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08 março 2020

ideias promissoras que não servem pra nada - paródia de dracula

Sou muito frescolina com adaptações de Drácula, de qualquer espécie. Até a do Coppola tenho críticas sobre algumas licenças poéticas.
(Mas o meu perfeito, perfeitoso é o Bela Lugosi, é isso gente)

Desisti de assistir qualquer coisa com tio Vlad após aquele de-sas-tre do "A história nunca contava antes" (aff).


Mas ainda tenho esperanças vãs de que o Taika Waikiki faça uma versão comédia crítica social, com um Van Helsing e Drácula no eterno jogo de caça e caçador, um pregando peças letais um no outro, até chegar ao ponto dos dois chegarem ao ponto de "WTF a gente tá se matando sempre?!" e abrirem um escritório de consultoria sobrenatural. Ou uma lojinha de muffins. Sei lá, eu só queria esse tipo de resolução esdrúxula pros dois. Tem muita tensão envolvida em todo filme, seriado, whatever...

O outro headcanon é os dois ressuscitarem como amantes, velhinhos, com Patrick Stuart Van Helsing e Sir Ian McKellen Drácula, bem divones, glitterosas enfrentando as peripécias da vida moderna...

Sir Patrick Steward como Abraham Van Helsing

Sir Ian McKellen como Vlad Tepes Drácula


Quer saber duma coisa?!
VOU ESCREVER ESTA POWHA DE FANFIC SIM!!
E vai ter referências pro Mundo das Trevas adoidado tá pensando o quê?

(que Taika Waikiki me abençoe, porque vai ser nonsense)

28 dezembro 2019

sistemas de culpa

Venho pensado muito em sistemas de culpa.

E não dormindo direito há 7 dias.

Tendo o desprazer de tomar banho (uma das atividades que mais gosto, de me limpar, de estar em contato com água, de aliviar a cabeça por um período) porque o som do chuveiro ecoando no banheiro, dentro da minha cabeça, se torna insuportável depois de 2 minutos. Comer? Até pouco tempo achava interessante como a minha mandíbula fazia os movimentos mais encaixados para poder mastigar qualquer coisa, agora ou engulo a comida o mais rápido possível e passo mal ou vou devagar e aprecio o tormento de estar na fileira da frente, ouvindo o doce som de muitos ruídos altos dentro da minha cabeça



Tendo que me esforçar além do limite para ser paciente. Exaustivo.

Fingindo não me assustar com barulhos corriqueiros, tentando não me inclinar demais para ouvir uma pessoa falando, aumentar o volume do celular ou da ligação mesmo sabendo que aquilo também tá prejudicando o quadro todo, tentando evitar de estar em lugares em que vai haver muita bagunça, sendo obrigada a falar mais alto, repetidamente, porque do lado de fora tou falando baixo, mas dentro da cachola parece que tou no volume máximo com acréscimos.

Digitar esse texto tá sendo tenso, porque o bater nas teclas tá ecoando no nicho onde me meti para colocar o PC.

Ouvir o ventilador tá sendo um treino de não me desesperar com o calor e com a possibilidade remota de que não vou mais ouvir direito do jeito que era antes. O ruído das pás antes me deixava sonolenta, agora isso me incomoda terrivelmente.

O zumbido que é o mais assustador.
Ele aparece fraquinho, depois de um longo período em algum lugar onde tenha muito barulho (ônibus por exemplo) e vai aumentando em uma frequência devagar e irritante como se fosse um raio laser bizarro passando pelo ouvido direito e sem previsão de parar.  Em alguns casos, como estar dentro de uma biblioteca por muito tempo, realizando um trabalho chato burocrático, o som vai aumentando, até eu sentir náuseas e um pouco de desequilíbrio.

Nessas horas peço para qualquer deus pagão aí ouvindo (haha!) que ninguém me veja pedindo arrego.

Eu quero pedir arrego, mas não dá.
as contas não vão se pagar sozinhas, o diploma não vai ser feito sem antes terminar o TCC, definitivamente desistir de tudo não é uma opção.
(Não quando agora, finalmente agora tenho muita coisa a perder)

Mas há esse período no meio da madrugada, em que não consigo distinguir se tou caindo ou saindo do sono ou ainda noiando com o zumbido que não vai embora tão cedo, que meu corpo meio que dá uma trégua e tranca o ouvido de vez. Nadinha passa por ali.

