08 outubro 2020

minha novela angst da DC tá acabando

Supergirl anunciou que acabará ano que vem, na 6ª temporada.
O que era esperado pelo fandom por conta de alguns desajustes e encaixes dentro do Arrowverse (Teve reboot sabe?), mas também por sabermos que é bem difícil ter seriados protagonizados por mulheres durarem tanto tempo nas tvs estadunidenses. E se esses seriados mexem com estruturas patriarcais que essas emissoras yankees estão ancoradas, menor tempo vai ficar no ar.

Supergirl deu sorte por continuar após a 3ª temporada e muito por conta do elenco que se empenhou em manter o espírito do Arrowverse e da DC com expectativas bacanas para a gente aqui vendo. Eu, a pessoinha muito crítica em seriados que me engajo fandômicamente, achei que deveria ter finalizado ali com a saga de Reign e Worldkillers, maaaaaaaaaaaaaas que bom que continuou para a 4ª temporada e a chegada de Nia Nal, a Dreamer (interpretada incrivelmente pela atriz e ativista trans Nicole Maines), sendo a 1ª mulher trans a vestir a capa de uma super-heroína em rede televisiva.

Entendam algo: eu odeio superheróis de quadrinhos (Seja na Marvel ou na DC), eles são sem graça, são muitas vezes projeções bizarras e estereotipadas de como seus criadores vêem o mundo e aqueles que ficam mais conhecidos são justamente aqueles que o machismo e o modo de vida americano tá gritante. Nunca simpatizei com o morcego que precisa de terapia urgente ou com o alien com complexo de messias da DC, mas aquele alien verdinho com suspeitas de ser asperger por não sacar as conversas terráqueas e com nome de alvejante me cativou quando comecei a me interessar pela Liga da Justiça em quadrinhos lá nos anos 90.

Ajax, ou o Marciano Verde como ficou conhecido aqui, me chamou atenção por não ser como esses heróis bestas e metidos a salvadores de mundo. Era um personagem deslocado e visivelmente curioso com essa Humanidade estranha que só faz besteira. Ver que Jonn Jonnz faria parte de Supergirl me deu um impulso de ver também esse personagem que gostava tanto lá nos meus 9/10 anos.

Lex Luthor continua sendo meu vilão favorito por inúmeras razões. Seja no modo angst com complexo de Édipo em Smallville (Sim, eu cresci vendo as aventuras do Superboy em Pequenópolis pela SBT todo domingo hahahahaha), seja no modo maquiavélico em Lois e Clarke (Bons tempos de seriado leve/cômico/aventura), no xenófobo sociopata dos filmes velhacos lá dos anos 70, seja na atuação fodástica que colocaram em Supergirl como um sociopata megalomaníaco com uma leve tendência a querer ser o "herói" do universo, mas no jeito que ele acha que heroísmo é feito. Lex Luthor para mim é a personificação do capitalismo e como odeio esse sistema econômico, vê-lo encarnado parece como um momento de refletir o que raios esse vilão causa na vida das pessoas em nome do "Estado, propriedade privada e família."

E Supergirl acertou assim lá nos feels ao colocar Lena Luthor.
Dar poder e protagonismo para essa personagem quase esquecida e varrida dos quadrinhos foi primordial para que a base de fãs manter as esperanças que esse enredo continuaria bem e respirando. Katie McGrath salvou muito o roteiro ali e a atuação dela como Lena foi mais importante que muitos outros personagens consagrados no universo dos filhos de Krypton.
Mas eu lembro bem do porquê fui assistir Supergirl.

Foi porque eu precisava de um distraimento para o fundo de poço que eu estava me metendo por conta de um relacionamento abusivo e desgastante que estava enfiada. Eu precisava de forças para levantar todos os dias, acordar sem sentir medo e frustração e sensação de fracasso, eu precisava fazer meus afazeres para me manter lúcida o suficiente para alimentar os gatos, ir para o estágio, conseguir acompanhar as aulas, ter energia suficiente para comer algo, voltar para casa e pedir para meu cérebro calar a boca e não ficar pensando em coisas ruins.

