Viver com o bode amarrado na perna é mazomeno assim:
Esse bode é ilustrativo, o meu costuma ter a péssima mania de balir tão alto que me atrapalha com o restante das coisas |
Acordar terrivelmente cansade de uma noite cheia de sonhos que não vão acontecer e de pesadelos que já aconteceram e parecem não serem colocados na pasta de lixo mental que deveria desaparecer do repertório onírico, mas levantar né? Há algo a ser cumprido, logo não adianta pedir os 5 minutos na cama. É levantar, se arrumar no automático, fazer um esforço pra colocar comida no estômago e enfrentar o mundo barulhento lá fora. Aqui dentro tá bem alto também, mas depois de um tempo acostumar com a cacofonia de barulheiras vira rotina.
Porque o volume dos meus fones de ouvido está sempre no máximo, mesmo eu não conseguindo ouvir direito as músicas e a infecção sazonal no ouvido faz parte do mecanismo nada agradável de coping.
Aí surge algo que faz com que me sinta útil pra sociedade, o estágio faz isso que é uma maravilha. Ali consigo centrar o que me resta de ânimo e vontade para tarefas que não necessariamente vão gastar minha energia. Se tiver algo do tipo aí vou deixar o barulho de dentro da cachola cuspir algo nada a ver, tipo ajeitar as cadeiras de jeito diferente, botar algo diferente no telão do lab pros estudantes verem enquanto se acomodam na aula, pensar em uma postagem besta para ajudar a divulgar algo. Isso que é preciso pra tudo vir de forma mais fácil de lidar com a cabeça já cheia de palavras nada felizes sobre mim mesme, lembranças fragmentadas de episódios tristes e plim! O vídeo no telão dá munição para formular um esboço de cartaz de organização do que vou tratar no TCC. Mesmo sendo bobo, mesmo sendo amador, mesmo sendo talvez imprestável e que não vá usar.
Café. Oh café.