Aí na exaustão e de algumas sessões de pensamentos fazendo manutenção dos sistemas de culpa, consigo dormir.

E os sonhos estão já fabricando formas bem criativas de me apresentar esse problema.
Os sistemas de culpa. Carregados de um ódio tão guardado que em meus pesadelos, estou me tornando quem eu mais gostaria que nem tivesse passado na minha vida. Quem sou obrigada a conviver.

Em uma das noites mal dormidas tive terror noturno.
Enquanto o episódio se desenrolou, eu paralisada na cama, olhos fixos na porta do quarto, alguém que eu não queria ver já faz uma pá de tempo me encarando de volta, só consegui espremer um "tudo sua culpa".

Transferir emoções nunca foi meu forte, ainda mais as culpas que mantenho em meu sistema.

23 dezembro 2019

mooni criou vida!!!!!!



Mooni era como eu chamava a necromante que pensava que estava jogando em Diablo II e já formava todo um enredo possível para essa personagem (Ainda no gênero feminino) sair da descrição em palavras e brotar alguma inspiração visual.

Mas eu nunca conseguia!
Luan Resende, incrível fodástico ilustrador conseguiu!
Para conferir o trabalho dele, segue lá que é firmeza:
TWITTER - FACEBOOK - INSTAGRAM

Mooni serviu de ponte para a Sorena de Shindu Sind'orei (fanfiction essa de outro jogo da Blizzard World of Warcraft), como um fantasma de realidade alternativa, também atormentada por demônios, muitos problemas familiares e um desdém completo por hierarquias.

Enquanto jogava Diablo 3 desde seu lançamento em 2012, sempre me coçava para que saísse logo uma expansão com necromantes, é a minha classe favorita e sempre será. Mooni ficou ali, guardadinha em um rascunho de 20 páginas, não encontrando nenhum espaço em alguma plataforma de fanfictions para ser postada. Acabei pegando muito do conceito de personagem e alguns rascunhos para transportar para a elfa sangrenta viada e nonsense da Sorena Atwood. Até sua cisma com certas arqueiras <3

A personagem foi um desafio pessoal para mim: queria escrever sobre alguém agênero e uma pessoa com deficiência e varias nuances e confusões que essas características trazem para uma pessoa em uma época medieval como a retratada em Santuário. Mooni virou Daehir "Olhos-sem-Vida" Mooni, nefalem de level 15, aprendiz de Xul, o necromante de Diablo II.

Realmente não sei como descrever essa sensação de ver essa artwork para uma pessoa que estava descrita dentro da minha cabeça e não saía de lá tão cedo e assim, do nada, em um passe de mágica e muitas conversas pelo Instagram, brotar desta forma.

A fanfiction é essa aqui embaixo, incompleta como sempre, volta e meia colocando um capítulo ou outro quando sinto que o angst tá subindo (E agora que maratonei The Witcher, com certeza vai vir mais coisas)

quando o toque do anjo não é uma benção (9602 words) by brmorganChapters: 2/?
Fandom: Diablo III, Diablo II, Diablo (Video Game), diablo III reaper of soulsRating: Mature
Warnings: Graphic Depictions Of Violence
Characters: Necromancer (Diablo III), Necromancer (Diablo II), Female Witch Doctor (Diablo III), Male Necromancer (Diablo III), The Nephalem (Diablo series), Amazon (Diablo II), Rogue (Diablo II), Myriam Jahzia (Diablo III), Lyndon the Scoundrel
Additional Tags: Non-binary character, Gender Non-Conforming Character, reaper of souls expansion, westmarch, Idiots in Love, Love/Hate
Summary:
Um grupo de mercenárias faz missões errantes para proteger a população das ameaças pós-conflito dos nefalens contra Diablo e os Males Supremos. Ganhando dinheiro que os lordes podem bancar e descobrindo segredos deixados desde os tempos de confronto contra as forças do Mal, o grupo "Rastejantes" mantém uma certa paz na cidade sitiada e destruída, capital do Reino de Hespéria (Ato V).
Sien é a líder dos "Rastejantes", estrategista e amazona exímia vinda das Ilhas Skovos.
A imortal feiticeira Irina dos Vizjerei é o apoio mágico do grupo.
A bruxa-doutora Zunimyi saiu de sua tribo para descobrir o mundo após a queda da estrela cadente.
A jovem Kyla Haile, que presenciou sua cidade sendo devastada pelos ceifadores de Malthael.
Daehir, necromante sacerdote de Rathma, a pessoa que guia o grupo nas missões.
E Míriam, a mística acompanhando o grupo nas empreitadas.
Tropes: Love/Hate - Idiots in Love - descrição detalhada de cenas violentas - pode conter cenas inapropriadas (NSFW).