Entrei pelo distraimento, fiquei pelo impacto emocional que tive na esplêndida 1ª temporada, com roteiro perfeitinho e toda a jornada de heroína clássica que Kara Danvers deveria seguir para sair da sombra do primo que usa cueca em cima da calça. Eu sou besta por jornadas de heróis quando bem construídas e ter esse seriado me mostrando uma jornada diferente e bem... de uma história de dar a volta por cima. Essa foi a 1ª temporada para mim.







Lembro-me de quando vi esta cena pela primeira vez, estava prendendo a respiração. Não por causa de toda a situação acontecendo (Kara mostrando seus poderes para o mundo pela 1ª vez enquanto adulta, salvando a irmã mais velha incrível), mas como meu coração se sentiu quando Kara saiu da água. Eu estava prendendo a respiração, de verdade.

Foi quando percebi que esse programa poderia ser diferente de outros sobre os super-heróis que assisti. Eu estava prendendo a respiração porque por um segundo me senti tão conectado com a narrativa que não pude acreditar que estava sinceramente começando a gostar de alguém que usava capa e "lutava pela Justiça" e bla-bla-bla.

Eu lembro de suspirar de alívio porque aquela conexão que eu senti vendo um seriado/filme/game era mais do que apenas essa garota salvando o mundo com uniforme azul e capa vermelha. Percebi que o show seria sobre essa garota em particular, que saiu da água e por um momento admirou toda sua experiência de vida e o conhecimento de seus poderes ao se levantar na asa do avião que evitou de cair. Ela sabia que faria algumas coisas boas para este planeta. Ela simplesmente sabia.

E isso foi um alívio físico pra mim.
Há muito tempo eu não conseguia respirar também. Não conseguia sair da água, de levar um avião nas costas dentro da minha consciência. Se Kara Danvers conseguia, acho que por um momentinho eu conseguiria também.

Estou feliz que a primeira temporada trouxe esse tipo de preocupação sobre como Kara se sentia sobre tudo o que aconteceu em sua vida em Krypton - não podemos esquecer que ela viu a destruição de seu planeta com 12 anos de idade, foi responsabilizada para cuidar do seu primo recém-nascido, tudo deu errado e ela caiu aqui na Terra 20 anos depois sem entender absolutamente nada (E não teve amparo do superbabaca, sabe? Ele não quis ficar com ela!) - e sua vida como "humana disfarçada". Vendo o desenvolvimento da personagem e como ela luta com essa dupla-vida, sua vida profissional, sua vida amorosa, sua família, tudo me traz a sensação de que de alguma forma eu poderia ser como Kara Zor-El, a forasteira.

Esta cena do avião me faz perceber que de alguma forma eu poderia ser um pouco como a Kara, uma sobrevivente, me escondendo nas sombras dos outros, tentando me misturar, me encaixar, me disciplinar e agradar a todos que conhecia e esquecendo completamente quem eu era, porque... Bem... eu era eu.

A primeira temporada de Supergirl me fez refletir sobre a ficção, mas também sobre a minha realidade: somos todos estranhos em algum ponto de nossas vidas, estamos sozinhos às vezes, como se nosso próprio mundo tivesse literalmente desaparecido do universo. Não se trata de uma garota salvando o dia, é uma refugiada sobrevivendo a cada dia em um lugar que ela sabe que sempre vai olhar para ela como diferente. Super ou não. Desajeitada ou não. Supergirl ou Kara Danvers. A garota que sobreviveu à destruição de Krypton, a última da Casa de El, ela mesma, seja lá quem ela seja.

É por isso que amo esse show, os pequenos vislumbres de esperança, compaixão e apoio para todos que assistem e se sentem um pouco estranhos nesse mundão afora às vezes. Nós pertencemos a algum lugar, podemos em algum dia chamar de casa, podemos ser livres para fazer o que quisermos, sem medo de nada nem de ninguém. 

Eu posso ser eu, eu mesmo e eu.
Mesmo que tenha que segurar um avião nas costas e sair de novo da água e encarar o mundo.

Só me recuso a usar saia ou cueca em cima da calça. E capa de jeito nenhum!!
Realmente temos que reformular como esses uniformes de super-heróis são construídos.

