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27 dezembro 2020

como construir - tumblr post

 

Fonte: https://librariandragon.tumblr.com/post/638427130494107648

Tradução livre:

"Devemos tratar o Amor como algo a ser construído ao invés de ser encontrado.

Quando tratamos o Amor como algo sagrado e raro, perdemos oportunidades de nos envolver criticamente com Ele ou mesmo de explorar diferentes tipos de Amor. Quando tratamos o Amor como sagrado e algo a ser encontrado, estamos sugerindo que o relacionamento e a construção do Amor são perfeitos desde o início. O que impede o diálogo aberto e o compartilhamento de ideias e definições do que relacionamentos são e o que se deseja deles.

Quando tratamos o Amor como algo a ser construído, permitimos a oportunidade de amar qualquer pessoa que encontrarmos e a ameaça de encontrar um Único desaparece. Quando tratamos o Amor como algo a ser construído, permitimos nuances em todos os nossos relacionamentos e que esses relacionamentos tenham mais peso em nossas vidas. Quando tratamos o Amor como algo a ser construído, ele se torna um ato comunitário, ao invés de algo que fazemos sozinhos."

26 dezembro 2020

a tal da autossuficiência

 


Tradução livre:
"Eu não sei quem precisa ouvir isso, mas autossuficiência é resultado de trauma.
'Eu não preciso * de ninguém * E preciso fazer tudo sozinhe' na real significa 'Minha habilidade de confiar foi danificada por pessoas que sistematicamente me sacanearam e falharam comigo'
Você precisa de pessoas. Todos nós precisamos. "


Bora lá ruminar sobre autossuficiência, pois ela foi o meu método preferido de sobrevivência desde criança, afinal: família exigente com padrões de qualidade alto, e zero tolerância a erros se forja assim. Adicione aí também uma pitada de contenção de danos para não entrar em conflito e a cerejinha do bolo do desastre é com a tal de "criar expectativas demais".
Estava a assuntar com minha mãe sobre padrões tóxicos na família e a gente percebeu que esse da autossuficiência ou "hyper-independence" também deriva da cobrança absurda de familiares por perfeição e zero tolerância a erros.

A premissa de "Você não precisa de ajuda, porque você não pode errar" foi constante nas nossas vidas e infelizmente ela passou isso pra frente no meio do caminho. 
Se havia erro, automaticamente deveríamos corrigir/consertar do nosso modo, já que a responsabilidade do erro era total nossa. Não havia espaço para aprendizado coletivo aqui, fez bagunça, engole o choro e limpa sozinhe. Não deixe ninguém ver que você errou. Não confie em ninguém para limpar a bagunça junto. 

Aí entra a notória "criar expectativas demais" na premissa, uma ferramenta que NÃO É saudável nem com coisas, muito menos com pessoas. 

Para se chegar ao ponto do texto "pessoas sistematicamente me sacaneando e falhando comigo" coincidentemente foi sempre acompanhado de "criar expectativas demais" de perfeccionismo sobre a pessoa que falhou, sabe?
Novamente o padrão de controle da tolerância zero com erros veio com a famosa "antes sozinha do que mal acompanhada".

Era constante repetir isso pra mim mesme após a colocação dessas expectativas absurdas de perfeição - e acabar cumprindo o padrão tóxico de achar que além de mim, ninguém era permitido errar/falhar.

Crescer desse jeito me trouxe mais problemas do que resultados bons, quando finalmente arreguei e precisei de ajuda - por estar literalmente no buraco ou planejando pular de cabeça em um bem fundo - que reconheci o padrão se repetindo e junto dele o "criar expectativas demais".

Larguei isso de lado, as expectativas.
Elas arruinaram parte de muitas oportunidades legais de se viver bem e com saúde mental intacta.

(Estou com uma postagem enorme sobre o tópico expectativas, pois infelizmente foram elas que arruinaram todo um planejamento de vida que eu formulava para esse ano - eu e mais 200 milhões de pessoa nesse país pelo jeito - mas vou falar com mais calma sobre como expectativas são um atraso na vida de alguém ansioso e depressivo especificamente)

18 dezembro 2020

responsabilidade emocional nessas paradas é necessária

Postei no FB, vale a pena postar aqui também.
É para não esquecer.
Porque sou idiota, ainda sou trouxa e vai demorar para isso sair do meu sistema.