16 dezembro 2019

[games] the sinking city - turistando em Oakmont

Assim como qualquer fã do mundo que aquele mané bizarro do H.P. (não o bruxo, mas sim o escritor falido e preconceituoso) inventou, quando The Sinking City foi anunciado em 2016, a minha cabeça explodiu.

Esperando pacientemente e no final de outubro lançou finalmente a versão final do mundo aberto inspirado nos escritos de H.P. Lovecraft e outros tantos por aí (Sim Stephen King, tou te chamando na rodinha!) perpetuaram.

Bora perder alguns pontinhos de sanidade?! Tchuchucoooooooooooo ahn, vem aqui com seu tigrón!!

Você pode ver o desastre básico de como eu estou jogando esse trem:


Assista a Turismo em Oakmont - Dia 2 de brmorgan em www.twitch.tv

02 dezembro 2019

porque pessoas tem desejos: tenho vários



Tenho desejos. 
Intensos às vezes. 
Okay, admito, na maioria das vezes. 

E quando estou amando alguém isso intensifica de um modo que não é muito bem visto pela família tradicional brasileira. 
Estudar BDSM então? 
Nem pensar. 

E isso piora um bocadinho quando sua leitura de corpo é confundida desde criança, entre corpo masculino e feminino, em que o desejo expresso pode ou não ser válido. 

Se está entre a binarice de gênero, piora. 
Porque a reação é de que o corpo que aparenta ser algo tem X coisas de performance. 


29 outubro 2019

[conto com angie] a pequena aventura de Garibaldes

Feéricos - Conto com Angie (35910 words) by brmorgan
Chapters: 18/?
Rating: Mature
Characters: Angela, Raine, stardancer, smithens, Toby, Emilio, Prince, O/C, Quentin, Kittie - Character
Additional Tags: fadas, feéricos, quimeras
Series: Part 2 of Feéricos - contos para sonhar
Resumo: Compilação de pequenas estórias que fazem parte do universo de Feéricos - contos para sonhar, mas que não estão no enredo original. A maioria é protagonizada pela menina vestida como um acidente de carro, Ângela Filha dos Ventos.
(História original, para mais informações visitem: http://tinyurl.com/feericos)

a pequena aventura de Garibaldes


Prédios cinzentos de janelas opacas.
Muitas cortinas, pouca visibilidade vindo de dentro.
Angie estremecia ao passar por essa parte da Metrópole, um lugar tão impregnado de morosidade, apatia e desencanto que chegava a dar coceiras por dentro de seus ossos pela Banalidade ecoando dali.

Aí atravessar a rua mesmo com sinal fechado para os carros, recebeu uma buzinada, os mais novos eram idiotas na maior parte do tempo. Deixou essa passar, não adiantava nada gravar fisionomia pra depois aterrorizar em pesadelos quem realmente não merecia sua atenção.

Subiu as escadinhas com uma bola de agonia entalada na garganta.
Na placa de avisos sobre a programação do mês, uma exposição acontecia ali na entrada, algo produzido apenas para exaltar o ego de uma minoria hipócrita, estética podre de uma parcela que fazia Arte para se enaltecer, não para trazer criatividade as pessoas mais humildes que ali frequentavam.

Adultos sendo adultos.
Tão egoístas em seus mundinhos insossos que qualquer desculpa para "mostrar Arte" parecia ser legítima.

Os feéricos percebiam esse tipo de pensamento manifestado no mundo real como algo grotesco, Pomposo já havia passado por ali perto e dito que sentia o cheiro de estrume de longe. Toby comentou que era por conta da concentração de pessoas em situação de rua dali (e que o estrume era real por assim dizer, não figuradamente). Angie conhecia todos os sem-teto por nomes e sonhos. Já o estrume era a podridão produzida por Arte malfeita com emoções ruins. Aquilo ali não era para inspirar, era para exaltar.
Grotesco.