04 outubro 2020

culpe os deuses que é mais fácil


Cenários de Rollecoaster Tycoon costumam perambular em minha cuca quando infelizmente estou muito ruim para ligar para meus pontos de sanidade - que são poucos e perdidos durante alguns anos, aliás. Esse crescente medo de perder a Razão (essa coisa asquerosa que mantenho bem rente ao meu corpo como escudo contra qualquer ameaça de fora) está se extrapolando para o que mais abomino.

05 setembro 2020

setembro e os cobertores

Fico agradecide de minha mãe ter parado de perguntar se estou bem (se estou melhor, onde isso?) e de não trazer mais o assunto à tona quando estamos na varanda. Ela também não precisa mais perguntar o porquê tou me engasgando em lágrimas no meio da tarde, porque a dor tá aqui, mas já anestesiou tanto que a outra dor da operação e dos remédios e os altos e baixos e setembro meio que colocaram umas trocentas camadas de quentura em um buraco que estava passando vento gelado o tempo todo. Fico aliviade de não ouvir mais notícias, de não trombar em links aleatórios, em não desejar que meus olhos fossem arrancados com uma colher enferrujada ou cavar um buraco debaixo da minha cama e me esconder lá até ter amnésia retrógrada. Não vai acontecer.

Então tento ficar feliz por setembro ter chegado e depois de tanta merda acontecendo, respirar sem dor tá sendo uma dádiva. Acordar sem pesadelos hediondos tá sendo sorte. Saber que posso cumprir mais umas 14 horas acordade e torcer ao colocar a minha cabeça no travesseiro que amanhã, daqui a pouco, tudo vai ficar bem, pelo menos uma vez na vida, vai ficar bem. 

Perdi aquela vontade de ser feliz, mas não perdi a vontade de viver com um pouco mais de plenitude e paciência comigo mesme. Descobri Desirée Dawson, deixo aqui para ouvir posteriormente trocentas vezes, 1 dia de cada vez. 


31 agosto 2020

virei um jakalope

De acordo com algumas argumentações de pessoas feministas que excluem pessoas trans a.k.a. TERFs - criaturas nada mitológicas e imaginárias que infestam os cantos de nossos convívios e são um perigo constante com suas ideias beirando a supremacia branca e fascismo, muito legal isso dentro do feminismo - quando uma campanha de marketing de empresa de coletores menstruais decide usar o termo "pessoas com útero" está automaticamente excluindo "mulheres de verdade".

Porque também de acordo com essas mesmas pessoas, "mulheres de verdade" se reduzem ao fator terem útero e menstruarem com esse útero. Realmente não dá para entender qual o ponto, afinal.

Então eu, assim como milhares de outras pessoas nesse Brasil - que tem problemas uterinos e que podem ou não ter tirado esse complexo cisteminha de hormônios ensacado entre os rins de um corpo denominado "mulher de verdade" - estamos em um mundo paralelo ao mundo real delas.

Bem, sempre acreditei nisso desde criança, que algumas coisas bizarras que aconteciam no mundo real, dominado pela cultura hegemônica cisnormativa patriarcal, iria criar uma realidade alternativa para as pessoas que não se encaixassem na descrição do cenário. De vez em quando dá para tatear essa realidade alternativa, nesses últimos meses tenho feito essa peregrinação nessas terras, é um lugar seguro e sólido. Quero ficar por aqui para sempre.

Mas voltando a argumentação das "mulheres de verdade"... Se eu não uso mais meu útero ou menstruo mais - e realmente não irei mais - logo não existo. Ou existo nesse mundo paralelo onde as pessoas cis, infelizmente as mulheres cis em sua grande maioria, vão clamar que não sou alguém apto para habitar o mesmo espaço-tempo que elas. Algumas irão ser radicais e dizer que mereço morrer ou levar um estupro corretivo para "voltar" a ser "mulher de verdade" (então esse conceito adiciona punição humilhante ao corpo para ser aceito na realidade onde elas vivem... Hmmmmmm, será que é em algum lugar do medievo, talvez antes das inquisições, ou sei lá). Realmente é difícil de entender como essas "mulheres de verdade" constroem argumentos para viverem...

Esse é um Jakalope. E é da animação Pular da Pixar (2003)

Mas como sou pacifista (trouxa e frouxa) e não gosto de ver ninguém brigando, ainda mais se for com úteros de outrem (o meu deixa em paz que ele já causou danos perigosos), decidi que sou um jackalope.