Mas... PESSOA CISGÊNERA, seguinte:
(Você sabe muito bem quem é você)

Debaixo do link tem o recadinho especial, e junto vem esse gatinho zangado com um pedaço de pão de forma em volta de sua cabeça para ilustrar essa postagem.


16 dezembro 2020

[perfil de personagem] Anna Danwells Rowan

Escrever para o Mundo das Trevas tem sido uma tarefa árdua nesses tempos.
Dei essa chance para voltar ao mundo dos cainitas, magos, imortais e sobrenaturais.

Entrei em uma mesa de Mago: a Ascensão e estou experimentando fazer update na Anna Danwells Rowan, uma personagem antiga minha, lááááá de 2001, quando eu tinha 16 aninhos, inocente eu que não sabia de nada. Ela fez tanto por mim - na escrita - que o meu e-mail pré-adolescente é em homenagem à ela hahahahahahahaha.

Aqui deixo o link para o Conto Prólogo da história dela antes de ir para a crônica do RPG e debaixo do link tem a ficha de desenvolvimento de personagem que fiz antes e colocar os números e rolar os dados bizarros.
Ato - 11: Tanto a se perder (Rowan) (1105 words) by morgan
Chapters: 1/?
Fandom: Mage: The Ascension, Vampire: The Masquerade
Rating: Mature
Warnings: Graphic Depictions Of Violence, Major Character Death
Characters: Anna Danwells Rowan - Astrid Peth
Additional Tags: order of hermes, Ravnos, Roleplaying Character
Series: Part 11 of Rosenrot - o colégio carmim
Summary: História ocorre no que o Mundo das Trevas (RPG) chama da "Semana dos Pesadelos" entre 28/06 a 04/07 de 1999. Irei explorar o prólogo de personagem de RPG para Mago, a Ascensão, Anna Danwells "Louca de Pedra" Rowan é uma estudiosa de coisas antigas e tem um passado que a atormenta com alucinações sonoras. Antes a estudante e pesquisadora prodígio da Casa Shaea, agora destruída por sua consciência culpada pela morte de alguém que ela amava secretamente, ela tenta recuperar o pouco de autonomia que resta.Disclaimer: Vou ser bem fanservice pra mim mesme e incluí a personagem Astrid Peth de Doctor Who aqui.

(Debaixo do link tem a ficha dessa criatura upgradeada de 19 anos atrás)

12 dezembro 2020

updates do updates

Depois de meses de molho, muitas reviravoltas e reposição de hormônios que meu corpo não tava ligado para botar na roda (Yeeeeeey tireóide babaca! Depressão diminuída 66,6% weeeeee!), voltei a trabalhar.

Jornada de trabalho reduzida e mal paga, óbvio.
Para piorar a situação desesperadora, não terei férias, então é possível que dezembro e janeiro eu continue na pauleira de um ritmo descontinuado - mas favorável de certa forma. Me resguardando, porque não é só eu que está no convívio, preciso me preocupar com a Entesposa Karolent que está de molho em casa desde que começou a pandemia aqui no Brasil. Aquela paciência prometida tá funcionando e o volume de trabalho também tem ajudado nisso.

Na sinceridade do coraçãozinho rude, não tenho mais tanta vontade de trabalhar quanto antes. Muita coisa aqui dentro ficou letárgica e trivial, o que anda metendo o loko pra eu funcionar bem são os projetos fora do trabalho formal. Como esse trem aqui que faço toda sexta-feira [PAPO DE RECREIO] - esse livro maraaaaaaaaaaa que tou organizando [NOTÍCIA AQUI] e dando umas ajudas para pessoas maravilhosas na área da Educação que me inspiram bastante em permanecer nesse muquifo [x].

A escrita tá indo, fazendo algumas experimentações e intervenções na minha própria vida de escriba e cês viram que o blog mudou de carinha??? Uuuuuuuuuuia o meu estigmatismo não agradece, mas eu adoro tanto esse creme vanilla de fundo com esse banner angst de gente segurando guarda-chuva sem chuva. Me remete à 2005 total, geocities.yahoo tão inocente!

Anyway, é isso.
Postando mais por aqui, porque a missão desse blog sempre foi manter registro da minha sanidade (e memória caso algum dia eu a perca).