27 outubro 2019

[bibliotequices] sistemas de classificação e comparações com a vida real

Tem umas parada na área da Biblioteconomia que pode ser usada como metáfora pra coisas do cotidiano. 

Tipo (o que tá parecendo) dicotomia monogamia e não-monogamia. A guerra santa dicotômica que mais pega fogo em ambiente virtual... 

Existem 2 sistemas de classificação de assuntos superpopulares e extensivamente usados para organizar um acervo de uma biblioteca. 

Sistemas de classificação servem para a gente encontrar melhor (ou assim supõe a teoria) os livros nas prateleiras. Eles costumam ter uma cronologia ascendente de assuntos. Dá até para traçar a História da Humanidade ao ver verificar os assuntos e seus desdobramentos. 

CDD, sistema decimal de Dewey, um dos mais usados em bibliotecas de pequeno e médio porte ou que não necessitam de especificações nos assuntos. Bibliotecas públicas, escolares e algumas comunitárias seguem esse sistema porque é "mais fácil" de classificar os assuntos dos livros e não gera um número absurdo de grande na hora de imprimir na etiqueta e colar (pra quê colar gezuis?! Pra quê?!) ao terminar o processamento técnico do livro. 

Maaaaaas quem inventou esse sistema largamente difundido nas bibliotecas do mundo inteiro foi um déspota bibliotecário babaca misógino racista, que foi rebaixado a um ser medíocre e hipócrita por suas opiniões nas grandes entidades de valorização da profissão bibliotequera. 
(Sabe o que é banir o nome do cara do principal prêmio internacional que prestigia a classe? Bem, isso que ocorreu com o Zé mané) 

Esse manual é impregnado com uma doutrina cristã-judaica embebida de branquitude yankee-centrica que espelhava e ainda espelha como a minha área não se dá o trabalho de entender que 95% do planeta Terra NÃO É americano-estadunidense. 
Quer um exemplo básico? Estamos em 2019 e ainda tem classe de assunto da CDD que NÃO FOI modificada desde o século 19, em assuntos delicados e/ou que estejam enquadrados na discussão de temas étnico-raciais, a CDD é uma vergonha tamanha que na prateleira de religião, a 290, serve pra jogar as "outras religiões/mitos". 

Nem vamos entrar na 150 (Psicologia) e na famigerada inimiga minha, a 616 (Medicina e todo o ranço ali embutido). 

Aí tem a CDU, sistema decimal universal. 
Foi o troco dos europeus (belgas) Otlet e LaFontaine que decidiram pegar o caderno do Dewey pra fazer cópia pro trabalho da escola, mas acabaram fazendo um trabalho mil vezes melhor e com nota máxima. A CDU é um sistema complexo, com mais detalhes, e com um número monstruoso nas etiquetas. Ele foi pensado para centros de informação que necessitassem de uma classificação mais específica, como Arquivos, Bibliotecas especializadas e universitárias. O motivo? 
Porque nesses ambientes mais elitizados de ensino e conhecimento os assuntos vão se tornando quase uma frase inteira. 

Exemplo: 
Hermenêutica provavelmente estará em algum lugar na 100 da CDD, mas a Prosopopeia da Hermenêutica listada em periódicos científicos entre os anos 1940 e 1970 na região do Cazaquistão é mais possível estar em uma biblioteca especializada e com um número tão extenso que não vai caber na lombada.
(aliás se você entendeu a minha piada interna sobre Prosopopeia da Hermenêutica, vem cá pra eu te dar um abraço!) 

A CDU também tem muito conteúdo ferrado da CDD por não sair do rolê eurocêntrico, branco, elitizado, estigmatizador, mas olha só! Deixaram abertura para adaptação de assuntos com mais versalidade que a CDD! 

Tem até duas centenas para encaixar assuntos novos! 

Quer começar a fazer a revolução via estantes? Bota fogo no quengaral e expande nessas duas centenas (com 999 oportunidades dentro de cada centena, e mais 999.999 microchances de revisar conceitos dentro de cada número seguinte a centena). 

Há a questão do acesso e custo-benefício:
A CDU é traduzida em português e são 2 tomos não tão exagerados de tamanho com um preço razoável. 

A CDD é um monopólio que desde sempre é editada em inglês ou raramente em espanhol. AND FUCKING 4 TOMOS PESADÉRRIMOS DA POWHA! É $1200 gold!!!

Debaixo do link, mais filosofamentos básicos sobre isso.