Eu poderia escolher qualquer animal mítico do folclore brasileiro, sinceramente, boitatá pra mim sempre foi incrível, mas não encontro nenhum que denote a questão de transição a não ser esse coelho rombudo com chifres de veado e que tem propriedades alucinógenas ao ser visto. O chifres de veado foi tudo na minha escolha, adoro. 

Logo como jackalope devo dizer que o mundo dessas feministas radicais parece ser um lugar bem ruim de se habitar com tanto rancor, mágoa e ódio destilado pelas suas bocas, quando se era necessário um movimento contrário contra quem as oprime. Opa, nos oprime. Nos oprime? Não sei se o patriarcado violenta jackalopes - talvez sim, talvez não - mas ser solidário à luta também é essencial para demonstrar empatia, né?

Mesmo que seja TERFS tratando pessoas não-bináries e homens trans como lixo por conta de uma propaganda de coletor de menstruação. O sagrado feminino tá aí, namastê, para nos condenar, nós, milhares de unicórnios/jackalopes com útero, mas não condizendo a expectativa da fêmea fértil. Para todas as mulheres de verdade que então sofreram com câncer de colo, HPV, e outras doenças, para as que chegaram na menopausa, corpos estranhos habitando esse conceito de "mulher de verdade" com útero funcional para reprodução.

O meu já foi pro saco, controlado quimicamente agora e engoliu alguns meses da minha vida, me fazendo rever todas as opções que eu tinha para me manter nessa realidade. Tirou algumas esperanças também, abriu um ralo sem fundo para três pacotes de transfusão que me assustaram pra caramba (eu desejei intensamente que fosse alucinação, não foi) - então para esse complexo sisteminha de caldeirão hormonal que não mais funciona direito conforme as normas tácitas de uma convenção anciã de "mulheres de verdade" (e que excluem pessoas trans, ah vamos chamar de TERF mesmo, porque eufemismo é pra se gastar em ironia, não em apontar os dedos pra quem nos mata), eu sou uma pessoa inválida.




Logo jakalope. 
Olha só como ele é fofinho. 
E veadíssimo.

Prefiro assim do que passar vergonha em rede social destilando discurso de ódio, coisa mais péssima isso não direcionar a raiva pro capitalismo, tsc tsc. 

20 agosto 2020

é o hiatus, ele tá aqui, calma que logo voltemos

É muito miserável passar parte da vida pensando que tudo é culpa sua quando na verdade, lá no fundo, não há culpa alguma pra ninguém. Na real, nem estão dando a mínima se você morre ou se vive, se está feliz ou triste, se tem futuro ou não.

Tô muito feliz em saber que aquela culpa toda, absurda em seu tamanho de dobrar joelhos, arranjar umas hérnias, arrebentar com uns músculos das costas e tirar sono, se foi assim que fui internada.

A gente sabe muito bem que tá no fundo do poço, abraçando a Samara e fudida no final de carreira quando observa uma bolsa de transfusão gotejando algo de volta pro teu próprio corpo (perdão, validação, paixão?!), algo que eu não deveria ter deixado vazar assim tão facilmente.

Seja lá o que tinha naquele pacotinho de B+, obrigada pessoas anônimas que me doaram esse pedacinho de vida e uma nova chance de fazer algo que preste na vida: não desperdiçar ela com culpa. 

14 julho 2020

o quietim e indo pelas beiradas

Disclaimer: Este é um post intimista, faz tempo que não faço um desses, então vou botar essa foto de um lolcat aqui para disfarçar e se não quiser ler sobre, vai para uma postagem mais alegre ou sei lá... vai em nova aba e digita https://icanhas.cheezburger.com/ 

Fonte: Aqui nesse link
A pandemia está fazendo algo inédito na minha família: as pessoas estão começando a falar.

E isso é muito bizarro pra mim, porque neste exato momento agora estou com o raciocínio lento pra cacete e uma velocidade de oratória bem menor do que meu cérebro realmente quer. Então eu escuto e reflito.

(Debaixo do link aquelas coisas que precisavam ser ditas em voz alta, mas estão sendo escritas primeiro antes que eu perca a coragem e o fio finiiiiiinho de raciocínio que estou conseguindo cultivar esses dias)