18 novembro 2020

KylieDay: Live para louvar Kylie Minogue!



Tive uma ideia, vou testar!

Sábado 21/11/2020 às 15h estarei ao vivo lá no meu Instagram com minha querida Mainha Élfica Priestess of Holy Awesome Driel para passarmos cerca de 1 hora vendo a Kylie Minogue Disco TV e comentando aleatoriedades sobre a Superiora Sacerdotisa Ostraliana do Glitter Purpurinado.


Gostou da ideia? 
Participa, vem ver com a gente e comentar junto!


13 novembro 2020

[fanfiction] shindu sindorei voltou e vai permanecer por um tempo!

Agora que Shadowlands tá quase saindo do forninho no dia 23/11/2020, óbviamente todo o meu corpo está preparado (Illidan it's ur mother!) para o que virá no Mundo de Warcraft.

Como a minha alma já foi vendida para a Blizzard, resolvi trazer as aventuras de Sorena, Imladris e aventureiros em Azeroth (E Terras Além) para meus escritos novamente, pois preciso de distração over9000 durante as noites de insônia - editar as quase 250 mil palavras na fanfic por exemplo? - além de exercitar meu cérebro para o ofício de escrever algo que não seja puramente técnico.

Essa fanfic havia completou 11 anos de existência - antes eu postava lá no NYAH! Fanfiction) e postagem aqui nesse post pequeno, maaaaas cá estou eu novamente ressuscitando um texto que gostava de fantasiar e escrever livremente <3

Eu adoro o mundinho de Azeroth e todo o lore complicado e vasto de WoW, e o que mais sinto falta é de pensar como a Sorena no modo mais dramalhama medidas drásticas possível. Além de muita das reclamações que tenho sobre o MMORPG acabam saindo ali na escrita da fanfiction, hahahahahahahaha. Abaixo eis a criatura bloodelf engenhoqueira metida a warlock, mas não tão assim:


Se você joga World of Warcraft, só me adicionar lá com a battletag brmorgan#1288

02 novembro 2020

[contos] escorregadios - saia curta/jaqueta longa

Eu estava ouvindo aquela música do Cake "Short Skirt/Long Jacket" e sacudindo na cadeira porque o ritmo é muito bão. Aí veio uma ideia na cabeça de escrever sobre as 2 pessoas totalmente opostas que consigo interpretar da letra dessa música. Aí quis escrever sobre querer roubar algo valioso de um ricaço em algum lugar.


Aí fui ver hoje aquele documentário incrível sobre o sítio arqueológico do Saqqara e meu cenário favorito de contos pediu para se mostrar presente. E é isso aí: Mundo das Trevas, roubos mirabolantes de ricaços, 2 pessoas totalmente opostas contidas na letra da música ali do Cake se encontrando, linguagem neutra, background de outro personagem que estou amando ficar matutando e plim, mais de 3k de palavras. Ufa! A Musa voltou!


Os Escorregadios (32583 words) by brmorgan
Chapters: 14/?
Fandom: Original Work
Rating: Mature (+18 anos)
Tags: fadas, quimeras, feéricos, escorregadios, Mundo das Trevas
Series: Part 3 of Feéricos - contos para sonhar
Summary:

Saia Curta/Jaqueta Longa: Ato 1 - parte 1

Em algum lugar da cidade de Nova Orleans, Akin Knobi deixou uma família a esperar seu retorno algum dia. Quem restou para continuar o legado do Amenti Sefekhi foi a pessoa que nasceu de sua filha mais nova com a americana Diana Dixon.

Para saber mais um pouco sobre o Amenti Akin Knobi, veja o capítulo anterior "No final das contas (começamos a viver ao estarmos em nosso próprio funeral)"

12 outubro 2020

Mashup com Bertazi e feliz dia das Quiança!

Não sou de acompanhar YouTubers, não tenho cadeira cativa em muitos canais, os que acompanho são sempre uns toscos antes de 2010 e conteúdo já ultrapassado. Simplesmente não sou dessas, gente é isso.

Mas se tem algo que eu tenho AMOR quando topo no SeuTubinho é vídeo de mashup
A animação de Ivete and a melancolia de Robertão Ferreira!!!

Poeeeeeira!!! Levantou poeeeeeiraaaaa!!!


Deixo aqui para fins de registros que me mijei de rir por ouvir cada uma das faixas.



No Soundcloud tá aqui, tenham boas risadas e muito rebolation!

08 outubro 2020

minha novela angst da DC tá acabando

Supergirl anunciou que acabará ano que vem, na 6ª temporada.
O que era esperado pelo fandom por conta de alguns desajustes e encaixes dentro do Arrowverse (Teve reboot sabe?), mas também por sabermos que é bem difícil ter seriados protagonizados por mulheres durarem tanto tempo nas tvs estadunidenses. E se esses seriados mexem com estruturas patriarcais que essas emissoras yankees estão ancoradas, menor tempo vai ficar no ar.

Supergirl deu sorte por continuar após a 3ª temporada e muito por conta do elenco que se empenhou em manter o espírito do Arrowverse e da DC com expectativas bacanas para a gente aqui vendo. Eu, a pessoinha muito crítica em seriados que me engajo fandômicamente, achei que deveria ter finalizado ali com a saga de Reign e Worldkillers, maaaaaaaaaaaaaas que bom que continuou para a 4ª temporada e a chegada de Nia Nal, a Dreamer (interpretada incrivelmente pela atriz e ativista trans Nicole Maines), sendo a 1ª mulher trans a vestir a capa de uma super-heroína em rede televisiva.

Entendam algo: eu odeio superheróis de quadrinhos (Seja na Marvel ou na DC), eles são sem graça, são muitas vezes projeções bizarras e estereotipadas de como seus criadores vêem o mundo e aqueles que ficam mais conhecidos são justamente aqueles que o machismo e o modo de vida americano tá gritante. Nunca simpatizei com o morcego que precisa de terapia urgente ou com o alien com complexo de messias da DC, mas aquele alien verdinho com suspeitas de ser asperger por não sacar as conversas terráqueas e com nome de alvejante me cativou quando comecei a me interessar pela Liga da Justiça em quadrinhos lá nos anos 90.

Ajax, ou o Marciano Verde como ficou conhecido aqui, me chamou atenção por não ser como esses heróis bestas e metidos a salvadores de mundo. Era um personagem deslocado e visivelmente curioso com essa Humanidade estranha que só faz besteira. Ver que Jonn Jonnz faria parte de Supergirl me deu um impulso de ver também esse personagem que gostava tanto lá nos meus 9/10 anos.

Lex Luthor continua sendo meu vilão favorito por inúmeras razões. Seja no modo angst com complexo de Édipo em Smallville (Sim, eu cresci vendo as aventuras do Superboy em Pequenópolis pela SBT todo domingo hahahahaha), seja no modo maquiavélico em Lois e Clarke (Bons tempos de seriado leve/cômico/aventura), no xenófobo sociopata dos filmes velhacos lá dos anos 70, seja na atuação fodástica que colocaram em Supergirl como um sociopata megalomaníaco com uma leve tendência a querer ser o "herói" do universo, mas no jeito que ele acha que heroísmo é feito. Lex Luthor para mim é a personificação do capitalismo e como odeio esse sistema econômico, vê-lo encarnado parece como um momento de refletir o que raios esse vilão causa na vida das pessoas em nome do "Estado, propriedade privada e família."

E Supergirl acertou assim lá nos feels ao colocar Lena Luthor.
Dar poder e protagonismo para essa personagem quase esquecida e varrida dos quadrinhos foi primordial para que a base de fãs manter as esperanças que esse enredo continuaria bem e respirando. Katie McGrath salvou muito o roteiro ali e a atuação dela como Lena foi mais importante que muitos outros personagens consagrados no universo dos filhos de Krypton.
Mas eu lembro bem do porquê fui assistir Supergirl.

Foi porque eu precisava de um distraimento para o fundo de poço que eu estava me metendo por conta de um relacionamento abusivo e desgastante que estava enfiada. Eu precisava de forças para levantar todos os dias, acordar sem sentir medo e frustração e sensação de fracasso, eu precisava fazer meus afazeres para me manter lúcida o suficiente para alimentar os gatos, ir para o estágio, conseguir acompanhar as aulas, ter energia suficiente para comer algo, voltar para casa e pedir para meu cérebro calar a boca e não ficar pensando em coisas ruins.

Entrei pelo distraimento, fiquei pelo impacto emocional que tive na esplêndida 1ª temporada, com roteiro perfeitinho e toda a jornada de heroína clássica que Kara Danvers deveria seguir para sair da sombra do primo que usa cueca em cima da calça. Eu sou besta por jornadas de heróis quando bem construídas e ter esse seriado me mostrando uma jornada diferente e bem... de uma história de dar a volta por cima. Essa foi a 1ª temporada para mim.







Lembro-me de quando vi esta cena pela primeira vez, estava prendendo a respiração. Não por causa de toda a situação acontecendo (Kara mostrando seus poderes para o mundo pela 1ª vez enquanto adulta, salvando a irmã mais velha incrível), mas como meu coração se sentiu quando Kara saiu da água. Eu estava prendendo a respiração, de verdade.

Foi quando percebi que esse programa poderia ser diferente de outros sobre os super-heróis que assisti. Eu estava prendendo a respiração porque por um segundo me senti tão conectado com a narrativa que não pude acreditar que estava sinceramente começando a gostar de alguém que usava capa e "lutava pela Justiça" e bla-bla-bla.

Eu lembro de suspirar de alívio porque aquela conexão que eu senti vendo um seriado/filme/game era mais do que apenas essa garota salvando o mundo com uniforme azul e capa vermelha. Percebi que o show seria sobre essa garota em particular, que saiu da água e por um momento admirou toda sua experiência de vida e o conhecimento de seus poderes ao se levantar na asa do avião que evitou de cair. Ela sabia que faria algumas coisas boas para este planeta. Ela simplesmente sabia.

E isso foi um alívio físico pra mim.
Há muito tempo eu não conseguia respirar também. Não conseguia sair da água, de levar um avião nas costas dentro da minha consciência. Se Kara Danvers conseguia, acho que por um momentinho eu conseguiria também.

Estou feliz que a primeira temporada trouxe esse tipo de preocupação sobre como Kara se sentia sobre tudo o que aconteceu em sua vida em Krypton - não podemos esquecer que ela viu a destruição de seu planeta com 12 anos de idade, foi responsabilizada para cuidar do seu primo recém-nascido, tudo deu errado e ela caiu aqui na Terra 20 anos depois sem entender absolutamente nada (E não teve amparo do superbabaca, sabe? Ele não quis ficar com ela!) - e sua vida como "humana disfarçada". Vendo o desenvolvimento da personagem e como ela luta com essa dupla-vida, sua vida profissional, sua vida amorosa, sua família, tudo me traz a sensação de que de alguma forma eu poderia ser como Kara Zor-El, a forasteira.

Esta cena do avião me faz perceber que de alguma forma eu poderia ser um pouco como a Kara, uma sobrevivente, me escondendo nas sombras dos outros, tentando me misturar, me encaixar, me disciplinar e agradar a todos que conhecia e esquecendo completamente quem eu era, porque... Bem... eu era eu.

A primeira temporada de Supergirl me fez refletir sobre a ficção, mas também sobre a minha realidade: somos todos estranhos em algum ponto de nossas vidas, estamos sozinhos às vezes, como se nosso próprio mundo tivesse literalmente desaparecido do universo. Não se trata de uma garota salvando o dia, é uma refugiada sobrevivendo a cada dia em um lugar que ela sabe que sempre vai olhar para ela como diferente. Super ou não. Desajeitada ou não. Supergirl ou Kara Danvers. A garota que sobreviveu à destruição de Krypton, a última da Casa de El, ela mesma, seja lá quem ela seja.

É por isso que amo esse show, os pequenos vislumbres de esperança, compaixão e apoio para todos que assistem e se sentem um pouco estranhos nesse mundão afora às vezes. Nós pertencemos a algum lugar, podemos em algum dia chamar de casa, podemos ser livres para fazer o que quisermos, sem medo de nada nem de ninguém. 

Eu posso ser eu, eu mesmo e eu.
Mesmo que tenha que segurar um avião nas costas e sair de novo da água e encarar o mundo.

Só me recuso a usar saia ou cueca em cima da calça. E capa de jeito nenhum!!
Realmente temos que reformular como esses uniformes de super-heróis são construídos.